Do último álbum de Francis Cabrel, hoje posto à venda.
sábado, 31 de outubro de 2020
Leituras no Metro - 1067
Lisboa: Bizâncio, 2013
Sou uma grande leitora e fã de Semprún, desde que li A longa viagem e que num Natal longínquo recebi La deuxième mort de Ramón Mercander (Paris: Gallimard, 1969).
Não tinha lido A linguagem é a minha pátria que comprei há dias numa banca no metro do Marquês e que são conversas com o seu amigo Franck Appréderis que atravessam a vida do escritor e que deram origem a um programa de televisão.
De exilado a resistente e a deportado em Buckenwald, de clandestino comunista a escritor premiado e a ministro da Cultura da Espanha democrática, tudo perpassa nestas conversas.
«Com uma energia incrível, Jorge Semprún andava, desde os dezasseis anos, num vaivém. Entre Espanha e França, entre Madrid e Paris, entre o espanhol e o francês, entre o exílio e o regresso, entre a clandestinidade e as honras, entre o cinema e o romance, entre a poesia e o poder, entre a escrita e a vida. E quando não andava nesse vaivém, situava-se no prolongamento. A Resistência como extensão da guerra de Espanha, o comunismo como efeito dos combates da Resistência e dos horrores da deportação, a literatura como reconstituinte após o veneno do silêncio e as utopias mortais. No percurso de Jorge Semprún, tudo parece ao mesmo tempo caótico e lógico. A convivência com a morte conferiu-lhe uma formidável fome de viver. [...]
«O seu estilo reproduz admiravelmente as ocorrências da vida e os caprichos da memória, se é que não são antes os caprichos da vida e as ocorrências da memória.» (Do pref. de Bernard Pivot)
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Para ler - 8
Paris: Le Seuil, 2020
Recolha de crónicas que Thomas Piketty escreveu no jornal Le Monde entre 2016 e 2020.
«Si l'on m'avait dit en 1990 que je publierais en 2020 un recueil de chroniques intitulé Vivement le socialisme!, j'aurais cru à une mauvaise blague. Du haut de mes dix-huit ans, je venais de passer l'automne 1989 à écouter à la radio l'effondrement des dictatures communistes et du "socialisme réel" en Europe de l'Est.
«Seulement voilà : trente ans plus tard, en 2020, l'hyper-capitalisme a été beaucoup trop loin, et je suis maintenant convaincu qu'il nous faut réfléchir à un nouveau dépassement du capitalisme, une nouvelle forme de socialisme, participatif et décentralisé, fédéral et démocratique, écologique, métissé et féministe.
«L'histoire décidera si le mot "socialisme" est définitivement mort et doit être remplacé. Je pense pour ma part qu'il peut être sauvé, et même qu'il reste le terme le plus adapté pour désigner l'idée d'un système économique alternatif au capitalisme. En tout état de cause, on ne peut pas se contenter d'être "contre" le capitalisme ou le néo-libéralisme: il faut aussi et surtout être "pour" autre chose, ce qui exige de désigner précisément le système économique idéal que l'on souhaite mettre en place, la société juste que l'on a en tête, quel que soit le nom que l'on décide finalement de lui donner. Il est devenu commun de dire que le système capitaliste actuel n'a pas d'avenir, tant il creuse les inégalités et épuise la planète. Ce n'est pas faux, sauf qu'en l'absence d'alternative clairement explicitée, le système actuel a encore de longs jours devant lui.»
Marcadores de livros - 1747
Dois marcadores. muito bonitos como são os da Salamandra. Em baixo, reverso do segundo.
Obrigada Justa!
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Marcadores de livros - 1746
Um espelho e um marcador magnético com pormenores do quadro
Ambrosius Bosschaert (1573-1621) - A Still Life of Flowers in a Wan-Li Vase, 1609-1610
Londres, National Gallery
Obrigada, Justa!
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Engels: 200 anos
Engels nasceu há 200 anos em Barmen (Alemanha).
O primeiro livro de Engels que li e compreendi (li-o aliás com grande prazer) foi este. Foi comprado na livraria, papelaria e discoteca Sinfonia, na Av. de Roma (que espantosamente ainda existe). Custou 75$00 em 1971 e li-o numas férias em Cascais. Lembro-me perfeitamente.
Trad. Isabel Hub, Teresa Adão.
Lisboa: Fernando Ribeiro de Melo: Afrodite, 1971
O Capital no século XXI
Não li o livro de Thomas Piketty que dizem que se lê bem. Fui ver o filme de que gostei, mas a narração é muito veloz, de modo que precisaria de vê-lo de novo.
Parece que estamos a voltar ao século XIX em que as heranças passavam para os filhos e reproduziam-se, criando ricos cada vez mais ricos. Nessa época não havia classe média. Hoje temos ricos cada vez mais ricos (absurdamente ricos) e uma classe média pobre, como sabemos. Com a classe média a desaparecer a democracia está em perigo.
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Conversa com Jan Tetzeli
Em maio de 1940, Jan Tetzeli, um rapaz checo de 7 anos residente em Antuérpia, fugiu da invasão nazi com a sua família.
Graças aos vistos concedidos pelo cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, a família refugiou-se em Cascais.
Hoje, Jan chama-se John, tem 87 anos e vive em Miami. Quinta-feira, 29 de outubro, às 21h00, ele estará para conversar em inglês, falar sobre as suas memórias da vida antes da fuga,
da sua estadia em Cascais e da reconstrução da vida da família em Cuba e nos Estados Unidos.
Inscrições aqui.
Leitoras
Dois quadros de Wybrand Hendriks:
Ca 1784
«É o leitor certo que faz o livro certo.»
Ralph Waldo Emerson
Não será bem assim, mas depende das perspetivas.
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Lincoln Project
Vejam o blogue dos «Dedicated Americans Protecting Democracy. The Lincoln Project», formado por republicanos que não querem continuar a ser representados e envergonhados por Donald Trump.
Marcadores de livros - 1744
Verso e reverso de um marcador. Não reconheço a escritora que está com O ano do macaco na mão. Este livro vai ser uma das minhas próximas leituras. Se não for este ano será no início do próximo.
domingo, 25 de outubro de 2020
Livros de cozinha - 120
Sabiam que há um Dia Mundial das Massas? Eu, não! E é hoje!
Há centenas de livros de receitas sobre massas e pastas. Percorri as prateleiras com livros de cozinha e encontrei estes, não tendo tirado os que se referem a cozinha italiana no geral:
[Porto: Emp. O Primeiro de Janeiro 1967]
Pensava que tinha este livro, mas não o encontro.
Imp. Porto: Lito Maia, [1958]
É da autoria de Adelina Ludovico.
Lisboa: Ática: Círculo de Leitores, 1977.
De Luigi Carnacina.
Este livro traz umas páginas com «os vinhos aconselhados» (em 1977) para acompanhar massas. Só escolhi a página dos brancos.
Lisboa: Caras, imp. 1999.
É da autoria de Robyn Martin.
Porto: Jornal de Notícias, D.L. 2000
Da autoria de Alícia Gallotti.
Sou uma grande apreciadora de cozinha italiana. Hoje vai haver uma pasta para o jantar, nem que seja esparguete.Quanto ao vinho será um branquinho, nenhum dos aconselhados acima porque não tenho nenhum deles - também não escolheria Lancers. Talvez um espumante. Veremos...
Bom almoço! Bom jantar!