sábado, 20 de março de 2010

Glória - Hino à Primavera!

Van Gogh, Banks of Seine with Pont de Clichy in Spring, 1887

Oil on canvas, 50 x 60 cm, Dallas Museum Of Art

GLÓRIA
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Depois do inverno, morte figurada,
A primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.
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Miguel Torga, Diário XIV, Coimbra, 1995, p.1445


Lisboa: Igreja do Menino Deus

existe sempre algo que não se conhece.

Quem pode impedir a Primavera


Louis Janmot (1814-1892) - Le poême de l'âme. Le Printemps
Lyon, Musée des Beaux Arts

Quem pode impedir a Primavera
Se as árvores se vão cobrir de flores
E o homem se sentiu sorrir à Vida?

Quem pode impedir a surda guerra
Que vai nos campos deslocando as pedras
- Mudas comparsas no ritmo das estações
-E da terra inerte ergueu milhares de lanças
Que a tremer avançam, cintilantes, para o limite
Em que a luz aquosa se derrama
Como um mar infinito onde o arado
Abre caminho misterioso à seiva inquieta!

Quem pode impedir a Primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos nossos gestos.

Quem?...
Se os sonhos maus do Inverno dão lugar à Primavera!

Ruy Cinatti

Alfama

Alfama...um gato espreita o movimento anormal na Rua...

Como as andorinhas são o mote do dia...

Fotografia retirada do blog A Vida Portuguesa



Poema de Manuel Bandeira


Manuel Bandeira, Meus Poemas Preferidos, Rio de Janeiro: Ediouro, 2005, p. 57.


Livro on-line

Sítio do costume...

Pois é (sei que nunca se deve começar uma frase assim, mas neste caso quero).
Pois é, a expressão "sítio do costume" está consagrada. É uma palavra que cada vez se usa mais no quotidiano do século XXI. Quem sabe, sabe... Quem não sabe, fica na mesma...

Vi um anúncio que me fez recordar esta expressão. Um anúncio a um restaurante que dizia apenas... Refeições no Sítio do costume... Pequeno-almoço (0,75 €) almoço e jantar (3,99 €). Onde será? Era mesmo nesse sítio!


Neste tempo de crise no aproveitar é que está o ganho. E eu também "fico à espera, lá no «sítio do costume»"...

Bom dia!


Joan Baez também canta esta canção.
As andorinhas não devem vir tão cedo. Dizem que Primavera... só lá para Junho.

ONDE VOU ESTAR

Vou passar o dia aqui. Espero que não chova...muito.

Dominique A

Esta Le Courage des Oiseaux foi um dos primeiros grandes êxitos de Dominique A. O ano é 1992.

PENSAMENTO(S) - 107

Nicolas de Largillière (1656-1746), Jean de La Bruyère, Musée National du Château de Versailles.


Le temps qui, souvent, fait decliner l'amour, accroît la force de l'amitié.

- La Bruyère

Concordo com La Bruyère, não deixando de registar a nota de optimismo expressa no souvent.

Diário de Eva!

Na Feira do Livro encontrei este livrinho que não conhecia.
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Lester Ralph, ilustração, p.11
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"Sábado

De dia era capaz de desistir da lua que encontrei, porque teria medo de que alguém a visse;mas se a descobrisse no escuro, de certeza que haveria uma maneira qualquer de não deixar que ninguém soubesse. porque adoro as luas, são tão bonitas e tão românticas! Quem me dera que tivéssemos cinco ou seis; nunca mais me deitava; nunca me havia de cansar de as contemplar, sentada num banco de musgo. Também gosto das estrelas. Gostava de apanhar algumas para pôr no cabelo. Mas aco que nunca serei capaz. Admira-me que estejam tão longe, porque não parecem.
Quando surgiram no céu, na noite passada, tentei deitar uma abaixo com um pau, mas não cheguei lá, o que me surpreendeu; depois procurei lançar-lhes peradas até me cansar, mas não acertei em nenhuma".

Mark Twain, Diário de Eva (Desenhos Lester Ralph e Trad. Ana Barradas), Editora Ela por Ela, 2002, p. 10 -11

A nossa vinheta

Começa hoje, dia 20 de Março, a Primavera. Para mim, Primavera também são Andorinhas... mas infelizmente este ano ainda as não vi...
Voltem Andorinhas


Taça "Urbino" com Andorinhas (1879)
- Porcelana de Sèvres
Galerie V. B. Antiquités, Le Louvre des Antiquaires

sexta-feira, 19 de março de 2010

A Cidade do Sonho


Paul Klee - Dream City, 1921
Aguarela e óleo
Col. particular


Sofres e choras? Vem comigo! Vou mostrar-te
O caminho que leva à Cidade do Sonho...
De tão alta que está, vê-se de toda a parte,
Mas o íngreme trajecto é florido e risonho.

Vai por entre rosais, sinuoso e macio,
Como o caminho chão duma aldeia ao luar,
Todo branco a luzir numa noite de Estio,
Sob o intenso clamor dos ralos a cantar.

Se o teu ânimo sofre amarguras na vida,
Deves empreender essa jornada louca;
O Sonho é para nós a Terra Prometida:
Em beijos o maná chove na nossa boca...

Vistos dessa eminência, o mundo e as suas sombras,
Tingem-se no esplendor dum perpétuo arrebol;
O mais estéril chão tapeta-se de alfombras,
Não há nuvens no céu, nunca se põe o Sol.

Nela mora encantada a Ventura perfeita
Que no mundo jamais nos é dado sentir...
E a um beijo só colhido em seus lábios de Eleita,
A própria Dor começa a cantar e a sorrir!

Que importa o despertar? Esse instante divino
Como recordação indelével persiste;
E neste amargo exílio, através do destino,
Ventura sem pesar só na memória existe...

António Feijó (1859-1917)
In: Sol de Inverno

Depois de ter lido um comentário do Jad que queria um Dia Mundial do Sonho...

Um fotógrafo de Paris do pós- guerra


Robert Doisneau fotografou o quotidiano de Paris e seus arredores, registando momentos da cidade e dos seus habitantes, com humor, ironia e também ternura. Ficou conhecido no mundo inteiro pela sua fotografia "Beijo do Hotel de Ville", mas muitas outras, a preto e branco, tornaram-se conhecidas por retratarem Paris no pós-guerra. Nasceu em 14 de Abril de 1912 em Gentilly, Val-de- Marne e morreu em Paris em 1 de Abril de 1994.

Viva Jaime Gama!

Estava longe de pensar que iria alguma vez escrever um post com tal título, mas é merecido. Apesar de alguma rispidez, Jaime Gama esteve muito bem hoje como Presidente da Assembleia da República. É inadmissível que um Secretário de Estado, por mais inexperiente que seja, não se saiba dirigir ao Plenário da A.R. da forma prevista no Regimento. Uma vergonha! Não se poderão organizar umas "acções de formação" para evitar estes espectáculos?

Citações - 71 : Da liberdade



Beaucoup vivent et meurent sans avoir connu la vraie liberté. Il faut chercher la liberté dans une certaine nuance ou qualité de l'action même, et non dans un rapport de cet acte avec ce qu'il n'est pas ou avec ce qu' il aurait pu être.

- Henri Bergson

Dia do Pai

Guido Reni, S.José e o Menino Jesus, 1635.
- Hoje, por toda a Itália, e onde existam comunidades italianas como a muito numerosa dos E.U.A. ,fazem-se as Mesas de S.José, com todo o tipo de acepipes e iguarias, mas com exclusão da carne por motivo da Quaresma.


Durante toda a semana foi impossível escapar à publicidade rádio e televisiva lembrando o Dia do Pai, com os consequentes apelos à compra das mais variadas coisas. No entanto, talvez muitos dos ouvintes e consumidores não tenham noção porque celebramos a 19 de Março o dia do Pai- é que é a data reservada no calendário católico ( no ortodoxo foi em Janeiro ) a S.José. Santo padroeiro dos carpinteiros e dos que procuram trabalho, mas que devia ser também o padroeiro dos pais adoptivos.

Coisas do Inferno ... - 11

(...) Na aldeia moçambicana de Mbucuta, no centro do país, dois jovens foram apanhados a violar uma cabra, aparentemente como parte de um ritual satânico. «Um deles estava nu enquanto segurava a cabeça da cabra e outro estava a fazer sexo com o animal», descreveu Mário Creva, uma testemunha, à Rádio Moçambique. Os dois jovens foram, entretanto, condenados a seis meses de prisão, por «furto qualificado» ( um procurador não encontrou na lei artigo mais adequado), mas o dono do bicho quer mais: exige que os rapazes se casem com a cabra, e lhe dêem o... dote.

- Na Visão desta semana.

Enquadrei este fait-divers zoófilo nas Coisas do Inferno mas tenho as minhas dúvidas. A menos que tenham sido encontrados objectos ou sinais no local ou nos rapazes que sustentem o alegado ritual satânico. Mas há vários elementos de interesse neste caso: a aparentemente insuficiente legislação penal moçambicana ( furto qualificado? Seria preciso que quisessem ficar mesmo com a cabra), mas sobretudo a exigência de reparação formulada pelo proprietário: casamento, com o necessário dote...

Um quadro por dia - 45

- Salvador Dalí, O Sono, óleo sobre tela, 1937, col.part.

Nas palavras do autor da tela: " O acto de dormir é um monstro sustentado pelas muletas da realidade."
A verdade é que, apesar dos extraordinários avanços da Medicina e da Biologia no século passado, ainda sabemos pouco sobre o sono e os seus mecanismos, especialmente se compararmos esta nossa função com outras onde foi feita uma verdadeira "cartografia" nas décadas passadas. Sabemos o essencial: sem ele morremos ou entramos em declínio acelerado, e sabemos também que a função geral é a de regenerar os organismos depois de um período de actividade, mas estamos ainda longe de conhecer todos os segredos do sono.
19 de Março é o Dia Mundial do Sono.

Cinenovidades - 116 : Solomon Kane

Estreou ontem nas nossas salas o filme Solomon Kane. Eu, que sou um indefectível de Robert E.Howard, espero que o filme faça justiça ao puritano sobrenatural que é sem dúvida uma das grandes criações howardianas.

Nana Mouskouri

Voltou a ser notícia por um acto patriótico: ofereceu a sua pensão como ex-eurodeputada ao Estado grego devido à terrível crise financeira. É uma gota de água no oceano da dívida, mas pode ser que seja exemplo para os Niarchos, Livanos e Onassis desta vida...

Mais Aznavour

Gosto muito desta Je n'ai rien oublié escrita por Aznavour com música de Georges Garvarentz em 1972.

Vai-te embora chuva!

Fotografia de Rodney Smith


"People use the terminology 'He's a commercial photographer, he's a fine art photographer, he's a landscape photographer.' I think it's hard enough just to be a photographer. I think that in using the term 'photographer' one should be very careful about what that really means. I grew up in a tradition where being a photographer was a very noble pursuit. You pursued it for the love and the passion, and doing it was a very difficult thing to do. There are thousands and thousands of people who take photographs, but very few photographers, because one has to have an eye, one has to have the vision, one has to have something to say."

Rodney Smith

fotógrafo e fotografias

Lisboa tem histórias


Esta exposição, que está no Museu da Cidade até final do mês, merece uma visita. Lá encontramos algumas figuras lisboetas nossas conhecidas, como Guedelha Palaçano, a Estanqueira do Loreto, as Manas Perliquitetes, o Luciano das Ratas, a Preta Fernanda ou Victor Palla, e outras (para mim) desconhecidas, como Madame Villaret.
Gostei da exposição. Apenas um senão: porque não fizeram catálogo? Será que estas nossas Entidades não conseguem perceber que o que fica de uma exposição é o catálogo? Que fazer um catálogo é um investimento no futuro, é serviço público.
E se não há catálogo, então a legendagem da exposição deveria ser um pouco mais completa.
Parabéns ao Museu da Cidade!

As Manas Perliquitetes.
Carolina Amália e Josefina Adelaide Brandi Guido ficaram conhecidas pelas suas toiletes «peculiares, ridículas e extravagantes» (da folha da exposição). Netas de comerciantes italianos que se fixaram em Lisboa, após a morte do pai, a vida das duas irmãs mudou, tendo falecido na miséria.
Devem a alcunha a Luís de Almeida de Melo e Castro, um boémio seu vizinho na Rua da Escola Politénica.

"Convite" para a Primavera que se aproxima!

Vincent van Gogh's Blossoming Acacia Branches
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The National Museum of Fine Arts in Stockholm


CONVITE

Vamos, ressuscitados, colher flores!
Flores de giesta e tojo, oiro sem preço…
Vamos àquele cabeço
Engrinaldar a esperança!
Temos a primavera na lembrança;
Temos calor no corpo entorpecido;
Vamos! Depressa!
A vida recomeça!
A seiva acorda, nada está perdido!

Miguel Torga, Diário IX, Coimbra: 1995, p. 878.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pensamento!

Jean-Paul Sartre


"Cada homem deve inventar o seu caminho"

Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico



«O Mediterrâneo aparece, no mundo europeu moderno, como a região mais rica de variedade e localismo, mas, ao mesmo tempo, como a mais originalmente unida, no clima, na natureza, nas produções, no trabalho dos homens. Para um Inglês, um Alemão, ou até um Francês do Norte, estes lugares revestem-se já de atractivos de exotismo que preludiam a África mourisca ou o Oriente. Mas os espíritos reflexivos compreendem que, por debaixo do arcaísmo pitoresco dos modos de existência, estão as raízes da própria civilização, que aqui se criou banhada pelo sol quente e sob o céu luminoso. O cunho da história marca-se em todas as formas da actividade humana; marca-se também na própria fisionomia dos lugares, moldada pelo homem, impregnada da sua presença secular.»

«Em Portugal quase não há cidade de planície; excepto Aveiro, num areal cortado de canais, todas as aglomerações desenvolvidas ao longo de uma praia ou da borda dos rios procuram, em lugar eminente ou escarpado, por modesto que seja, um refúgio ou um apoio. Aí está quase sempre o germe da urbe, que depois, crescendo, naturalmente encontrou nas terras baixas o espaço que lhe faltava e a ligação às vias de trânsito sem a qual as cidades não podem viver.»

Orlando Ribeiro (1911-1997)

A Europeia

Gosto muito do retrato A Europeia, uma antiguidade que remonta ao Egipto durante a dominação romana. Aprecio-o por causa da expressão do rosto que revela serenidade, beleza e simpatia.

Retrato "L'Européenne"
AD 120-130

Musée du Louvre, Paris

Ver aqui

Citações - 70 : Da imaginação

- É de Courbet este retrato do poeta Charles Baudelaire.


L' Imagination est une faculté quasi divine qui perçoit tout d'abord, en dehors des méthodes philosophiques, les rapports intimes et secrets des choses, les correspondances et les analogies.

- Charles Baudelaire

Chris Isaak

Porque ele vai brevemente estar entre nós.

Entretanto em Havana

O delito delas é chorar e pedir a libertação dos respectivos maridos, filhos, pais, irmãos ou tios que estão encarcerados em Cuba por dissidência política. Foi este delito que levou a que fossem "abalroadas" e detidas ao sairem da Igreja de Santa Bárbara em Havana depois de aí rezarem pela libertação dos respectivos familiares. E os gladíolos das Damas de Branco foram fraca defesa contra murros e pontapés. Triste regime.

Um espólio mais

Entra hoje formalmente na Biblioteca Nacional um importante espólio, o de um verdadeiro sábio luso do séc.XX: Orlando Ribeiro, o renovador dos estudos geográficos em Portugal. Mas palpita-me que alguém aqui no blogue disto falará com mais propriedade...

Hoje na Fnac Vasco da Gama

O novo romance do jornalista António Santos é lançado hoje, pelas 19h, na Fnac Vasco da Gama, com apresentação de Alice Vieira.

Da nota de imprensa: (...) A história decorre entre a Beira Baixa e Madrid, passando pelos mosteiros ortodoxos da Grécia e pelo deserto marroquino.

Lá fora - 73 : Kitano em Paris


Enquanto que no Centro Pompidou decorre, até 21 de Junho, a retrospectiva Takeshi Kitano, L' iconoclaste sobre o cinema do versátil artista japonês, a Fondation Cartier ocupa-se sobretudo da obra pictórica de Kitano: pintura, objectos insólitos, máquinas fantásticas.

PENSAMENTO(S) - 106

Ninguém acredita na finitude da sua existência.

- Sigmund Freud, Considerações actuais sobre a guerra e a morte, 1915.

Auto-retrato(s) - 47

Courbet é um dos pintores que mais se retratou, já que se conhecem cerca de 20 auto-retratos. Este, de 1852, que está no British Museum deve ser o mais "sereno" de todos.
Amo-te
com pressa
de não acabar o amor.

António Osório (1933-)

Tenho andado a ler, diligentemente, A luz fraterna, poesia reunida de António Osório.

Árvore Vital, poema angolano

Chris Spies (pintor sul-africano) - "Birds and Tree of Life"
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raízes. da eterna palavra a semente.
da semente ainda guardo o espanto da árvore.
ou o corpo e o fruto. - os frutos de
um dia começam na noite - o tempo é
a palavra que amadurece o fruto. de
maduro desce o tempo através das folhas.
da água e da folhagem basta o hálito,
a seiva. é um animal que floresce
em busca do pássaro intangível.

João Tala (1959-), A Forma dos Desejos II (todas as conversas, Luanda: Chá de Caxinde, 2002, p. 52.

João Tala nasceu em Malange, em 1959, e é médico.

Por terras de África, uma livraria em Lubango!


Um amigo esteve no Lubango, antiga Sá da Bandeira, a leccionar um mestrado. De lá trouxe-me um livro que comprou na livraria: Lello.
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Lello, Lubango, Angola


Fotografia de E. I.
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O livro que me trouxe daquelas paragens intitula-se: Itália Angola: uma amizade antiga, uma selecção de extractos do "Relatório do Reino do Kongo e das Terras Circunvizinhas", de Filippo Pigaffeta, publicado em Roma em 1591.
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« "O Relatório do reino do Kongo e das Terras Circunvizinhas, não é obra original de Pigafetta, que se limitou a retomar escritos de Duarte Lopez, a traduzi-los e a comentá-los para a Corte de Roma. Mas graças à centralidade cultural de Roma da época, o volume tranformou-se num "best seller" internacional, oferecendo a historiadores, geógrafos e homens de cultura a visão de um mundo mais proximo de quanto se pensasse e todavia tão distante.
Tais conceitos de proximidade e de distância, reconhecem-se nas anotações e nos comentários de Pigafetta que, tradutor traidor, acrescenta à obra de Lopez. Daí, a encantada surpresa pelas belezas naturais de Angola, a estupefacção por costumes muito distantes para um directo herdeiro do Renascimento italiano. (...) O livro à distância de séculos, mantém todo o seu interesse, toda a sua frescura e contribui para dar a conhecer alguns aspectos históricos que caracterizam a Angola actual.» (Introdução)
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Fillipo Pigafetta, Relatório do Reino do Kongo e das Terras Circunvizinhas, Luanda: Edições Chá Caxinde, 2002, p.6 e 7, (Tiragem 1000 exemplares).

quarta-feira, 17 de março de 2010


«A vontade é tão livre por natureza que jamais pode ser coagida».
Descartes - As paixões da alma

Casta Diva, duas interpretações...

Hoje estive no Convento de Cristo e trouxe esta imagem para olhar e pensar. Resolvi colocá-la com Casta Diva.
Convento de Cristo em Tomar







Citações - 69

O comércio evita um contabilista sentimental
Ouvida ontem, dia em que com um ano de atraso vi finalmente o Singularidades de uma rapariga loura do Manoel de Oliveira. A frase é proferida pelo pobre Macário quando anda à procura de emprego depois de ter sido despedido pelo tio.
E sobre o filme já foi dito bastante aqui no blogue, tanto por mim ( Cinenovidades-41 ) como pela Ana que o viu aquando da estreia. Mas gostei da frase e registei-a.

Livros Infantis

Prolonga-se até domingo a Quinzena do Livro Infantil no Mercado da Ribeira em Lisboa.Entre as 10 e as 19h.