sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quotidianos - 58


John Sloan (1871-1951) - Renganeschi's Saturday Night
Óleo sobre tela, 1912

Jantar de velhos amigos - não de amigos velhos. Daqui a uns tempos... :)

«A amizade é mais trágica do que o amor - dura mais tempo.»
Oscar Wilde

Acácias em Fevereiro

Apesar do Inverno chuvoso e frio há uma alegria que desponta na Natureza, são as acácias que nascem como pontos de luz cintilantes esmagando o céu cor de chumbo.
(Acacia farnesiana)

Bom Sábado!

Dia de chuva


John Sloan (1871-1951) - Spring rain
Óleo sobre tela, 1912
Delaware Art Museum


Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem; cada um como é.
Alberto Caeiro

100 anos de anarco-sindicalismo


Bofarull (1906-1991) - Obrer! Camperol! Unitat per la Victoria!
UGT, [1936]

O anarco-sindicalismo constituiu na Península Ibérica uma grande força revolucionária com uma intensidade sem precedentes em nenhuma outra parte do mundo. Através de uma selecção de jornais, livros, cartazes e documentos de arquivo, pretendeu-se recordar os seus protagonistas, evocar as suas realizações e recuperar a sua memória. La exposição percorria 100 de movimento anarco-sindicalistas, desde 1910 até aos nossos dias. Encerrou no passado dia 15.
Museu de História da Catalunha
Barcelona
http://www.mhcat.net/

Leituras no Metro - 44


«A la fin de 39 […]. […] je l’ai quitté pour être secrétaire d’un avocat, ou plutôt d’une avocate surchagée de travail parce que’elle avait les dossiers de ses confrères mobilisés. Intelligente, brillante même et gentille. Son mari était absent, mobilisé. Il lui avait laissé une petite voiture, une Simca 5, don’t elle ne savait pas se servir. J’avais appris à conduire, si l’on peut dire, pendant le tournage d’un film. Elle m’a demandé un jour de la mener à Fontainbleau. J’étais plus dangereuse qu’un bombardement, mais elle est arrivée saine et sauve. C’était une toute petite voiture. Heureusement, parce que je n’arrivais pas à trouver la marche arrière! Pour rentrer, je l’ai tournée en la poussant. Et je me suis repartie, seule. Je la trouvais bien difficile à conduire, cette voiture, qui zigzaguait sur la route nocturne entre les camions militaires, tous feux éteints. Je l’ai ramenée au garage, à Paris, et j’ai demandé au mécanicien: “Il est toujours comme ça, le volant?” Il a regardé. Il m’a regardée. Il a demande: “Il y a combien de temps que vous roulez comme ça?” Il y a quatre heures. La direction était cassée.»
Françoise Giroud
In: Si je mens…: conversations avec Claude Glayman. – Paris: La Guilde du Livre, 1972, p. 73-74

Mulheres ao volante!!! :)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Arrumando fotografias - 5



Pastelaria Olympia
Gran Via, 21
Granada (29 Fev. 2011)


Bom aspecto, engraçada, mas não vale nada: nem o café, nem a pastelaria, nem o serviço. Uma desilusão!

Eva Cassidy



Esta é já um clássico da Pop, aqui na voz inesquecível de Eva Cassidy ( 1963-1996) que nos deixou cedo demais devido a melanoma.

World Press Photo 2010

Esta fotografia de Jodi Bieber valeu-lhe o Prémio de Fotografia do Ano de 2010 da World Press Photo. A jovem retratada chama-se Bibi Aisha e a Visão conta a sua história:

" (...) foi forçada a casar com 14 anos. Maltratada pelo marido, afegão taliban, e pela família dele, chegava a dormir com os animais. Fugiu para escapar às agressões, mas foi apanhada. Para a castigarem, o homem com quem casara e o cunhado cortaram-lhe as orelhas e o nariz. Deixaram-na sozinha num lugar ermo, onde teria morrido de hemorragia se não fosse resgatada pelo pai, que pediu ajuda a uma equipa de médicos norte-americanos. Voltou a ser bonita, aos 18 anos, depois de várias cirurgias plásticas nos EUA. (...) "

Cinenovidades - 170 : Budapeste



Este filme de Walter Carvalho, que adapta o romance homónimo de Chico Buarque, teve ontem estreia nas nossas salas. É uma produção luso-brasileira-húngara, por isso não se admirem quando também virem Nicolau Breyner e Ivo Canelas no ecrã.

Números - 43

150

" animais nascidos em 2010, no Jardim Zoológico de Lisboa, que tem um dos índices de natalidade mais elevados da Europa. O mais recente exemplo é o rinoceronte-branco, com a primeira cria da subespécie a nascer por cá (...) "

(na Visão desta semana)

Há que tempos que não vou ao Jardim Zoológico! Venha o bom tempo, e irei visitar todas estas crias e respectivos progenitores.

A pior banda do mundo em Bruxelas

Paris: Les éditions Cambourakis, 2011
Trad. Dominique Nédellec


A pior banda do mundo, de José Carlos Fernandes (1964-), está em exposição no Centre Belge de la Bande Dessinée, em Bruxelas, até dia 27 de Fevereiro.

Leituras no Metro - 43


Paris, 18 Fev. 1931
«Je regarde les petites annonces de L’Intransigeant. Je ne veux pás être “recommandée”; trouver une place para “relations”. J’ai besoin d’être hors du jeu ambigu des relations. Un libraire demande une vendeuse sténodactylo… J’aime bien les livres. Il s’agit de livres rares, précieux. Je me presente, j’ai mis du rouge à lèvres et des talons hauts pour me vieillir. Je dis que j’ai dix-huit. Ça marche.
«Aujourd’hui, ça ne marcherait pás. Visite médicale. Sécurité sociale, déclaration obligatoire… Rien du tout cela n’existait.

«- Et que faisiez-vous dans cette librairie?
«-Le courier. Il y en a beaucoup avec les bibliophiles. Le catalogue… Quand le libraire s’absentait, je recevais les clients. Et je lisais… Une chance que je ne sois pás tombée chez un marchand de vin, n’est-ce pas?
«Tous les livres de ce libraire, je les ai lus… Remarquez que “La Plêiade” n’existait pás encore, et qu’il fallait quarante volumes dans l’édition Conard pour absorber Balzac. J’étais assez fière de gagner cinq cents francs par mois. Ma soeur qui était vendeuse dans un grand magasin n’en gagnait que trois cents et n’avait pás le droit de s’asseoir. Moi j’étais bien traitée. Par rapport à l’époque, bien sûr. C’était une autre époque, si différente…»
Françoise Giroud
In: Si je mens…: conversations avec Claude Glayman. – Paris: La Guilde du Livre, 1972, p. 25

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Guilherme Centazzi


Li há uns dias, no JL (29 Dez. 2010, p. 15), um artigo de Pedro Almeida Vieira sobre um autor, pioneiro do romance histórico, que eu desconhecia: Guilherme Centazzi. Pus-me 'à pesca' de algo sobre ele na net e encontrei um blogue, muito interessante, de PAV [Pedro Almeida Vieira, não Padre António Vieira - :)], no qual ele escreve sobre aquele médico, escritor e compositor, nascido em Faro, em 1808, e sobre as suas três obras: Carlos e Julieta: ou um quadro moral da vida humana (1838), Beatriz e o aventureiro (1848) e A alma do justo (1861). Guilherme Centazzi, que poetou e foi autor de outros romances, como O estudante de Coimbra (1838), faleceu em Lisboa em 1879.
Pedro Almeida Vieira (1969-) é, por sua vez, autor de romances históricos, como Nove mil passos (2004), sobre a construção do Aqueduto das Águas Livres, e de O profeta do castigo divino (2005), acerca da vida do jesuíta Gabriel Malagrida, os quais li com muito agrado (principalmente o primeiro). Escreveu ainda A mão esquerda de Deus (2009) e Corja maldita (2010), este sobre o processo de extinção da Companhia de Jesus.
Quanto ao blogue, «A biblioHistória constitui uma base de dados de obras de literatura do género histórico - ou com incursões históricas - publicadas por escritores portugueses, incluindo também autores de dupla nacionalidade ou que tenham tenham tido nacionalidade portuguesa antes da independência dos respectivos países. Inclui-se, portanto, os escritores brasileiros nascidos antes de 1822 e os escritores dos países africanos de língua portuguesa nascidos antes de 1975.» Muito interessante. Espreitem:

A obra republicana no ensino


Palácio Valadares (antiga Escola Veiga Beirão)
Largo do Carmo
lisboa
até 30 de Junho

Saraceni ou Caravaggio?

Caravaggio, A Morte da Virgem, 1605-06, óleo sobre tela, Louvre.
Carlo Saraceni (1579-1620), A Morte da Virgem, Santa Maria della Scala, Roma.

Tudo começou com uma encomenda dos religiosos de Santa Maria della Scala feita em 1601 ao já reconhecido pintor Caravaggio: uma morte da Virgem Maria para um dos altares da igreja.
Cinco ou seis anos depois, é apresentada a obra que choca quem a encomendou. Mesmo que os religiosos não soubessem que tinha sido uma prostituta ( e não foi caso único nas obras do irrequieto Caravaggio ) o modelo para a Virgem, a tela não lhes parecia adequada para um altar.
Realismo a mais.- podemos dizer nós.
É escolhido então um outro pintor, Carlo Saraceni, que executa a Morte da Virgem que agrada aos religiosos e ainda hoje se encontra em Santa Maria della Scala.
A tela de Caravaggio tem vida mais agitada: é comprada pelos Gonzaga, mais tarde passa para a fabulosa colecção de Carlos I de Inglaterra, e depois da decapitação deste é comprada pela Casa real francesa acabando no Louvre onde hoje a podemos ver.
Mesmo apreciando Saraceni, como é o meu caso, a verdade é que a visão de Caravaggio é muito mais impressiva...

40 anos depois...

Derrubou a monarquia ( e o rei Idris era um santo ao pé dele ) para "o povo ser livre", mas 40 anos depois ainda está no poder e o povo líbio é tudo menos livre.
Ao contrário da Tunísia e do Egipto, não são tanto as condições económicas que movem os líbios nesta recente contestação a Kadafi, mas antes a sede de liberdade.
É esta sede de liberdade que os move, de Tripoli a Benghazi, com mortos e feridos já que o eterno governante proclamou que vai reagir com "tolerância zero".
Vamos ver como reage a Europa, designadamente certos países vizinhos onde a Líbia tem importantes interesses económicos...

Património Imaterial da Humanidade - 6



Termino esta série de novas adições, embora tenham sido quase cinco dezenas, à lista do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO, com uma longa ( 600 anos! ) tradição belga, o Carnaval de Aalst.
Evento que movimenta dezenas de milhares de pessoas todos os anos e é um dos mais satíricos carnavais da Europa, e cuja história pode ser conhecida através deste vídeo que saquei do YouTube.

Legendary Tiger Man & Maria de Medeiros



Muita gente não sabe, mas a Maria de Medeiros também canta, e não se sai nada mal nesta versão de These Booots Are Made For Walking, canção imortalizada por Nancy Sinatra.
É do fantástico álbum Femina do Legendary Tiger Man ( Paulo Furtado ).

Valência: Estación del Norte







A Estação do Norte, de Valência, foi construída entre 1906 e 1917, segundo projecto do arquitecto valenciano Demetrio Ribes (1877-1921). É um dos monumentos mais emblemáticos da arquitectura civil da cidade.

A cafetaria da estação.
Lembram-se da cafetaria da Estação de Santa Apolónia? Por que será que nós destruímos tudo? Por causa da saída do Metro? Não podia ter saída uns metros à frente ou ao lado?

Tesouros da BD europeia


Pranchas originais seleccionadas de obras-primas da banda desenhada europeia dos últimos 100 anos.
Centre Belge de la Bande Dessinée
Bruxelas
Até 6 Março

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Boa noite!


O que eu gosto desta música!
Carlos Paredes faria hoje 85 anos.

O editor de Le Portugal baillonné

No 25.º aniversário da eleição de Mário Soares para PR


Depois de ter estado preso e ter sido expulso de Portugal, Alain Oulman instalou-se em Paris. Neto de Calmann-Lévy, foi ele o editor de Portugal amordaçado, de Mário Soares: «Foi editado em 1972 em francês Le Portugal Baillonné: témoignage pela Calmann-Lévy, graças ao enorme empenho do meu amigo Alain Oulman, então gerente da editora que pertencia a um seu tio.» (Mário Soares, http://www.fmsoares.pt/mario_soares/textos_ms/005/8.pdf)
Foi ainda Alain Oulman quem convenceu Catherine Clément a escrever sobre A Senhora (Gracia Nasci).

Francisco Miralles


Casa em Valência onde nasceu o pintor Francisco Miralles, em 1848, o qual veio a falecer em Barcelona, em 1 de Novembro de 1901.

Phoebe Killdeer



Com He's gone, e acompanhada por uma inovadora secção de percussão...

Recessão


Passada alguma efémera esperança, parece que sempre vamos ter que bater à porta deste prédio, de mão estendida e olhar cabisbaixo. Mas é casa que já conhecemos, num destino que parece ser cíclico.

Auto-retrato(s) - 85

Andy Warhol, Auto-retrato, 1967, 183x183cm.

Este, a leiloar hoje na Christie's de Londres, faz parte de uma série de 11 pintados por Warhol em 1967 a partir da mesma fotografia.
Cinco estão já em museus, e este tem estado na mesma colecção particular desde 1974.

Um quadro por dia - 134

Maud Earl( 1864-1943), A Pointer on a Moor, 1901, óleo sobre tela, col.part.

Uma vez por ano, em Nova Iorque, a Bonham's faz o leilão dos cães. Hoje é esse dia, e serão leiloados centenas de quadros em que os nossos melhores amigos são as figuras principais. A escolha foi difícil, mas gostei muito deste lote 152, pintado por Maud Earl, uma inglesa talentosa que se especializou na pintura dos caninos chegando a pintar os cães da Rainha Vitória e do filho desta, Eduardo VII.

Leituras no Metro - 42


«La confession me faisait horreur. L'absolution me laissait inquiète. Pardonnée? Qu'en savaient-ils?»
Françoise Giroud
In: Ce que je crois. Paris: Grasset, 1978, p. 27

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Karl Richter


A 15 de Fevereiro de 1981 falecia Karl Richter aos 54 anos. Com o desaparecimento do grande maestro, terminava uma era única do pós-guerra em que a cidade de Munique detinha o estatuto inquestionável de capital mundial da obra de Bach.

Dirigente do Coro e da Orquestra Bach de Munique e professor catedrático na Faculdade de Música e Teatro, Richter foi um dos maiores intérpretes da História da música clássica, no que se refere ao espólio musical do compositor de Eisenach. Alguns registos continuam referência universal, entre eles, a gravação da Missa em Si Menor num concerto realizado em Tóquio em 1969.
Grandes nomes do canto lírico alemão acompanharam Richter, tais como Fritz Wunderlich, Hermann Prey, Gundula Janowitz e Elisabeth Grümmer.

Na Gulbenkian...



...toca esta noite outra vez Boris Berezovsky, estes Estudos de execução transcendental de Lizst e também peças de Chopin.

Adão e Eva


Em versão muçulmana. (Recebido por email.)

Uns corações...


Em continuação do post do Luís e no seguimento do dia de ontem.
Lá consegui 'descobrir' que a tal loja é a dos chocolates Arcádia. Já a conheço, mas desconhecia que o local onde se encontra se chamasse Av. de Roma. Estranho...

Em Roma...

Avenida de Roma, 14-D. Das 10 às 20h. Não tenho comissão, mas sou fã...

As Mãos

Hoje ao ver este detalhe da belíssima escultura de Miguel Ângelo, David, lembrei-me deste poema.

Galleria dell'Accademia, Florença


As mãos

Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sequer são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono

Eugénio de Andrade, Antologia breve, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2005, p. 24

Um quadro por dia - 133

Antonello da Messina, A Virgem da Anunciação, 1475, óleo sobre painel, Galleria Regionale della Sicilia, Palermo.

Nos antípodas da Alemanha de Weimar, esta tela de da Messina é quadro do dia por um motivo muito simples- apareceu-me inesperadamente ontem à noite.
Passo a explicar: Sou pouco dado a comprar reproduções de obras de arte, à excepção de alguns postais que compro in loco quando alguma tela me impressiona e desejo conservar a memória desse encontro sem que haja catálogo ou monografia à mão ( ou a preços proibitivos... ). Foi o que aconteceu aquando da visita ao Palazzo Abatellis, em Palermo, ao ver esta tela de que gosto bastante.
Ontem à noite, ao arrumar mais uns quantos postais-reproduções na respectiva caixa, dando de caras com esta Virgem de ar semita decidi que a traria aqui.

Auto-retrato(s) - 84

Otto Dix, À Beleza, 1922, óleo sobre tela, 140x122cm, Von der Heydt Museum, Wuppertal.


Tal como outros prosimetronistas, o que explica a longevidade desta rubrica, gosto de auto-retratos. Mas ainda gosto mais dos que o não são formal ou explicitamente. É o caso desta tela de Dix, em que o pintor nos aparece em primeiro plano, com expressão ameaçadora, segurando um telefone embora o título da tela seja (ironicamente?) À Beleza.
E trata-se de uma tela muito "autobiográfica", já que estão presentes vários dos gostos de Dix como a dança e o jazz, sem esquecer a curiosidade pelos Estados Unidos como se retira do lenço na lapela do baterista negro (que é bandeira dos EUA dobrada ) ou a cabeça de índio na bateria.
E as toilettes das senhoras não enganam- é uma cena de bordel ou não estivessemos na Alemanha de Weimar...

Leituras no Metro - 41


Paris: Grasset, 1978

«Et l'ordre des choses, me dit-on, que faites-vous de l'ordre des choses et de son origine?
«Je ne sais pas ce qu'est l'ordre des choses , à part le rythme des saisons et cette façon qu'a la terre de tourner sur ces gonds.
«Que l'aube renaisse éternellement de la nuit est le plus clair de mes certitudes.
«C'est peu pour croire à l'harmonie des choses, c'est assez pour ne pas nier qu'elle puisse exister, même si elle ne m'apparaît pas. Ou fugitivement, dans la musique et parfois la peinture.
«Là, oui, est le divin.» (p. 21)

Pacotes de açúcar - 4


Pacotes de açúcar de cafés bebidos na Estremadura espanhola (Cubano, inclusive). No verso do pacote de açúcar Candelas, lê-se:

«Sabias que...
«Cada cafeto produce anualmente una cantidad de entre 400 y 2200 gramos de café verde. Éste, una vez tosado, pierde entre el 30 y el 60% de su peso.»

Até nos pacotes de açúcar aprendemos qualquer coisa.

«Je ne suis pas toujours de mon avis.»
Paul Valéry (1871-1945)

O gatinho azul


Andy Warhol - Gato azul

Dodo petit chat noir
dodo petit chat bleu
Le complexe d'Oedipe
le petit chat l'a peau
fait l'a mour à sa mère
et tout est pour mieux.
Quel amour dit sa mère
que ce petit chaton
que ce petit chat blond
que ce petit chat bleu.

Jacques Prévert (1900-1977)
In: Des bêtes. Paris: Gallimard, 1950

Para o Jad, lembrando o JP.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Boa noite!


Paolo Conte vem ao CCB, dia 5 de Maio, 21h00.

Não percam este filme...



... sobre o homem que deu uma volta (mas que volta) ao fado. Foi ele o responsável por Amália cantar Luís de Camões, Alexandre O'Neill, Pedro Homem de Melo ou David Mourão Ferreira. Este documentário realizado pelo filho, Nicholas Oulman, foi o vencedor do DocLisboa.


Lisboa: CML/EGEAC, 2009
Em 2009, o Museu do Fado dedicou-lhe uma exposição que tem um belo catálogo.

As ruas mais caras do mundo

O WealthBulletin.com publicou a lista das ruas mais caras do mundo para se viver. Da última para a primeira é esta a ordem de sucessão:
10ª Wolseley Road (Point Piper), Austrália (28 mil dólares o m2);
9ª Ostozhenka Street, Moscovo (35 mil dólares/m2);
8ª Severn Road (The Peak), Hong Kong (40 mil dólares/m2);
7ª Via Romanzzino (Porto Cervo), Sardenha (42 mil dólares/m2);
6ª Via Suvretta, Saint Moritz (45 mil dólares/m2);
5ª Avenue Montaigne, Paris (54 mil dólares/m2);
4ª Kensington Palace Gardens, Londres (65 mil dólares/m2);
3ª Fifth Avenue, Nova Iorque (72 mil dólares/m2);
2ª Chemin de Saint-Hospice, Cap Ferrat (100 mil dólares/m2), na foto;
1ª Avenue Princesse Grace, Mónaco (120 mil dólares/m2).

Castelo de São Jorge - vinheta

Lisboa volta a conquistar a vinheta da semana. Desta vez a homenagem vai para o Castelo de São Jorge e para a iniciativa "Danças com História". Até final do ano, sempre ao 3º domingo de cada mês, o castelo recebe danças de outros tempos mostrando como a nobreza portuguesa do final da Idade Média e Renascimento se divertia dançando a Mourisca, Pavana ou La Portingaloise. As danças são apresentadas e comentadas por um arauto e acompanhadas pelas momices de um bobo acrobata que convida o público a participar. Excelentes oportunidades para ficarmos a conhecer um pouco mais acerca dos aspectos culturais e sociais daquelas épocas, como a moda e simbologia de alguns adereços, rituais da etiqueta, estética ou postura dos diversos grupos etários sempre em ambiente palaciano.

Programa
Da Carola à Pavana na corte de D. João I
20 FEV; 15 MAI; 21 AGO; 20 NOV
Da Galharda à Gavotte na corte de D. Manuel I
20 MAR; 19 JUN; 18 SET; 18 DEZ
Da Country Dance à La Volta na corte dos Tudor
17 ABR; 17 JUL; 16 OUT

Início dos espectáculos: 11 horas; Duração: 1h30
Marcações: tel.: 218 800 620 / servicoeducativo@castelodesaojorge.pt

Esperanza Spalding



Baixista, cantora e compositora norte-americana, Esperanza Spalding foi uma das vencedoras dos Grammys de ontem à noite.

PENSAMENTO(S) - 157

Pourquoi y a-t-il tant de devenirs de l'homme, mais pas de devenir-homme? C'est d'abord parce que l' homme est majoritaire par excellence, tandis que les devenirs sont minoritaires.

- Gilles Deleuze, in Mille Plateaux, 1980.