MAREMOTO
Dizia eu, amor, que eras a brisa
ou um metal alado pelo espaço
a incandescer o mundo como um tiro
que deflagrasse em mim e fosse um traço
da dispersão do corpo, bago a bago:
da imensidão de um rio chegado a mim,
chegado em maremoto, em seu abraço
de férteis águas nuas sobre um lago.
João Rui de Sousa
(1928 - )
Como já se deve ter notado, gosto imenso deste poeta.
ResponderEliminarEra eu,
ResponderEliminarMR
É lindíssimo o poema.
ResponderEliminarA.R.