sábado, 7 de janeiro de 2023

Livros de cozinha - 132

Sintra: Colares Ed., D.L. 2021

Este livro tem uma parte de receitas de cozinha com conservas, mas quase 2/3 do livro é composto por uma introdução histórica, muito bem esgalhada, sobre a salga de peixe desde tempos remotos até às conservas em lata.


«O peixe tem na alimentação dos portugueses um lugar primordial, com a industrialização e os avanços científicos as conservas de peixe tornaram-se um marco. 
«Na sua história, a importância económica e os lugares de venda as conservas evoluíram, assumindo-se como iguaria, passando a ração militar, reserva alimentar em tempos de calamidade, privação, e guerra, até ao petisco na mesa da super-abundância. 
«A investigação histórica e a recolha bibliográfica do autor, Manuel Paquete, sobre os produtos, as empresas, os processos de fabrico, publicidade e comercialização mostram-nos os homens responsáveis pelo surgimento, crescimento e pelo definhar de muitos polos fabris na costa portuguesa. 
«As conservas de peixe atingem um nível excepcional apoiado pela tecnologia francesa, com design de traço vincado, pela frescura e sabor das nossas sardinhas em embalagens de lata, modernizadas por processos de abertura fácil. 
«A sazonalidade desta laboração, a restrição legislativa e a consciência ambiental tornaram a sobrevivência das grandes fábricas um desafio difícil, testemunhado por diversos museus regionais e pela ANICP (Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe). 
«A inovação técnica e a avaliação dietética como produto de excelência alimentar colocam-nas nos menus de todas as classes.» (Daqui).

Dois senãos: podia ter tratado das conservas dos Açores (a marca Milhafre tinha um atum muito bom, difícil de encontrar e que eu comprava até há uns anos; agora como frequentemente conservas Santa Catarina) e ter identificado a origem das imagens publicadas no livro.

Com pimenta dos Açores, uma das minhas preferidas, para além da que tem óregãos. Com batata doce e com caril nunca experimentei.

Um antecessor do livro de Manuel Paquete: 
Lisboa: Instituto Português de Conservas de Peixe, 1969.

Este pequeno livro, para além das inúmeras receitas com vários tipos de conservas (atum, sardinhas, anchovas) é introduzido por uma «Breve história da indústria das conservas de peixe em Portugal».
Tem uma edição em inglês, Canned Fish from Portugal, e em francês, Conserves de poisson au Portugal, com umas variantes nas capas.
Consulte o livrinho aqui.

5 comentários:

  1. Me encanta esta entrada.
    Ya te he contado que me he encontrado en Lisboa con una tienda en la que solo vendían sardinas. Las cajas, todas distintas , parecían estar diciendo " Cómeme"
    Bom dia!
    Abraço

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  2. Ou foi na Conserveira de Lisboa, uma loja já antiga na Rua dos Bacalhoeiros; na Loja das Conservas na Rua do Arsenal; ou em O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, no Rossio (e noutros locais de Lisboa) que abriu há poucos anos. Uma loja muito turística (cheia de luz que reflete em cima das latas) com latas com nomes de pessoas e anos.
    Ofereceram-me há anos uma com o ano do meu nascimento que ainda está fechada. Mas deve estar boa porque ainda não empolou.
    Gosto imenso de conservas de peixe.
    Bom fim de semana!

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  3. No vendrían nada mal unas latas de sardinas para contrarrestar tanto dulce navideño. A mí me gustan mucho las sardinas en conservas, y la caballa, anchoas, etc
    Bom fin de semana

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  4. 😂😂😂 Agora depois de tanto açúcar, sabem bem uns salgados. 🐟 Também gosto de sardinhas, cavalas, anchovas, atum... Anchovas com moderação porque são muito salgadas, mas gosto imenso.
    Boa noite!

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  5. Ontem jantei com uns amigos e comemos de entrada umas tapas com boquerones. Desde que os descobri, de vez em quando compro.
    Bom domingo!

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