sábado, 11 de abril de 2020
Montras cheias de coisa nenhuma
Faz-me pena ver a «minha aldeia» vazia. A montra do meu oculista, na Rua Garrett (Lisboa), pela primeira vez, desde que eu tenho memória, não tem uma única armação de óculos. São montras sem nada de nada... cheias de coisa nenhuma. Até pensei que tinham acabado.
Citações
(...) Eu queixava-me sempre do barulho, mas neste momento este silêncio é esmagador; é o silêncio de uma coisa maligna à porta, um silêncio de filme de terror. (...)
- Dulce Maria Cardoso, no Público de ontem.
Arrumações - 2
- Marcadores, que não tendo eu a paciência da nossa M.R. , se vão juntar caoticamente aos outros na respectiva caixa .
- Postais, todos arrumados agora em caixas novas, sendo que alguns continuam nas saquetas originais e daí invisíveis - haja algum mistério ! :)
- Os 3 mais recentes, creio eu, 1 Dalí, à esquerda, e 2 Magritte, comprados em Janeiro ( Bruxelas )
- Postais, todos arrumados agora em caixas novas, sendo que alguns continuam nas saquetas originais e daí invisíveis - haja algum mistério ! :)
- Os 3 mais recentes, creio eu, 1 Dalí, à esquerda, e 2 Magritte, comprados em Janeiro ( Bruxelas )
Tempo de solidariedade ou de fraternidade
Quando andamos cheios de pressa e rodeados de gente, os nossos olhos não conseguem ver o mesmo que se pode observar nestes dias de recolhimento.
Ainda não tinha visto os pelicanos esculpidos pelo Bordalo II na Rua de Santa Justa, quase esquina com a Rua do Carmo, em Lisboa. Não sei se vão conseguir sobreviver ao vandalismo de alguns selvagens que gostam de destruir... mas tive a sorte de conseguir fazer a foto.
O passeio de quarentena deixou-me observar o símbolo que nos deveria lembrar que o Montepio Geral foi fundado sob o lema da Solidariedade e da Fraternidade, nesses tempos da primeira metade do século XIX. Vão fazer muita falta, a Solidariedade e a Fraternidade, nestes tempos que surgem no horizonte.
Ovo de Páscoa covid
Que ideia!
Em Landivisiau, na Finisterra, o pasteleiro Jean-François Pré vende o seu ovo de Páscoa: chocolate de leite com bocadinhos de amêndoa corada de vermelho.
Acho que nunca traria um ovo destes para casa.
Passeios de quarentena
Quem tem problemas de saúde, por vezes, tem de caminhar um pouco. É o caso do autor destas palavras que só anda um décimo daquilo que o médico lhe impõe: pela sua saúde, ande!
Aliado ao problema de saúde um novo problema recomeçou: o aumento do peso... sim, já estive mais gordo, mas também já estive mais magro (este ano de 2020)... e em um mês a roupa começa a sofrer arrebentamento de botões e de outras coisas...
Comecei a dar uns pequenos passeios, devidamente equipado de máscara e luvas. E encontro a «minha aldeia» [frase de Fernando Pessoa] diferente, por vezes como eu nunca a tinha visto.
Conseguem imaginar a frente da Brasileira sem esplanada e sem uma única pessoa, assim como a Rua Garrett, em Lisboa?
E o céu de Lisboa estava mesmo lindo. Aqui ficam dois apontamentos:
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Corona burguer
Um cozinheiro vietnamita de Hanói resolveu fazer este pão para servir os eus hambúrgueres. O aspeto não é muito atraente.
Mentira descarada e pérfida na capa do CM
Este jornal é o porta-voz do Chega? Já ontem o deputado do Chega tinha dito esta mentira em relação à libertação de certos presos. Foi desmentido na AR e a capa do CM de hoje volta à carga.
Este é o jornalismo no grau zero.
O que faz a ERC? E o Sindicato dos Jornalistas que dá carteira profissional a tipos destes?
Leituras na quarentena - 20
Trad. Vasco Teles de Menezes.
2.ª ed. Lisboa: Bertrand, 2019
Gabriel Allon está no Vaticano a restaurar A descida da cruz de Caravaggio, também conhecido como A deposição de Cristo (1602-1603).
Entretanto uma das conservadoras da Pinacoteca aparece morta.
Gabriel Allon vive próximo da Praça de Espanha. Quando chega a casa, Chiara tinha-lhe aberto uma garrafa de Sangiovese e feito umas brushettas de alcachofras com ricota.
Nada mau! Até me dá uma ideia para esta noite: brushettas de queijo e tomate, as minhas preferidas.
Biografias e afins
No princípio do século passado eram raras e caríssimas, recorrendo à técnica da fécula de maçã dos irmãos Lumière. Seria preciso esperar umas décadas até à popularização da cor pela Kodak.
Este álbum reúne uma centena de fotografias, datadas de 1908 a 1930, e o assunto principal é Paris.
Cinenovidades
Também gostava de ver este, em que Melissa Guers é a jovem adolescente acusada de homicídio, e Anais Demoustier é a procuradora do Ministério Público, um papel que lhe valeu a quarta nomeação para os César .
Aachener Poschweck
Na Páscoa, os padeiros de Aachen arregaçam as mangas e põem as máquinas a trabalhar. Os habitantes da cidade esperam uma das suas especialidade: o Aachener Poschweck.
Este pão doce pascal, a que muitas vezes são acrescentadas nozes e passas, tem uma longa tradição, que remonta talvez à Idade Média.
Originalmente os padeiros ofereciam o Poschweck aos seus clientes regulares. Como ficava caro, deixaram de o fabricar.
No século XVIII houve uma revolta na cidade devido á falta de fabrico do pão.
No final do século XIX, este 'folar' passou a ser vendido.
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Marcadores de livros - 1595
Leonardo da Vinci - A última ceia
Já falei aqui várias vezes deste fresco de Leonardo da Vinci uma das pinturas mais maravilhosas que vi ao vivo.
E a apresentação deste filme-instalação fantástico de Peter Greenaway, que nunca encontrei em vídeo. Vi-o em Milão e é difícil (mesmo impossível) colocá-lo num vídeo.
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Que má propaganda à comida da mãe...
... mas pode ser que a criança emagreça. Está um pouco gordinha. :)
Bom dia !
Leituras na quarentena - 19
Não sei se é este o livro de Galsworthy que Luisa está a ler, mas como precisa de «ajuda para o segurar» talvez seja este volume de 800 páginas:
Madrid: Reino de Cordelia, 2014
Li a saga Forsyte há muitos anos, quando passou na tv portuguesa uma série da BBC. Li-a em vários volumes numa edição da Livros do Brasil. Depois ainda li os poucos outros livros de Galsworthy que se encontram traduzidos em Portugal.
Marcadores de livros - 1594
Um marcador e um postal da editora Salamandra, que prima por nos dar uns belos marcadores. Com um agradecimento à Justa.
terça-feira, 7 de abril de 2020
Giuseppe Conte - a nossa nova vinheta
Giuseppe Conte, nascido em 1964 na pequena localidade de Volturara Appula (província de Foggia, Puglia) foi Professor de Direito na Universidade de Florença, antes de assumir o cargo de Primeiro Ministro italiano a 1 de Junho de 2018.
Contra críticas internas, vindas sobretudo do quadrante populista liderado por Matteo Salvini e Francesca Meloni, tem gerido com um esforço (também físico) impressionante e louvável o seu país ao longo deste pesadelo que a Itália vive nestas semanas, ao lado de Angelo Borrelli, Responsável do Departamento de Protecção Civil.
O devido tributo simbólico a Conte preenche a nova vinheta.
Boa noite!
Desejo as melhoras a Marianne Faithfull para que nos dê ainda outras belas canções e interpretações.
Leituras na quarentena - 18
Lisboa: Distri, D.L. 1984
Todas as noites leio um conto deste livro de pequenos contos de Patricia Highsmith. Estou a gostar bastante. E eu não sou uma grande fã desta escritora.
segunda-feira, 6 de abril de 2020
Bom dia !
A pensar nela, agora internada em Londres com Covid-19. Não consigo deixar de pensar na semelhança com os terríveis anos 80 e 90, agora com os "maduros " em maior risco como os jovens artistas e criadores de então.
Auto-retrato(s) - 284
Rafael - Autorretrato, 1506
Florença, Galeria dos Ofícios
Rafael faleceu há 500 anos. Neste autorretrato tinha 23 anos.
domingo, 5 de abril de 2020
Marcadores de livros - 1591
Verso e reverso de um bloco de marcadores com o calendário de 2020 e iluminuras do Book of Kells.