Um deus que brinca e que nada quer,
que sonha ou canta, é ele próprio um sonho
que na areia cintila. Fogo ou desejo,
menino que corre no vento entre estrelas verdes,
a mão ondula e quase escreve e quase dança,
e na violência azul incendeia e apaga
as estradas leves suspensas sobre o abismo.
António Ramos Rosa
In: Acordes. Lisboa: Quetzal, 1990, p. 33
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