Prosimetron

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Os meus poemas -25

MAREMOTO

Dizia eu, amor, que eras a brisa
ou um metal alado pelo espaço
a incandescer o mundo como um tiro
que deflagrasse em mim e fosse um traço
da dispersão do corpo, bago a bago:
da imensidão de um rio chegado a mim,
chegado em maremoto, em seu abraço
de férteis águas nuas sobre um lago.

João Rui de Sousa
(1928 - )

3 comentários:

Anónimo disse...

Como já se deve ter notado, gosto imenso deste poeta.

MR disse...

Era eu,
MR

Anónimo disse...

É lindíssimo o poema.
A.R.