sábado, 18 de agosto de 2012

Leituras no Metro - 101



Trindade Coelho escreveu na Av. da Liberdade a Cartilha do Povo: «quanto à Cartilha do Povo, que eu escrevi no passeio mais público de Lisboa (a Avenida da Liberdade), num domingo de tarde, à hora de maior concorrência, essa originara-a o ter-me dito pouco antes a senhora D. Carolina Michaëlis de Vasconcellos (que eu vira pela primeira vez na véspera, num jantar para que tivera a bondade de me convidar, no Hotel Central) que num salão onde tinha estado, aqui em Lisboa, ouvira sustentar a estranha teoria de que o povo devia ser conservado ignorante, porque só ignorante era obediente, e só obediente era feliz!...» 
Trindade Coelho
In: Auto-biographia e cartas / pref. de D. Carolina Micheëlis de Vasconcellos. Rio de Janeiro : A Editora, 1910, p. 33 


Hotel Central, no Cais do Sodré

2 comentários:

  1. E estas ideias prolongaram-se...e estão de novo a fazer caminho...

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  2. É bem verdade.
    Trindade Coelho suicidou-se fez ontem 104 anos por algumas patifarias que lhe fizeram.

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