Karl Lagerfeld desenhou uma moeda de ouro com a imagem de Coco Chanel numa iniciativa que envolveu o ministério da Cultura francês e o Museu da Moeda, de Paris. O objectivo foi a comemoração dos 125 anos do nascimento daquela que continua a ser um ícone da moda. De um lado a moeda apresenta o perfil da criadora (1883-1971) e no reverso a cifra 5 como alusão ao perfume Número 5 com o qual Marilyn Monroe afirmava vestir-se para dormir. A moeda que foi cunhada ontem será a primeira de uma série de 11.099 unidades em ouro e prata.
Como nunca se deve esquecer quem marca o seu tempo, Coco Chanel merece esta homenagem.
sábado, 22 de novembro de 2008
Os Corleone em edição de luxo
A Taschen acaba de lançar uma edição de Arte intitulada "The Godfather family album" dedicada à trilogia de "O Padrinho". O livro contém 444 páginas repletas de imagens (a cores e preto e branco) até agora inéditas captadas pela lente de Steve Schapiro. Tudo começou quando em 1972 a revista Life enviou o fotógrafo ao local de rodagem do filme para fazer uma reportagem. Mais tarde Schapiro viria a acompanhar as filmagens da segunda e terceira sagas da história desta família em 1974 e 1990, respectivamente.
Limitada a 200 exemplares, devidamente numerados e assinados pelo autor, esta edição inclui ainda uma fotografia original, que no caso dos primeiros 100 livros corresponde a "Don Vito Corleone: A Man of Reason" (Marlon Brando); do exemplar número 101 ao 200, "Don Michael Corleone: I know it was you, Fredo. You broke my heart - you broke my heart!" (Al Pacino).
A riqueza das imagens ganha mais brilho com os artigos de Mario Puzo, Nicholas Pileggi, Peter Biskind e Eleanor Coppola, além de entrevistas feitas a Brando, Al Pacino e a F. F. Coppola.
Em suma, é um livro de luxo ao preço de 1.250 euros cada exemplar, mas existe uma versão mais económica a 500 euros.
Steve Schapiro já fotografou mais de duas dezenas de filmes entre eles os clássicos "O Cowboy da Meia-Noite" e "Taxi Driver".
Limitada a 200 exemplares, devidamente numerados e assinados pelo autor, esta edição inclui ainda uma fotografia original, que no caso dos primeiros 100 livros corresponde a "Don Vito Corleone: A Man of Reason" (Marlon Brando); do exemplar número 101 ao 200, "Don Michael Corleone: I know it was you, Fredo. You broke my heart - you broke my heart!" (Al Pacino).
A riqueza das imagens ganha mais brilho com os artigos de Mario Puzo, Nicholas Pileggi, Peter Biskind e Eleanor Coppola, além de entrevistas feitas a Brando, Al Pacino e a F. F. Coppola.
Em suma, é um livro de luxo ao preço de 1.250 euros cada exemplar, mas existe uma versão mais económica a 500 euros.
Steve Schapiro já fotografou mais de duas dezenas de filmes entre eles os clássicos "O Cowboy da Meia-Noite" e "Taxi Driver".
Bolonha : Capela de Santa Cecília
Em Bolonha, anexa à Igreja e convento de San Giacomo Maggiore, da Ordem dos Agostinianos, situa-se o Oratório de Santa Cecília, ornado com dez maravilhosos frescos quinhentistas, que nos relatam a história dos mártires Santa Cecília, Valeriano e seu irmão Tibúrcio.
A sua pintura deve-se principalmente a Lorenzo Costa, Francesco Francia e Amico Aspertini (1474 - 1552, sendo pintados entre 1504 e 1506.
Cecília e Valeriano coroados pelo anjo (A. Aspertini ou G. M. Chiodarolo)
Martírio de Valeriano e de Tibúrcio (A. Aspertini)
Esmolas de S. Cecília (L. Costa)
Sepultura de S. Cecilia (F. Francia).
Henry Purcell - Ode to St. Cecilia's day
«Welcome to All the Pleasures»
«In vain the am'rous flute»
A sua pintura deve-se principalmente a Lorenzo Costa, Francesco Francia e Amico Aspertini (1474 - 1552, sendo pintados entre 1504 e 1506.
Cecília e Valeriano coroados pelo anjo (A. Aspertini ou G. M. Chiodarolo)
Martírio de Valeriano e de Tibúrcio (A. Aspertini)
Esmolas de S. Cecília (L. Costa)
Sepultura de S. Cecilia (F. Francia).
Henry Purcell - Ode to St. Cecilia's day
«Welcome to All the Pleasures»
«In vain the am'rous flute»
22 de Novembro: Dia de Santa Cecília
Celebra-se hoje o dia de Santa Cecília, mártir da Antiguidade Romana e padroeira dos músicos. Em homenagem a Santa Cecília e a todas as Cecílias encantadoras e maravilhosas pelo mundo fora, segue um pequeno poema da autoria de W.H. Auden:
Blessed Cecilia, appear in visions
to all musicians, appear and inspire:
translated Daughter, come down and startle
composing mortals with immortal fire.
W. H. Auden, Hymn to St. Cecilia
Imagem: Orazio Gentileschi, National Gallery of Art, Washington, New Columbia
Grandes Senhoras - 23 : Rita Pavone
Uma das grandes estrelas da canção italiana, Rita Pavone (n. em 1945) , começou a sua carreira em 1962, com enorme sucesso em Itália e por todo o mundo, tendo feito inúmeras digressões nas décadas seguintes. Em 2006, no dia 1 de Janeiro, anunciou a sua retirada definitiva do mundo do espectáculo. Aqui fica, na voz dela, aquela que é para mim uma das mais belas canções italianas de sempre- Sapore di sale. Sobre os amores de Verão, tão fugazes quanto intensos.
PENSAMENTO DO DIA
Estabelecemos regras para os outros e excepções para nós...
- François de La Rochefoucauld
- François de La Rochefoucauld
De Hélder Moura Pereira - 1
Como dizer que este amor não morre ? Mil
vezes olhei essa porta, por ti desejei
chegar a terra, perder um grito onde ninguém
ouvisse. E quando íamos falando de tudo
só isso proibia calar o amor. Algumas vezes
não sabes as coisas que mais guardo.
- Hélder Moura Pereira, De novo as sombras e as calmas- Poesia 1976/1990, Contexto Editora, 1990, p.45
vezes olhei essa porta, por ti desejei
chegar a terra, perder um grito onde ninguém
ouvisse. E quando íamos falando de tudo
só isso proibia calar o amor. Algumas vezes
não sabes as coisas que mais guardo.
- Hélder Moura Pereira, De novo as sombras e as calmas- Poesia 1976/1990, Contexto Editora, 1990, p.45
Ainda a propósito do calendário Pirelli
Satisfazendo a curiosidade de Miss Tolstoi e do meu caro amigo JPS aqui deixo duas imagens do calendário mais famoso (e certamente mais caro) do mundo. Para a beleza das imagens muito contribuíram as sete magníficas: Mariacarla Boscono (super modelo italiana); a canadiana Daria Werbowy; as brasileiras Emanuela de Paula e Isabelli Fontana; as holandesas Lara Stone e Rianno Ten Haken, a polaca Malgosia Bela e, claro, o talento do fotógrafo americano Peter Beard. A 36ª edição do calendário foi produzida no Botswana, mais exactamente no delta do Okavango. A Natureza em estado puro que assim chama a atenção do homem para a necessidade de preservar o meio ambiente ou o que ainda dele resta...
Foram dez dias de intenso trabalho, inspiração e muito talento que resultaram em imagens incrivelmente belas.
A apresentação do calendário decorreu este mês em Berlim, mas ficou ensombrada por alguma constestação numa época em que iniciativas destas começam a não ser bem vistas. Um protesto que se juntou ao coro de vozes dos funcionários da Pirelli, como ontem referi.
Novembro com T. Albinoni
O esplendor da música veneziana da primeira metade do século XVIII resume-se a dois géneros: os Concerti e as Sonatas. A primazia de Antonio Vivaldi é indiscutível neste contexto. Todavia, outros compositores da Sereníssima revelam repertórios notáveis, entre eles, o menos conhecido Tomaso Albinoni. Quanto mais nos familiarizarmos com a obra de Albinoni, mais nos impressiona a qualidade musical única deste génio.O famoso Adagio em sol menor para órgão e cordas continua uma das obras barrocas mais representadas (ainda que se trate de uma reconstrução moderna a partir de um fragmento do andamento lento de uma sonata, encontrada por Remo Giazotto nos anos quarenta do século passado…).
Tomaso Albinoni é considerado um dos grandes “dilettanti” de Veneza. Sem qualquer conotação pejorativa, significa esta expressão na terminologia do século XVIII o simples facto de um artista exercer outra profissão para efeitos oficiais. O pai de Albinoni geria uma oficina para a produção de cartas de jogo, e Tomaso, seu filho, seguiu inicialmente o exemplo paternal. Contudo, o seu desejo de ingressar na via artística foi aceite, e os dois irmãos mais novos deram continuidade ao ofício do pai.
Albinoni foi pioneiro na história dos Concerti. As primeiras peças consolidaram o modelo “clássico”, constituído por três andamentos (rápido – lento – rápido). Com a precisão temática e rítmica, serviram de ponto de partida para a obra de outros compositores que aperfeiçoaram este género barroco, entre eles, Vivaldi.
Tomaso Albinoni é considerado um dos grandes “dilettanti” de Veneza. Sem qualquer conotação pejorativa, significa esta expressão na terminologia do século XVIII o simples facto de um artista exercer outra profissão para efeitos oficiais. O pai de Albinoni geria uma oficina para a produção de cartas de jogo, e Tomaso, seu filho, seguiu inicialmente o exemplo paternal. Contudo, o seu desejo de ingressar na via artística foi aceite, e os dois irmãos mais novos deram continuidade ao ofício do pai.
Albinoni foi pioneiro na história dos Concerti. As primeiras peças consolidaram o modelo “clássico”, constituído por três andamentos (rápido – lento – rápido). Com a precisão temática e rítmica, serviram de ponto de partida para a obra de outros compositores que aperfeiçoaram este género barroco, entre eles, Vivaldi.
Os doze Concerti, op. 9, revelam-nos um Albinoni no auge da capacidade musical e da popularidade. O compositor dedicou o op. 9, publicado pela primeira vez em Amesterdão em 1722, ao príncipe eleitor Maximilian Emanuel II da Baviera. Dois anos antes, sua esposa cantara na corte bávara. A boa receptividade dos doze Concerti proporcionou o convite irrecusável de compor uma ópera e uma serenata por ocasião do casamento do príncipe Karl Abrecht em Outubro de 1722.
Pierre de Bretagne, cronista oficial das festividades, manifestou-se com entusiasmo sobre as obras de Albinoni, classificando-as como “belle et charmante musique”.
Como sugestão, segue o belíssimo terceiro andamento do Concerto no. 2 em ré menor para oboé (não foi possível identificar o conjunto musical).
Os amigos...
... que são amigos, são para toda a vida
http://sorisomail.com/email/2014/christian-the-lion.html
http://sorisomail.com/email/2014/christian-the-lion.html
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Magritte
Ao abrir o Google há pouco suspeitei que o dia de hoje devia estar associado a Magritte, pintor surrealista belga. Ele nasceu há 110 anos em Lessines.
René Magritte - «Auto-retrato»
Óleo sobre tela, 1936
http://www.magritte.com/
René Magritte - «Auto-retrato»
Óleo sobre tela, 1936
http://www.magritte.com/
Curiosidade do dia
"Menos tetas e mais trabalho" é a frase de protesto dos trabalhadores da Pirelli que deste modo se manifestam contra o custo milionário da produção do calendário editado por aquela multinacional italiana para 2009. Foram 400 os colaboradores que na fábrica Manresa decidiram chamar a atenção para uma prioridade que não foi a mais acertada numa altura em que estarão comprometidos 280 postos de trabalho e cerca de 30% da produção.
As nove rodagens mais azaradas do cinema - 9
"Plano 9 do Vampiro Zombie" (Ed Wood, 1959). Patético é o mínimo que se pode dizer deste filme ou não tivesse ele a assinatura do "pior realizador do mundo". E para cúmulo dos azares ainda a rodagem ia no início quando se deu a morte do protagonista - Bela Lugosi. Mas voltando ao filme, projecto financiado pela Igreja Baptista de Beverly Hills, este conta a história de uns extraterrestres que planeam invadir a Terra e, para tal, ressuscitam alguns mortos que devem acabar com o resto. Os ovnis, presos por fios visíveis até mais não, balançavam quando alguém abria a porta do estúdio, os planos de dia e de noite alternavam na mesma sequência, sombras chinesas muito pouco aterradoras (eram membros da equipa a entrar no plano por engano) percorrem o filme e cada vez que aparece a personagem de Lugosi esta surge de cara tapada com uma capa. Ed Wood substituíu a ex-estrela por outra pessoa que segundo uns afirmaram tratava-se do homeopata da sua mulher; outros, a pedicura de Lugosi! A obra-prima só chegaria ao grande público em 1994 quando Tim Burton dedicou um filme a Ed Wood.
Portal Europeana
Cultura Europeia na rede
Nasceu o portal Europeana que pretende tornar acessível o imenso património cultural das bibliotecas nacionais da Europa. Livros antigos ou livros mais recentes cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, filmes, manuscritos, mapas, documentos do acervo das instituições culturais dos 27 estados membro, tudo estará disponível neste cantinho do ciberespaço. Para já estão disponíveis cerca de dois milhões de obras, metade das quais com origem em França, que incluem clássicos literários como «A Divina Comédia» de Dante, documentos históricos como a Carta plana de parte da Costa do Brasil, um mapa português de 1784, ou a Magna Carta britânica, gravações e manuscritos de compositores célebres como Beethoven ou Mozart. Em 2010, a Comissão Europeia pretende que sejam adicionadas mais 8 milhões de obras.
A comissária europeia da Sociedade de Informação, Viviane Reding, considera que «A Europeana representa uma aliança inédita entre as novas tecnologias e o mundo da cultura. Estou convencida de que modificará de maneira profunda a forma que cada um terá acesso a partir de agora ao património cultural europeu». A comissária apelou ainda «às instituições culturais, editoras e empresas de tecnologia europeias para que alimentem a Europeana com mais conteúdos em formato digital».
O interesse do site motivou um grande número de visitantes, mais de 10 milhões por hora, que deitaram o sistema abaixo por algum tempo. O acesso continua um bocadinho lento, mas vale a pena o tempo de espera.
Portugal tem 10 000 obras disponíveis neste portal.
http://dev.europeana.eu/
Nasceu o portal Europeana que pretende tornar acessível o imenso património cultural das bibliotecas nacionais da Europa. Livros antigos
A comissária europeia da Sociedade de Informação, Viviane Reding, considera que «A Europeana representa uma aliança inédita entre as novas tecnologias e o mundo da cultura. Estou convencida de que modificará de maneira profunda a forma que cada um terá acesso a partir de agora ao património cultural europeu». A comissária apelou ainda «às instituições culturais, editoras e empresas de tecnologia europeias para que alimentem a Europeana com mais conteúdos em formato digital».
O interesse do site motivou um grande número de visitantes, mais de 10 milhões por hora, que deitaram o sistema abaixo por algum tempo. O acesso continua um bocadinho lento, mas vale a pena o tempo de espera.
Portugal tem 10 000 obras disponíveis neste portal.
http://dev.europeana.eu/
Dia Mundial da Televisão
Quando em 1883 Paul Nipkow transformou uma imagem em numerosos impulsos eléctricos, não imaginava que a sua invenção ia mudar o mundo. O jovem alemão tinha iniciado a pré-história da televisão. As primeiras transmissões de imagens à distância foram conseguidas pelo inglês John L. Baird em 1920 (na imagem, Baird Televisor, modelo de 1928). As suas experiências foram melhoradas quatro anos depois. Entretanto, em 1923, Vlademir K. Zworykin, um russo-americano, havia dado o passo seguinte ao inventar o iconoscópio. As primeiras emissões televisivas regulares iniciaram-se na Alemanha em 1935 e os americanos começaram as transmissões a cores em 1954. Em Portugal a “caixa que mudou o mundo” foi inaugurada há pouco mais de meio século com a criação da RTP 1, a 15 de Dezembro de 1955. As emissões experimentais começaram a ir para o ar em 1956, nos estúdios da Feira Popular, em Lisboa e, um ano depois, as emissões regulares. Durante os anos seguintes na década de 60 a televisão condiciona os hábitos dos portugueses que organizam a sua vida caseira em redor da programação da televisão. Na década seguinte nascia a RTP 2. Em Outubro de 1992 a SIC – o primeiro canal de televisão privado. Um depois foi a vez da TVI.
Em Portugal, além dos dois canais públicos e dois privados existem os canais de televisão que nasceram em exclusivo para serem transmitidos pela Internet, em banda larga.
Foi em 1996 que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 21 de Novembro Dia Mundial da Televisão, tendo comemorndo a data com a realização do Fórum Mundial sobre Televisão.
Em Portugal, além dos dois canais públicos e dois privados existem os canais de televisão que nasceram em exclusivo para serem transmitidos pela Internet, em banda larga.
Foi em 1996 que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 21 de Novembro Dia Mundial da Televisão, tendo comemorndo a data com a realização do Fórum Mundial sobre Televisão.
Os meus franceses - 21
Do filme Les Demoiselles de Rochefort (1967), de Jacques Demy
Letras de Jacques Demy, música de Michel Legrand
Catherine Deneuve e Françoise Dorléac
Nous sommes des soeurs jumelles
Françoise Dorléac
La chanson de Solange
George Chakiris e Grover Dale
Nous voyageons de ville en ville
Letras de Jacques Demy, música de Michel Legrand
Catherine Deneuve e Françoise Dorléac
Nous sommes des soeurs jumelles
Françoise Dorléac
La chanson de Solange
George Chakiris e Grover Dale
Nous voyageons de ville en ville
«Queria fazer um filme que despertasse um sentimento de felicidade, que, depois da projecção, o espectador saísse da sala menos triste do que quando tinha entrado» (Jacques Demy). Conseguiu!
Concertos no Palácio Foz
Recital de Piano
Iniciativa da Embaixada da Irlanda, com o apoio da Juventude Musical Portuguesa
Cathal Breslin - piano
Programa: Obras de Lizt, Brahms, Messiaen, Ravel, Chopin, Falla
23 Nov., 16h00
Recital de Música de Câmara
Iniciativa da Juventude Musical Portuguesa
Otto Pereira - violino
Nelson Ferreira - violoncelo
Susana Valente - clarinete
Paulo Pacheco - piano
Programa: Obras de Olivier Messiaen
25 Nov., 18h30
ENTRADA LIVRE
Iniciativa da Embaixada da Irlanda, com o apoio da Juventude Musical Portuguesa
Cathal Breslin - piano
Programa: Obras de Lizt, Brahms, Messiaen, Ravel, Chopin, Falla
23 Nov., 16h00
Recital de Música de Câmara
Iniciativa da Juventude Musical Portuguesa
Otto Pereira - violino
Nelson Ferreira - violoncelo
Susana Valente - clarinete
Paulo Pacheco - piano
Programa: Obras de Olivier Messiaen
25 Nov., 18h30
ENTRADA LIVRE
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
As nove rodagens mais azaradas do cinema - 8
"As Portas do Céu" (Michael Cimino, 1980). A United Artists queria a qualquer preço o oscarizado Cimino e deu-lhe liberdade total para fazer este filme que conta a disputa entre uns pobres rancheiros imigrantes da Europra de Leste, no Wyoming, e um grupo de endinheirados locais. O resultado foi dos mais desastrosos da história do cinema.
A rodagem prometia ser um projecto audacioso e, como tal, o realizador percorreu o país em busca de uma locomotora a vapor. Para a sequência da patinagem recorreu-se a 250 extras, tendo sido entregue a cada um deles uma cassete com a música para ensaiar em casa. Isabelle Huppert preparou o seu papel num bordel de Idaho. Um pára-quedista ensinou a utilizar armas de fogo e até uma matança de vacas se realizou numa zona de ursos selvagens. O filme acolheu uma alteração ao modelo: os estúdios e produtores recuperaram o controlo que, na década de 70, os realizadores tinham ganho. Talvez isso explique o facto de se terem gasto cerca de 20 milhões na produção e outro tanto em cocaína. Somando tudo, 44 milhões de custos contra 1,3 milhões arrecadados pelo filme que assinou a sentença de morte da United Artists.
«Carta a Ângela»
Quando oiço «Palabras para Julia», lembro-me sempre de «Carta a Ângela», de Carlos de Oliveira. E a primeira vez que ouvi este poema foi na voz de Luís Cília.
CARTA A ÂNGELA
Para ti, meu amor, é cada sonho
de todas as palavras que escrever,
cada imagem de luz e de futuro,
cada dia dos dias que viver.
Os abismos das coisas quem os nega,
se em nós abertos inda em nós persistem?
Quantas vezes os versos que te dou
na água dos teus olhos é que existem!
Quantas vezes chorando te alcancei
e em lágrimas de sombra nos perdemos!
As mesmas que contigo regressei
ao ritmo da vida que escolhemos!
Mais humana da terra dos caminhos
e mais certa, dos erros cometidos,
foste de novo, e sempre, a mão da esperança
nos meus versos errantes e perdidos.
Transpondo os versos vieste à minha vida
e um rio abriu-se onde era areia e dor.
Porque chegaste à hora prometida
aqui te deixo tudo, meu amor!
Carlos de Oliveira
Luís Cília - «Carta a Ângela» (1967)
www.luiscilia.com
Recordando Ivone Silva
Morreu em 20 de Novembro de 1987, uma das maiores actrizes de teatro ligeiro português, que nos deixou quadros inolvidáveis do seu grande talento.
"Com este vestido preto, eu nunca me comprometo", do programa Sabadabadu
"Com este vestido preto, eu nunca me comprometo", do programa Sabadabadu
Grandes Senhoras - 22 : Bette Midler
Um "animal de palco", uma notável actriz de comédia ( mas não só ), uma grande entertainer.
Bette Midler tem provado, ao longo de uma carreira já de várias décadas, ser uma mulher de múltiplos talentos. Aqui fica este vídeo em que interpreta uma canção de que gosto muito: The rose.
Bette Midler tem provado, ao longo de uma carreira já de várias décadas, ser uma mulher de múltiplos talentos. Aqui fica este vídeo em que interpreta uma canção de que gosto muito: The rose.
Amanhã na Byblos
Começa amanhã um novo ciclo temático da Tertúlia Byblos, coordenada como se sabe por Annabela Rita. Este novo ciclo é dedicado a Repensar Portugal: Ensaio e Romance Pós-25 de Abril, e começa a cargo de Maria das Graças Moreira de Sá.
21 de Novembro, às 18h30, na Livraria Byblos ( R. Carlos Mota Pinto, 17, às Amoreiras )
21 de Novembro, às 18h30, na Livraria Byblos ( R. Carlos Mota Pinto, 17, às Amoreiras )
O Século há cem anos
E que mais se passa no país, neste dia 20 de Novembro de 1908?
O rei D. Manuel encontra-se de visita ao Norte de Portugal.
São presos, em Lisboa, três carteiristas espanhóis, entre os quais o Ferragu, «ladrão internacional da mais rara habilidade e astúcia».
A peça O Ladrão, com Ângela Pinto, continua em cena no Teatro D. Amélia, actual Teatro Municipal S. Luís.
«Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa mudar-se a si próprio.»
Tolstoi
«A minha cara era a dum camponês vulgar.» (Tolstoi)
«Uma cara parecendo uma floresta, com mais arvoredo que clareiras, obstruía todo o acesso à visão interior. Larga e flutuando ao vento, a sua longa barba, de patriarca, sobe até ao alto das faces; cobre, com as suas ondas, durante dezenas de anos, o lábio sensual, e oculta a casca lenhosa da pele, de fendas escuras. Na fronte, eriçam-se, espessas como dedos, e emaranhadas como raízes de árvore, poderosas sobrancelhas. Na cabeça, agita-se a massa dos cabelos, em redemoinhos espessos: por toda a parte se levanta a abundância hirsuta e tropical dos pêlos, espalhados à maneira de Pã, uma exuberância de mundo primitivo.»
Stefan Zweig - «Tolstoi»
In: Três poetas da própria existência. 6.ª ed. Porto: Civilização, 1980, p. 177
Leão Tolstoi morreu a 20 de Novembro de 1910, na sua casa de Isnaia Poliana.
«A minha cara era a dum camponês vulgar.» (Tolstoi)
«Uma cara parecendo uma floresta, com mais arvoredo que clareiras, obstruía todo o acesso à visão interior. Larga e flutuando ao vento, a sua longa barba, de patriarca, sobe até ao alto das faces; cobre, com as suas ondas, durante dezenas de anos, o lábio sensual, e oculta a casca lenhosa da pele, de fendas escuras. Na fronte, eriçam-se, espessas como dedos, e emaranhadas como raízes de árvore, poderosas sobrancelhas. Na cabeça, agita-se a massa dos cabelos, em redemoinhos espessos: por toda a parte se levanta a abundância hirsuta e tropical dos pêlos, espalhados à maneira de Pã, uma exuberância de mundo primitivo.»
Stefan Zweig - «Tolstoi»
In: Três poetas da própria existência. 6.ª ed. Porto: Civilização, 1980, p. 177
Leão Tolstoi morreu a 20 de Novembro de 1910, na sua casa de Isnaia Poliana.
Paco Ibáñez
Paco Ibáñez nasceu, em Valência, a 20 de Novembro de 1934.
«Palabras para Julia», música de Paco Ibáñez para poema de
José Agustín Goytisolo.
«Palabras para Julia», música de Paco Ibáñez para poema de
José Agustín Goytisolo.
Logo, em Porto Formoso
novo livro de Carlos Mota de Oliveira
apresentação por Maria do Céu Guerra e Vasco Santos
hoje, 20 Nov., às 18h45
FNAC - Chiado
apresentação por Maria do Céu Guerra e Vasco Santos
hoje, 20 Nov., às 18h45
FNAC - Chiado
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Tom & Jerry
A.R. enviou como sugestão a Rapsódia Húngara, de Liszt, numa interpretação dos nossos queridos Tom & Jerry, realizada por William Hanna and Joseph Barbera. Aqui fica, com um agradecimento:
Jean Piat
Satisfazendo a curiosidade de Miss Tolstoi, aqui ficam duas fotos do grande actor francês Jean Piat. Uma nos tempos de Largardère, em que consola a actriz Nadine Alari, no final dos anos 60, e a outra nos dias de hoje.
Jean Piat (n. em 1924 ) , embora tenha feito cinema e televisão ( não posso deixar de lembrar outra série de culto, esta dos anos 70, Os reis malditos, com um elenco de luxo, e que já consegui arranjar em dvd ) , é sobretudo um homem de teatro, como actor e encenador.
As nove rodagens mais azaradas do cinema - 7
"O Homem que Veio do Futuro" (Franklin J. Schaffner, 1968) foi um êxito de bilheteira mas uma "galáxia de anedotas" durante as rodagens. Começou logo pelo atraso na entrega de umas barbas postiças, facto que perturbou o arranque das filmagens sob os tórridos 50 graus do Grand Canyon. O único que parecia não se incomodar com tais temperaturas era Charlton Heston que se refrescava nas águas debaixo do sol, mas cinco membros da equipa não se livraram de uma insolação. Em cena encontravam-se nada menos que 500 primatas (entre gorilas, chimpazés e orangotangos) e estes símios levavam tão a sério o seu papel que nem se falavam. Perante tanto macaco a requerer maquilhagem durante as rodagens foi precisa no terreno uma equipa constituída por 80 elementos que assegurava a caracterização. Mas o mais engraçado era observá-los no dia-a-dia: comiam em pequenos cubos, com máscaras e espelhos e aos fumadores eram dadas bocas mais largas para poderem fumar com próteses. A uma semana do fim da rodagem ainda não havia final. Mesmo assim a obra inacabada lá seguiu para os estúdios da Fox. Um dos problemas era como superar uma referência a Deus no filme. A coisa resolveu-se e a estreia foi um sucesso.
Os anos de exílio da Rainha D.Amélia
A partir de amanhã pode ser visitada a exposição Os anos de exílio da Rainha D.Amélia ( Colecção Rémi Fénérol ) na Casa-Museu Dr.Anastácio Gonçalves. Um interessante espólio daquela que foi a última rainha de Portugal, junto laboriosamente durante décadas. E que a República não quis comprar. Ao menos, podemos vê-lo. Já não é mau.
Grandes Senhoras - 21 : Barbra Streisand
Além de ser uma excelente cantora, assim o creio, Barbra Streisand também tem tido boas interpretações cinematográficas . Tentando juntar estes dois talentos, escolhi este vídeo onde surgem clips de vários filmes que ela protagonizou. A música é o grande sucesso dela de 1980, Woman in love.
Os heróis
A propósito do aniversário do Mickey, relembrado pelo Jad, surgiu-me a ideia de aqui escrever sobre uma reportagem que vi ontem num dos telejornais da noite ( seria da SIC ? ) . Num jardim de infância, perguntava a repórter às crianças quais eram os seus heróis. Além dos que já esperava ( o Noddy e outros contemporâneos ) , fiquei surpreendido quando ouvi várias crianças mencionarem o Homem-Aranha ( este ainda se compreende pelos filmes recentes ) , o Mickey e a Minnie ( esta sobretudo as meninas ) , e imagine-se o Tarzan e o Batman.
Confesso que fiquei admirado pela "sobrevivência" destas quase centenárias personagens, especialmente com tantos rivais surgidos nas últimas décadas e com muito mais presença nos jogos e televisões.
Confesso que fiquei admirado pela "sobrevivência" destas quase centenárias personagens, especialmente com tantos rivais surgidos nas últimas décadas e com muito mais presença nos jogos e televisões.
Biografias, autobiografias e afins - 4
Depois de ter escrito uma monumental e bem sucedida biografia de Luís XIV, Jean-Christian Petitfils dedicou-se ao reinado anterior, dissecando a vida e o reinado de Luís XIII, pai daquele, em quase 1000 páginas.
Penso que seja a mais exaustiva biografia publicada até hoje sobre o filho de Henrique IV. A edição é da Perrin.
Penso que seja a mais exaustiva biografia publicada até hoje sobre o filho de Henrique IV. A edição é da Perrin.
Largardère em dvd
Está finalmente disponível em dvd esta série de culto do final dos anos 60, Les Aventures de Largardère, baseada na genial criação de Paul Féval. Relembrando a trama: Estamos no início do século XVIII, em plena Regência. O príncipe de Gonzaga intriga para se apropriar da mulher e do património do seu primo, o duque de Nevers. Para conseguir os seus intentos, é preciso que desapareça Aurora, a recém-nascida filha dos duques de Nevers. Mas no caminho de Gonzaga surge um grande obstáculo: o cavaleiro Henri de Largardère...
Como se devem lembrar os que já viram, Jean Piat é um muito convincente Largardère, e a adaptação feita por Marcel Jullian resulta muito bem no écrã.
Mais um dvd para a minha lista do Natal...
Como se devem lembrar os que já viram, Jean Piat é um muito convincente Largardère, e a adaptação feita por Marcel Jullian resulta muito bem no écrã.
Mais um dvd para a minha lista do Natal...
Doris Lessing
À volta da obra The Golden Notebook de Doris Lessing surgiu um sítio- The Golden Notebook Project, com duração limitada, onde um grupo de sete mulheres vão falando sobre a sua leitura deste clássico de Lessing, e ao mesmo vão colocando notas e apontamentos. A acompanhar o sítio, existem também um blogue e um fórum.
Aqui fica o endereço: thegoldennotebook.org
Aqui fica o endereço: thegoldennotebook.org
Amanhã Ezra Pound
Outono de 1966
The Seekers continuam, muito merecidamente, presentes no mundo da música anglo-saxónica: Judith Derham, a voz do conjunto, encanta o seu público em digressões pelo mundo fora, (re-) apresentando os sucessos da sua equipa, vividos nos já longínquos anos sessenta. Por terras lusas, os quatro australianos, muito indevidamente, caíram em esquecimento.
The Seekers, o primeiro conjunto pop de Down Under de projecção internacional, alcançaram o seu maior êxito no Outono de 1966. Com Georgy Girl, "invadiram" os charts britânicos, americanos e, naturalmente, os do seu país natal onde se classificaram no topo com este título, composto pelos irmãos Springfield (que, por sua vez, encantaram os jovens no início da década, juntamente com a lendária Dusty ...)
Georgy Girl foi a banda sonora do filme homónimo que pouco permaneceu na memória do universo cinéfilo, apesar do elenco notável, constituído por James Mason, Alan Bates, Lynn Redgrave e Charlotte Rampling.
Para iniciar este dia com boa disposição, segue, como sugestão, uma gravação de um concerto, realizado em Londres em 1968. Enjoy!
Prémio Teixeira de Pascoaes para João Rui de Sousa
O livro Quarteto para as próximas chuvas (2008), de João Rui de Sousa, já aqui referido pelo Jad, foi o vencedor do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, instituído pela Câmara Municipal de Amarante.
Obra poética reúne a produção poética do autor entre 1960 e o ano 2000, que, em 2005, publicou também Lavra e Pousio.
ERAM ESTAS AS FLORES
Eram estas as flores que eu abraçava
e que entrevia em zonas de mais luz
ou em simples requebros onde a voz,
pausada e quase trémula,
seguia na inflexão de ser inúmero
o vulto das ameixas, o voluptuoso
ondeio de fenos e searas,
e o parco mover do sobro
e das palmeiras.
Eram também os olhos sempre atentos
ao frémito dos ombros, ao roçagar
de lábios e cabelos,
ao sagaz alvoroço dos teus dedos
e à rajada final (intrépida, desmedida)
de um pássaro febril, indominável.
João Rui de Sousa
In: Quarteto para as próximas chuvas. Lisboa. Dom Quixote, 2008, p. 86
Obra poética reúne a produção poética do autor entre 1960 e o ano 2000, que, em 2005, publicou também Lavra e Pousio.
ERAM ESTAS AS FLORES
Eram estas as flores que eu abraçava
e que entrevia em zonas de mais luz
ou em simples requebros onde a voz,
pausada e quase trémula,
seguia na inflexão de ser inúmero
o vulto das ameixas, o voluptuoso
ondeio de fenos e searas,
e o parco mover do sobro
e das palmeiras.
Eram também os olhos sempre atentos
ao frémito dos ombros, ao roçagar
de lábios e cabelos,
ao sagaz alvoroço dos teus dedos
e à rajada final (intrépida, desmedida)
de um pássaro febril, indominável.
João Rui de Sousa
In: Quarteto para as próximas chuvas. Lisboa. Dom Quixote, 2008, p. 86
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Mickey Mouse (1928)
Passam 80 anos sobre o nascimento do primeiro rato porque me apaixonei. Depois tive um ratinho branco de quem também gostei, mas que deve ter terminado na barriga de um gato, pois resolveu ir dar uma volta, roenda a gaiola...
Aqui Mickey Mouse faz de maestro e vamos seguir a abertura de Guilherme Tell (1829), composta por Rossini:
Aqui Mickey Mouse faz de maestro e vamos seguir a abertura de Guilherme Tell (1829), composta por Rossini:
Luxuosamente gold
Em contraste absoluto com Zeebop by the sea, o restaurante sugerido pelo Luís Barata, que fica em Salcette, Goa, a dupla Dolce & Gabbana abriu recentemente em Milão o Gold, sem dúvida um dos restaurantes mais sofisticados do planeta.
A decoração é um hino à década de 70 com o dourado a dominar do chão ao tecto. Dito assim pode parecer excessivo, mas a mestria do arquitecto (difícil de descobrir que é) conseguiu um ambiente luxuosamente moderno e até equilibrado para o conceito, dada a pureza de linhas. No piso térreo existe um bar e um bistrô, sendo que a parte mais formal funciona no andar de cima só para jantares. As cadeiras Brno do Mies van der Rohe, o espelho dos tampos das mesas, as paredes em pedra e as persianas também espelhadas fazem lembrar a versão contemporânea do Salão dos Espelhos, de Versailles. Gastronomicamente falando, D&G resolveram apostar na cozinha mediterrânica sem grandes invenções mas ao que parece muitíssimo bem conseguida e em que as doses não são minimalistas como se poderia pensar num restaurante deste género. O serviço é atencioso sem ser pertencioso nem dado a servilismos. Para os health fanatics (expressão utilizada pelos próprios criadores) existe um cardápio concebido pelas modelos Gisele e Naomi. Da ementa passo a subscrever a sugestão de alguém que fala com conhecimento de causa: Rissoto com funcho e martini; Carpaccio de atum com ruibarbo e pequenos gomos de laranja sanguínea e toranja. E para terminar em grande estilo, uma cassata siciliana.
O Restaurante Gold fica na Via Carlo Poerio 2/A, a escassos 50 m do Scala de Milão.
Ler por aí...
A iniciativa Ler por aí... regressa às ruas da cidade ao encontro da simbologia maçónica que o Marquês de Pombal introduziu na construção da Baixa Pombalina. Este é o lugar certo para se ler O Maçon de Viena, de José Braga Gonçalves. A proposta passa por um passeio por aquela zona da capital, a pé e de eléctrico. Com encontro marcado para o próximo sábado (22), às 15 horas, no Largo do Limoeiro, a ideia será seguir no eléctrico 12 em direcção à Praça da Figueira e depois percorrer as ruas da baixa rumo à Praça do Comércio, para uma perspectiva abrangente. Seguidamente, apanhar o 25 para Campo de Ourique onde espera aos participantes um lanche retemperador no bar A Paródia. A inscrição é de 19,50 euros (ver como em experiencia@lerporai.com). Para estarem melhor preparados para esta actividade aconselha-se a prévia leitura do livro. Imprescindível levar calçado confortável.
E se Obama fosse africano?
por Mia Couto
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.
Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.
Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano?
São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos.
Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente".
Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões.
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Este artigo foi publicado no jornal Savana (Moçambique) e foi-me enviado por uma amiga.
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.
Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.
Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano?
São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos.
Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente".
Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusões.
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Este artigo foi publicado no jornal Savana (Moçambique) e foi-me enviado por uma amiga.
Crónicas de Clarice - 7
( 18 de Novembro de 1972 )
ESCREVER
Não se faz uma frase. A frase nasce.
PRAZER NO TRABALHO
Não gosto das pessoas que se gabam de trabalhar penosamente. Se o seu trabalho fosse assim tão penoso mais valia que fizessem outra coisa. A satisfação que o nosso trabalho nos proporciona é sinal de que soubemos escolhê-lo.
QUEBRAR OS HÁBITOS
Encontro numa folha de papel antiga umas frases em inglês, e de novo vejo que esqueci de anotar o nome do autor. Traduzo :
" Mas os grandes não podem guiar a sua vida por você. Você precisará de um novo inventário de suas horas, de uma classificação mais severa do que a vale a pena fazer e do que é simples passatempo. Precisará compreender que é frequentemente tão importante quebrar um bom hábito como quebrar um mau. Todos os hábitos são suspeitos. "
- Clarice Lispector, A DESCOBERTA DO MUNDO, Nova Fronteira, 1984.
ESCREVER
Não se faz uma frase. A frase nasce.
PRAZER NO TRABALHO
Não gosto das pessoas que se gabam de trabalhar penosamente. Se o seu trabalho fosse assim tão penoso mais valia que fizessem outra coisa. A satisfação que o nosso trabalho nos proporciona é sinal de que soubemos escolhê-lo.
QUEBRAR OS HÁBITOS
Encontro numa folha de papel antiga umas frases em inglês, e de novo vejo que esqueci de anotar o nome do autor. Traduzo :
" Mas os grandes não podem guiar a sua vida por você. Você precisará de um novo inventário de suas horas, de uma classificação mais severa do que a vale a pena fazer e do que é simples passatempo. Precisará compreender que é frequentemente tão importante quebrar um bom hábito como quebrar um mau. Todos os hábitos são suspeitos. "
- Clarice Lispector, A DESCOBERTA DO MUNDO, Nova Fronteira, 1984.
As nove rodagens mais azaradas do cinema - 6
De King Vidor (1946) este também foi um duelo no set da rodagem: A história de uma mestiça que descobre o amor e quase acaba aos tiros, como no filme; um guião cheio de correcções ou um divertimento em rodagem que resultou em 300 000 dólares de prejuízo, foram algumas das peripécias que marcaram as filmagens deste western. Para Duelo ao Sol construíram-se quilómetros de caminhos-de-ferro, um racho e passaram-se meses a pintar cactos e a edificar locomotivas de época, mas ao segundo dia de rodagens um nevão quase destrói a totalidade dos adereços. O guião esse ficou conhecido como o "guião arco-iris" pela quantidade de correcções nas diferentes cores, pondo o produtor David O. Selznick à beira de um ataque de nervos porque lhe fez lembrar o que tinha sofrido em E tudo o Vento Levou (1939). Azar e lentidão marcaram o desempenho de Gregory Peck no filme; além de ter sofrido uma queda de seis metros depois de ter caído do cavalo, sacava tão lentamente da arma que foi pedido aos outros actores que o fizessem mas em câmara lenta para que Peck parecesse mais rápido. Quando Selznick pretendeu acrescentar mais sangue à história o realizador demitiu-se. Terminada a rodagem os 460 000 metros de fita davam para montar 200 filmes. Este western que se pretendia artístico superou em um milhão de dólares o custo de E Tudo o Vento Levou. Quando tudo parecia funcionar no ecrã chegaram os protestos da Legião Nacional de Decência.
Lá fora - 3 : Colónia
Está patente no Wallraf-Richartz-Museum de Colónia, Alemanha, uma exposição denominada Amor, Arte e Paixão, que reúne obras de 26 artistas plásticos unidos por um critério incomum: todos eles escolheram outro artista como parceiro amoroso. Temos pois uma exposição inédita que junta 13 casais de artistas.
Diego Rivera e Frida Kahlo, Rodin e Camille Claudel, Sonia e Robert Delaunay, Kandinsky e a sua mulher e antiga aluna Gabriele Münter, também ela pintora, Natalia Gontscharowa e Mikhail Larionow, pintores da vanguarda russa, o artista plástico e poeta Hans Arp casado com a pintora, designer e bailarina Sophie Tauber, a pintora francesa Niki de Saint Phalle casada com o escultor suiço Jean Tinguely, a pintora Georgia O' Keefe e o fotógrafo Alfred Stieglitz, entre outros.
O objectivo da exposição é mostrar como estas uniões sentimentais tiveram reflexos nas obras produzidas.
Diego Rivera e Frida Kahlo, Rodin e Camille Claudel, Sonia e Robert Delaunay, Kandinsky e a sua mulher e antiga aluna Gabriele Münter, também ela pintora, Natalia Gontscharowa e Mikhail Larionow, pintores da vanguarda russa, o artista plástico e poeta Hans Arp casado com a pintora, designer e bailarina Sophie Tauber, a pintora francesa Niki de Saint Phalle casada com o escultor suiço Jean Tinguely, a pintora Georgia O' Keefe e o fotógrafo Alfred Stieglitz, entre outros.
O objectivo da exposição é mostrar como estas uniões sentimentais tiveram reflexos nas obras produzidas.
A Centauro
A Centauro é uma nova chancela da Guimarães Editores, e abrigará panfletos e pequenos cadernos de textos clássicos de autores portugueses. Já foram publicados " Os preceitos práticos em geral e os de Henry Ford em particular" de Fernando Pessoa, que vemos na imagem; "Tabacaria" de Álvaro de Campos; "Carta ao Príncipe Real D.Luís Filipe de Bragança" de Mouzinho de Albuquerque e " Tentativa de um Ensaio sobre a Decadência" de Luiz de Montalvor.
Serão lançados em breve "O Caso Mental Português" de Fernando Pessoa, e "Carta à memória de Fernando Pessoa" de Carlos Queiroz, que foi publicado pela primeira vez na Presença em 1936.
A Centauro tem coordenação editorial de Vasco Silva e design de Luís V. Vilaça.
Serão lançados em breve "O Caso Mental Português" de Fernando Pessoa, e "Carta à memória de Fernando Pessoa" de Carlos Queiroz, que foi publicado pela primeira vez na Presença em 1936.
A Centauro tem coordenação editorial de Vasco Silva e design de Luís V. Vilaça.
Marcel Proust
Os meus franceses - 19
Michel Polnareff - «La poupée qui fait non» (1966)
Foi a primeira canção que Michel Polnareff gravou. A música
é do próprio e a letra de Franck Gérald.
http://www.polnaweb.com/
Foi a primeira canção que Michel Polnareff gravou. A música
é do próprio e a letra de Franck Gérald.
http://www.polnaweb.com/
O nosso maior cartoonista
A exposição inaugura hoje às 19h00
e está patente até 18 Jan. 2009
3.ª a domingo - 10h00 às 18h00
Museu Rafael Bordalo Pinheiro
Campo Grande, 382
Lisboa
www.museubordalopinheiro.pt
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Concerto pela Orquestra Clássica do Centro
Programa RAÍZES
Presença da música popular na canção de câmara
Este programa toma como ponto de partida dois compositores noruegueses, Edvard Grieg e Harald Sæverud, que incorporaram nas suas linguagens de composição a vivacidade, a melancolia e o colorido da música tradicional da Noruega. Segue um caminho para o sul, com compositores que se inspiraram do mesmo modo da música tradicional dos países mediterrânicos: Enrique Granados na sensualidade e no pathos da música espanhola e o compositor açoriano Francisco de Lacerda na nostalgia, no humor e na força da tradição portuguesa.
Lúcia Lemos, soprano
Anne Kaasa, piano
Programa
EDVARD GRIEG -Dia de Bodas em Trodhangen (piano solo)
HARALD SÆVERUD -Danças e cantares de Siljustøl (piano solo)
EDVARD GRIEG -Canções e Danças Noruegueses
EDVARD GRIEG -Canções eDanças Noruegueses (piano solo)
FRANCISCO DE LACERDA -Trovas
ENRIQUE GRANADOS -Tonadillas
Roberto Carlos - Coimbra
Uma raridade que passei a conhecer graças ao Richard Rodas, a quem agradeço.
Pintar a solidão - 10
- Arnold Böcklin, Ulisses junto à praia, 1869, óleo sobre tela,
Suiça, colecção particular.
Esta tela do pintor suiço Arnold Böcklin (1827-1901) , foi por mim escolhida para ilustrar uma forma de solidão hoje mais difícil de acontecer: a solidão do náufrago. Esta forma de solidão, tratada durante séculos e séculos pelas mais variadas artes, tornou-se nos nossos dias território exclusivo da ficção. Nestes tempos de GPS, telefones-satélite e chips de localização, é quase impossível ser náufrago por muito tempo.No entanto, tendo lido e relido o Robinson Crusoe , que ainda guardo religiosamente na mesma edição gasta pela leitura, não podia deixar de incluir nesta série esta forma extrema e involuntária da solidão.
Suiça, colecção particular.
Esta tela do pintor suiço Arnold Böcklin (1827-1901) , foi por mim escolhida para ilustrar uma forma de solidão hoje mais difícil de acontecer: a solidão do náufrago. Esta forma de solidão, tratada durante séculos e séculos pelas mais variadas artes, tornou-se nos nossos dias território exclusivo da ficção. Nestes tempos de GPS, telefones-satélite e chips de localização, é quase impossível ser náufrago por muito tempo.No entanto, tendo lido e relido o Robinson Crusoe , que ainda guardo religiosamente na mesma edição gasta pela leitura, não podia deixar de incluir nesta série esta forma extrema e involuntária da solidão.
PENSAMENTO DO DIA
" Depois deste consumismo desenfreado poderá o homem começar a extrair algum sentido à sua existência ? Há possibilidade de mudar a sociedade de hiperconsumo ou só se parará perante um desastre ecológico ou económico ? "
- Gilles Lipovetsky
Parece-me que Lipovetsky talvez venha a ter razão mais cedo do que esperaria...
- Gilles Lipovetsky
Parece-me que Lipovetsky talvez venha a ter razão mais cedo do que esperaria...
Saúde e Medicina em Portugal e no Brasil - 200 anos
- cadeira acústica de D.João VI. Falando junto à boca do leão, as
cavidades ressonantes escondidas no interior da cadeira
amplificavam os sons dirigidos através do tubo até aos
ouvidos do Rei. Colecção particular.
Até ao dia 4 de Janeiro de 2009 está patente no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, Rua da Escola Politécnica, 56-58, a exposição Saúde e Medicina em Portugal e no Brasil - 200 anos, que é a adaptação para Lisboa da mostra que esteve recentemente no Rio de Janeiro por ocasião das comemorações dos 200 anos da saída da Corte para o Brasil.
Horário: Terça a Sexta- 10h/17h; Sábado e Domingo - 11h/18h
Para saber mais : www.acs.min-saude.pt
cavidades ressonantes escondidas no interior da cadeira
amplificavam os sons dirigidos através do tubo até aos
ouvidos do Rei. Colecção particular.
Até ao dia 4 de Janeiro de 2009 está patente no Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, Rua da Escola Politécnica, 56-58, a exposição Saúde e Medicina em Portugal e no Brasil - 200 anos, que é a adaptação para Lisboa da mostra que esteve recentemente no Rio de Janeiro por ocasião das comemorações dos 200 anos da saída da Corte para o Brasil.
Horário: Terça a Sexta- 10h/17h; Sábado e Domingo - 11h/18h
Para saber mais : www.acs.min-saude.pt
Em Goa
Dizem-me que é um melhores restaurantes à beira-mar de Goa, o Zeebop by the sea, com um ambiente simples como se pode ver na primeira foto, e cujo menú é à base de lagosta, camarão, caranguejo e peixes fresquíssimos. O melhor acompanhamento : O vinho branco Sula bem fresco.
Fica na praia de Utorda, em Salcette, Goa.
Dedico obviamente esta sugestão à nossa amiga A.R. .