A geração televisiva dos anos 60 recordar-se-à de Diana Rigg no seu papel de Emma Peel na lendária série The Avengers (Os Vingadores). Em qualquer circunstância, por mais perigosa e vertiginosa que parecesse, a agente inglesa conservava a sua elegância e o seu atletismo para, juntamente com Patrick Macnee, combater o inimigo. A justiça era-lhe sempre benevolente, os últimos instantes de cada capítulo garantiam ao espectador o sorriso e umas observações very snob da eterna Miss of Cool.
Em 1964, Diana era parte integrante da Royal Shakespeare Company quando foi “recrutada” para a série. Durante três anos e em 51 capítulos, Emma Peel destacava-se quer pelo sucesso na luta do bem contra o mal quer pelo guarda-roupa avanguardista dos Swinging Sixties, da autoria de John Baker e Alan Hughes.
Rompeu com os Vingadores para se dedicar ao cinema. Em 1969, representa a Contessa Teresa di Vicenzo em 007 – On her majesty’s secret service, a única película do agente secreto com passagem por Portugal. Foi mais do que um simples Bond Girl acessório, e a George Lazenby no papel de 007 não restava mais nada do que sucumbir à postura nonchalante de Diana.
Outras participações no grande écran juntaram Diana Rigg a actores como Charlton Heston, John Gielgud e Vincent Price. Regressou entretanto ao teatro, onde se afirmou como valor seguro em personagens complexas, tais como Fedra ou Medea (sua interpretação no Wyndham’s Theatre londrino em Dezembro de 1993 é memorável!). Desde 1994, tinha o direito de se intitular com a honra de “Dame” Diana Rigg.
Em 1998, era a vez de Uma Thurman a seguir as pisadas de Diana como Emma Peel no filme The Avengers. Com todo o respeito por Thurman, o desafio e a herança eram demasiado surchargés. Com efeito, só Diana era capaz de nos encantar com o seu eyeliner inconfundível, num automóvel descapotável a percorrer os condados ingleses.
Ultimamente, tornou-se conhecida junto de um público mais jovem através do seu papel de Olenna Tyrell na Guerra dos Tronos.
Teve uma vida cheia, oxalá tenha também sido feliz aos bocadinhos. Acredito que sim. Uma Thurman não lhe chega aos calcanhares em talento, que na beleza bate-se bem.
ResponderEliminarEla fazia as minhas "delicias" em criança, sempre que era exibido um episódio de "Os Vingadores". A senhora era charmosa!
ResponderEliminarMuito boa noite!
Bonita homenagem ! Que bom foi vê-la na " Guerra dos Tronos " ! Foi também uma grande actriz de palco.
ResponderEliminarMuito interessante, Filipe (como sempre)!
ResponderEliminarGostava muito de a ver nos Vingadores.
Vi ontem no jornal. Para mim ela também ficou para sempre ligada a Os Vingadores, assim como Patrick Macnee, respetivamente nos papéis de Emma Peel e John Steed.
ResponderEliminarBom dia!