quarta-feira, 10 de março de 2021

Aut Cæsar aut nihil

 

Gentilmente presenteado a pretexto do desaniversário que hoje festejo, muito gostei de conhecer mais este rosto heráldico quinhentista, na verdade não me recordando de outra manifestação anterior deste timbre de Césares.

Resultando o mesmo do acrescentamento dado pelo Rei D. João III a Vasco Fernandes César, em 1539, a possibilidade de encontrar hoje exemplo mais antigo do que este que JAD nos traz limita-se a pouco mais de quatro décadas.

Estando-se já em trânsito para a “paper heraldry” (enfim, em rigor alargada a talha, pedra, etc.), este timbre náutico, ainda assim, não é dos mais improváveis de algum dia descortinar, no lugar que lhe seria próprio, encimando um elmo.

Para armas femininas, desta nora de Vasco Fernandes César, o ordenamento não é dos mais frequentes, quer por usar o timbre, precisamente, quer pela forma alcançada para reunir as armas dos dois cônjuges, um esquartelado em que o 1.º quartel tem as armas do marido e os demais 3 as da mulher (claramente de famílias mais armigeradas).

Deixo duas representações, posteriores, das armas dos Césares, com o seu timbre. A primeira é retirada de um armorial da Casa de Cadaval (“Armas de Portugal”, hoje na Torre do Tombo.

"Armas de Portugal" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq (arquivos.pt)

 


A segunda, também na Torre do Tombo, consta do Tesouro de Nobreza, de Francisco Coelho, de 1675.

"Tombo das armas dos reis e titulares e de todas as famílias nobres do reino de Portugal intitulado com o nome de Tesouro de nobreza" - Arquivo Nacional da Torre do Tombo - DigitArq (arquivos.pt)



1 comentário:

  1. Obrigado
    Sempre a aprender. Mas enquanto aqui os remos ficaram sempre para baixo... no outro os remos estão ao alto!

    ResponderEliminar