sábado, 29 de setembro de 2012

Um quadro por dia

Marco D'Oggiono ( 1470-1549 ), A Luta dos Três Arcanjos, Pinacoteca di Brera, Milão.

Uma tela do principal aluno de Leonardo neste dia de S.Miguel, S.Gabriel e S.Rafael.

Humor pela manhã...


Até as nossas manifs são mais simpáticas :)

A nossa vinheta

Edmund Evans - A for the alphabet
Edmund Evans - B for the book that was given to me

Gosto de alfabetos ilustrados, de modo que escolhi este B de book -  porque não encontrei nenhum L de livro - que nos vai acompanhar este fim de semana.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arcádia em Lisboa

Já se tem falado nestas páginas dos famosos chocolates portuenses, e agora a notícia da loja em Lisboa. Como diz o nosso Filipe, Enjoy!

Números


75.000

O número dos utilizadores portugueses do second love, site " exclusivo para comprometidos e casados que querem  ter um caso ou um flirt ". Disponível para os portugueses desde Abril de 2011 e sempre a crescer...
Já há casos de fraude, tentativas de extorsão etc, mas o que é a vida sem algum risco?...

O sino da Islândia

Trad. João Reis.
Lisboa: Cavalo de Ferro, 2012
€19,90

«Pela primeira vez traduzido para português, este livro foi aclamado como uma das obras maiores de Hálldór Laxness. A história de Arnas Arnæus, um bibliotecário islandês que percorre o seu país para encontrar os fragmentos desaparecidos da Edda em verso - os poemas épicos fixados no século XIII, cruza-se com a história de Jón Hreggviðsson, um agricultor pobre e rude, acusado do homicídio do carrasco do rei da Dinamarca, e com a de Snæfríður, a filha do magistrado que viria a condenar Jón.
«Uma impressionante saga e uma homenagem de Laxness à tradição heróica islandesa, usando como cenário conflitos reais ocorridos de 1650 a 1790 entre a potência dinamarquesa e a oprimida colónia islandesa.» (Nota de imprensa da Cavalo de Ferro)

Um quadro por dia


Enrique Simonet Lombardo, Y tenía corazón ( Anatomía del corazón ), 1890, óleo sobre tela, Museu de Belas Artes de Málaga, Espanha.

Neste Dia Mundial do Coração.

Humor pela manhã ...


Se  me perguntarem se eu sabia,
claro que não ignoraria.

Se me perguntarem se falei com a Assunção,
pois então.

Se me perguntarem se o Mota Soares
levantou a questão,
respondo que a conversa não foi em vão.

Se me perguntarem do que falámos,
eu, o Mota e a Assunção,
do tempo, das culturas
e das grandezas da Nação.

Se me perguntarem se houve discussão,
o melhor é ligarem ao Bagão.

Se me perguntarem porquê este discurso,
uma coligação é uma coligação é uma coligação.


- Paulo Portas, Poemas minoritários, Edição de autor, Caxias, Brasília, Caracas, 2012.


( Publicado no Expresso do passado sábado este "poema inédito" do nosso Ministro dos Estrangeiros )

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Depois do cinema

Depois de ver To Rome with Love

Uma das minhas canções da vida

Foi cantada por Andy Williams, que a imortalizou. Voz belíssima que se calou aos 84 anos, há dois dias. Fica aqui a minha homenagem.
"Moon River" foi escrita em 1961 e assinada por Johnny Mercer (letra) e Henry Mancini (música) e música tema do filme "Breakfast at Tiffany's", com Haudrey Hepburn, que a cantou originalmente.

É tempo de tirar as gabardinas do armário

John Atherton - Loaded coat rack, 14 abr. 1945

Paris: Casas de escritores e de artistas

Paris: Parigramme, 2007

Há dias o Luís colocou uma nova edição deste livro, com uma nova capa. Este foi-me trazido por um amigo de Paris, em 2008. Das de Paris, já tinha visitado algumas delas, como a de Victor Hugo (na Place des Vosges) e a de Madame de Sévigné (actual Museu Carnavalet).
Por causa de uma exposição sobre Isadora Duncan, o Luís e eu visitámos a casa-atelier de Antoine Bourdelle.
Mas foi graças a este livro que fui ver o Museu Delacroix (na minha querida praça Fürstemberg), o de Gustave Moreau, a casa de Ary Scheffer (onde se encontra o Musée de la Vie romantique) e o exterior da casa de Boris Vian (esta só se visita mediante marcação).
Falta-me ver a casa de Balzac e a do escultor Ossip Zadkine, bem como o interior da do autor de «Le déserteur».
Fora de Paris não conheço quase nenhuma.

É pena que em Lisboa, e em Portugal, se dê tão pouca importância às casas de escritores e artistas. Veja-se o que se passa com a casa de Manuel Mendes (na alçada do Museu do Chiado) que nunca abriu. A Fundação Mário Soarse dedicou-lhe uma exposição há anos.

Boa noite!


Nella Maissa ao piano.

A Assembleia da República vai hoje homenagear João Domingos Bomtempo com uma concerto ao final da tarde, na Sala do Senado.
O mesmo deveria fazer em relação a Marcos Portugal, já que em 2012 se celebram os 250 anos do seu nascimento.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Boémios em Paris

Charles Amable Lenoir - Rèverie
Col. particular

A Boémia faz parte dos mitos modernos. Através de mais de 200 obras, de Turner a Corot, de Courbet a Manet, de Van Gogh a Matisse, esta exposição traz à luz do dia a profunda transformação ocorrida no estatuto do artista desde meados do século XIX, assim como as contribuições fundamentais dos povos nómadas para a construção da identidade europeia.
A exposição abriu hoje no Grand Palais em Paris, onde pode ser vista até  14 de janeiro de 2013.

Uma pergunta



Neste Dia Europeu das Línguas a pergunta é : qual a língua europeia que gostavam de aprender neste momento das vossas vidas?

Novidades


Uma nova edição, pela Perrin, da monumental obra de Juliette Benzoni sobre os muitos e variados castelos de França. De Amboise a Chambord, de Montségur a Ferney.

Bom dia !



Música servida por um vídeo espectacular.

Leituras no Metro - 105

Trad. Manuel Resende. Lisboa: Relógio d'Água, 2012

A ronda: dez diálogos, de Arthur Schnitzler, inspirou o filme 360º de Fernando Meirelles. Foi só ma inspiração - uma boa inspiração, diga-se.
Como não conhecia o livro resolvi lê-lo. Gostei bastante. Na Viena (presume-se) do final do século XIX, dez personagens interligam-se (sempre dois a dois), em dez cenas, acabando por formar um círculo, a ronda. Personagens dissimuladas, refletindo as atitudes dos homens e das mulheres perante o sexo e a satisfação amorosa. 
Pensei que a peça nunca tinha sido representada em Portugal. Afinal esteve em cena no Trindade em 2009. Gostava de a ter visto.

Dança das horas

Hoje cheguei a casa com vontade de ouvir uma ópera (quase, quase opereta) de Amilcare Ponchielli: La Gioconda, passada em Veneza do século XVII (a obra é de 1876). Só uma vez é que vi, ao vivo e a cores esta peça.
Comentei com voz amiga que estava trabalhando ao som de Ponchielli e lembrei-me que havia uma parte da ópera que quase todos conhecem. É do terceiro acto e dá pelo nome de "dança das horas".
Foi usada como fundo musical na Fantasia (1940) de Walt Disney.
Aqui fica, para recordarem...

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Boa noite!

Eugène Scribe (1791-1861) - Aria do sargento suisso Max na opera "Le Chalet" / musique de M. Adolphe Adam. Porto : Typ. Gandra, 1844 

Esta opereta foi, pela primeira vez, apresentada em Paris, em 25 de setembro de 1834.

"Entre a Vida e os Livros" - Agualusa

Mike Stilkey

ENTRE A VIDA E OS LIVROS
Em criança, ainda antes de aprender a ler, passava horas na biblioteca da nossa casa, sentado no chão, a folhear grossas enciclopédias ilustradas, enquanto o meu pai compunha versos árduos, que depois sensatamente, destruía. Mais tarde, já na escola, refugiava-me nas bibliotecas para fugir às brincadeiras, sempre brutais, com que os rapazes da minha idade se entretinham. Fui um menino tímido, franzino,alvo fácil  da chacota dos outros. Cresci - cresci  até um pouco mais do que é comum -, ganhei corpo, mas continuei retraído, avesso a aventuras. trabalhei alguns anos como bibliotecário e creio que fui feliz nessa época. Tenho sido feliz depois disso, inclusive agora, neste pequeno corpo a que fui condenado, enquanto acompanho, num ou outro romance medíocre, a felicidade alheia. Na grande literatura são raros os amores felizes.

José Eduardo Agualusa, O Vendedor de Passados. Lisboa: D. Quixote, 2004, p.109.

Um quadro por dia


Carnation, Lily, Lily, Rose : inspirou-se John Singer Sargent numa cena que viu na aldeia de Pangbourne, quando estava de férias em Inglaterra.

Lá fora : Neuber em Paris





Algumas das maravilhosas criações de Neuber estão expostas na Galerie Kugel em Paris, numa mostra patente até 10 de Novembro de 2012.

A amiga Gina


Gina Rinehart, a australiana mais rica que é também a mulher mais rica do mundo, e muito impopular desde logo no seu próprio país pelos conselhos recentemente dados num jornal económico : " se têm inveja dos ricos, não fiquem pelas lamúrias, passem menos tempo a beber e a fumar, saiam menos à noite ".
Como não conhecia esta senhora, fui averiguar a origem da sua enorme riqueza : uma riqueza herdada do seu pai, dono de um maiores grupos mineiros do mundo... Assim é mais fácil dar conselhos...

Frutas - 90

Jean-Jacques Bachelier - Natureza morta com livro, pão e uvas
Óleo sobre tela, 1755
Col. particular

Esta pintura pertenceu à Madame de Pompadour.

Pensamento(s)

Vieux burg dans l'orage, desenho de Victor Hugo, 25 de Agosto de 1837.


L'homme qui ne médite pas vit dans l'aveuglement, l'homme qui médite vit dans l'obscurité. Nous n'avons que le choix du noir.

- Victor Hugo

Humor pela manhã...


Especialmente dedicado o post a todos os meus concidadãos que constantemente pedem outro Salazar...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Thomas Tallis (1505 . 1585)

De Thomas Tallis segue o cânone Miserere nostri, na interpretação do conjunto vocal britânico Stile Antico.
Boa noite!

Boa noite!


SETEMBRO

O jardim está de luto.
A chuva fria penetra nas flores.
O verão estremece calmamente
Aproximando-se do seu fim.

As folhas douradas caem uma a uma
Do alto pé de acácia.
O verão sorri, surpreendido e cansado,
No sonho moribundo do jardim.

Detém-se ainda longamente junto às rosas,
Procurando o repouso.
Lentamente vai cerrando
Os seus (grandes) olhos fatigados.

Hermann Hesse
(In: 25 anos da inauguração da sede e museu da Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: FCG, 1995)

Uma peça artística (perecível*)

Ontem ao jantar, o Emissário foi fazendo este prato artístico enquanto comia. No final, comentou: «-Muito mais artístico do que aquele quadro do Gabriel Abrantes que vimos na exposição Amália: coração Independente.»
Quem não se lembrar desse quadro, pode recordá-lo: http://prosimetron.blogspot.pt/2009/10/gabriel-abrantes-amalia.html

O jantar terminou com umas fatias de tarte de maçã, outra-bandista, trazidas pelo Emissário. Muito boa.

Obrigada, HMJ.

* E como é perecível já está no caixote do lixo.

Pensamento(s)


C'est l'érotisme des autres que nous détestons. Chacun a le sien, qu'il a ou non dominé. 

- François Mauriac, em carta a Jean Paulhan.

Morte de D. Pedro IV

Gravura de J. A. F. Gradil, 1837
S.M.I. o Senhor D. Pedro, Duque de Bragança, em 24 de Setembro de 1834
Desenho de José Joaquim Rodrigues Primavera (1793-18--); gravura de Sendim, 1834

Humor pela manhã...


Outra versão, menos romântica...

Marcadores de livros - 69

Os dois lados do último marcador que entrou para a minha coleção.

Obrigada, Jad!

Lá fora : Interiores do séc.XIX


As 80 aguarelas da colecção Eugene Thaw, oferecidas pelo famoso coleccionador ao Museu Cooper-Hewitt de Nova Iorque, estão expostas, até 13 de Janeiro de 2013, no Musée de la Vie romantique de Paris. Graças a elas temos acesso aos salões, salas de fumo e boudoirs da aristocracia e da burguesia do séc.XIX.

Intérieurs romantiques Aquarelles 1820-1890.

Bom dia !



Rain, Rain, Rain - uma composição da jazzista japonesa Chihiro Yamanaka presente no novo álbum ( Reminiscence ).

Parece que é o que vamos ter nos próximos dias. E trovoada também. Mas trovoada gosto.

domingo, 23 de setembro de 2012

Tiffany & Co.: uma história de sucesso


A história do joalheiro nova-iorquino mais famoso começou há 175 anos, quando Charles Lewis Tiffany e John B. Young abriram a primeira loja num edifício da Broadway, a 18 de Setembro de 1837. O "volume de negócios" nesse dia perfez 4,98 dólares.
Desde então, inúmeros foram os momentos altos de um percurso de quase dois séculos que consolidaram o estatuto da Tiffany & Co. como expoente máximo de elegância e sofisticação. Em 1878, Charles Lewis apresentou ao público o célebre Tiffany Diamond (na imagem) que descobrira um ano antes em África do Sul: um diamante fantasia amarelo-canário de 287 quilates em bruto, cortado para 128,54 quilates, com 90 facetas. A aquisição das jóias reais francesas em 1887, muito cobiçadas pela alta sociedade americana de então, alicerçou a importância desta casa como um dos joalheiros mais nobres e importantes do mundo.  
A loja principal mudou-se para a actual residência no cruzamento da 57th Street com a 5a Avenida em 1940. Desnecessário referir que este must absoluto turístico tornou-se ainda mais conhecido graças a Audrey Hepburn na película de Blake Edwards de 1961. Hoje em dia, cerca de 8% do volume de vendas global recaem neste local.

Uma nova etapa decisiva iniciou-se em 1956. Tiffany & Co. contratou o lendário Jean Schlumberger, cujas criações faustosas, inspiradas em motivos da natureza, despertaram o interesse de Jackie Kennedy, Elizabeth Taylor, Sophia Loren ou Jane Fonda.
Cotada em bolsa de 1987, a Tiffany & Co. encontra-se hoje em dia presente em 50 países através de mais de 250 lojas. Durante os seus 175 anos de vida, acompanhou tendências de moda, sem nunca perder o seu cunho próprio. Acompanhou muitos romances da História, e continua a apostar no seu contributo para a felicidade conjugal, através de uma linha especial e requintadíssima para noivos.

Pois Tiffany & Co. explica-nos what makes love true ....

Em 2013


Ainda bem que a M.R. falou em Woody Allen, porque assim dou já a notícia antes que me esqueça: o próximo filme de Allen será rodado no Rio de Janeiro já no próximo ano.