sábado, 10 de outubro de 2020

Cozinha italiana

 

«- Tu sentas-te aqui, à esquerda – disse Padovani. Pousou a taça e começou imediatamente a deitar a massa para o prato de Brunetti. 
«Brunetti olhou para baixo, esperou que Padovani se servisse, e começou a comer. Tomate, cebola, cubos de toucinho fumado, e talvez um toque de malagueta, tudo despejado por cima do macarronete, a sua massa seca preferida. 
«- Está bom – disse com sinceridade. – Gosto da malagueta.» 
Depois do prato de massa, Padovani levantou os pratos, foi à cozinha e «Trouxe um pequeno assado de peito de peru picado cingido por tiras de toucinho fumado e com batatas em volta, e […] uma travessa de pimentos assados embebidos em azeite e uma taça enorme de salada mista.» 
Donna Leon - Vestido para a morte. Lisboa: Presença, 2000, p. 114

Da vinheta


 Dia 30 de Setembro o nosso JP enviou-me esta imagem para ser a sua primeira vinheta do corrente mês. Acordámos que seria postada a 2 ou 3 de Outubro dada a relevância da última vinheta de Setembro.

Eu estava fora de Lisboa, o que é só meia desculpa, e a verdade é que me esqueci completamente de a postar. Até hoje, quando fiz a triagem das várias dezenas de emails recentes .

As minhas desculpas, desde logo ao JP,  e prometo que vou tomar memoral  :) . A vinheta mantém-se, porque não foram suficientes estes dias para esquecer o muito que o universo criativo em causa deu a sucessivas gerações.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Os meus franceses - 800


Estes «meus franceses»: um veio de Espanha, o outro de Itália, ambos de famílias exiladas.  


Marcadores de livros - 1735

Verso e reverso.
Nota de mil escudos com D. Dinis.
 

O ano da morte de Ricardo Reis

Uma belíssima adaptação (ou inspiração?) que João Botelho fez do livro de José Saramago. Vejam! Eu vou reler o livro, que é o meu preferido de Saramago.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Os bonecos de Tom em Setúbal

 


A exposição está aberta até 28 de novembro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O quarto de Maximilien Luce

Maximilien Luce - O quarto do artista, Rue Lavin, 1878

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Boa noite!

Letra de Ary dos Santos e música de Alain Oulman.

 

Livro de contactos em restaurantes: Devemos temer pela nossa privacidade?

Acabei de ler em L'Obs online o seguinte:

« "Attendez ! ", nous intime-t-on avec fermeté, alors que nous nous entrons dans une osteria à deux pas du lac de Côme. " D’abord, je prends votre température, ensuite vous remplissez le carnet de contacts ", poursuit le serveur, autoritaire. En Italie, depuis le déconfinement, restaurants et bars sont soumis à un strict processus de contrôle des clients, afin d’endiguer l’épidémie de Covid-19. Dans les grands " cahiers de contacts " (ou " carnets de rappel " selon la terminologie gouvernementale), les visiteurs indiquent leur horaire d’arrivée, leur nom, numéro de téléphone, et éventuellement adresse e-mail. Un procédé qui, après plusieurs mois d’usage à l’étranger (Italie donc, mais aussi Allemagne, Portugal, Suisse, Belgique, Angleterre, Autriche, Nouvelle-Zélande, etc.), va s’appliquer aux restaurants, du moins franciliens, dès ce mardi 6 octobre, selon le nouveau protocole sanitaire.»
Não é por nada, mas tenho ido a alguns restaurantes e nunca me tiraram a febre nem tive que dar dados nenhuns. 

Centenário de Amália - 9

Amália faleceu há 21 anos.
Estou a ler o livro de Miguel Carvalho e espero ainda ler a entrevista de Manuel da Fonseca este ano.

Parabéns, Cláudia!


Uma livraria instalada num antigo teatro, em Buenos Aires:

 
 
O edifício, projetado pelos arquitetos Peró e Torres Armengol,  foi construído para o empresário teatral Max Glücksmann e abriu como Teatro Gran Splendid em maio de 1919. Em 2000 foi vendido ao Grupo Ilhsa. Em 2019 El Ateneo Grand Splendid  foi considerada a livraria mais bela do mundo pela National Geographic.

Um dia feliz!

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Os meus franceses - 786

«La Chanson des loisirs», letra e música de Jean Villar, conhecido como Gilles (1936). aqui cantada por Bernadette Delchambre e Jean-Philippe Winter.

O Comissário Montalbano está de volta à RTP2

Luca Zingaretti é o intérprete de Montalbano

O comissário Montalbano está de volta à RTP2 aos sábados e domingos, na 4.ª temporada. O comissário vive e exerce a sua ação em Vigàta  (Sicília), cidade imaginada por Andrea Camilleri a partir da sua terra natal, Porto Empedocle, o que só soube há pouco tempo. 
Montalbano é um comissário humano, que vive numa casa junto ao mar (onde vai dar umas braçadas) e gosta de boa comida (italiana, claro!), feita pela sua funcionária Adelina e do restaurante de Enzo.

Camilleri junto à estátua de Montalbano, em Porto Empedocle. Este comissário não se parece nada com Luca Zingaretti-

Leituras no Metro - 1066

 

Paris: Denoël, 1997

Há muitos anos que queria ler uma biografia de Léo Lagrange. Escolhi esta de Pierre Mauroy, antigo primeiro-ministro e maire de Lille, que conheceu Léo Lagrange em miúdo e criou a Federação Léo Lagrange em 1951.
Lagrange alistou-se aos 17 anos para combater na Grande Guerra (1918) e morreu na frente de batalha em 1940. 
Advogado, defendeu, quando ninguém o queria fazer, muitos antigos combatentes estropiados para que o Estado lhes atribuísse as pensões devidas.
Em 1936 foi nomeado subsecretário de Estado com a pasta dos Desportos e Ocupação dos Tempos Livres no governo da Frente Popular, liderado por Léon Blum. Foi a primeira vez que uma tal pasta foi criada. Foi este governo que criou o regime de férias pagas (14 dias). Para que os trabalhadores pudessem usufruir com dignidade desse tempo livre, Léo Lagrange incrementou o desenvolvimento de atividades desportivas, turísticas e culturais. Criou um bilhete de comboio em que os trabalhadores e suas famílias pagavam apenas 40% da tarifa normal e impulsionou o desenvolvimento de parques de campismo e de pousadas de juventude. 
Os primeiros bibliobus foram fruto da política de Léo Lagrange, assim como teatro e cinema na província, a preços módicos.
O governo da Frente Popular foi o primeiro governo a ter uma política para a Cultura e o primeiro a legislar a semana das 40 horas de trabalho.
Grande amigo de Clara e André Malraux, Léo Lagrange concebeu o «museu imaginário» que viria a ser transformado em livro por Malraux. Madeleine Lagrange afirmou que se Malraux não tivesse ido combater na Guerra de Espanha eles teriam posto o museu de pé.
Do seu amigo, disse Malraux: «Il est mort dans le courage, dans la recherche de la vérité et dans la dignité. C'était un homme que nous aimions», conteúdo semelhante ao da carta que De Gaulle enviou a Madeleine Lagrange.  De Gaulle e Lagrange tinham posições próximas em relação à guerra.

Partida de um comboio com trabalhadores e famílias para férias na praia no Verão de 1936. A maioria ia ver o mar pela primeira vez.
No Natal do mesmo ano muitos trabalhadores e jovens foram às montanhas pela primeira vez e fizeram ski.


Talvez venha a ler as memórias de Madeleine Lagrange, juíza e advogada, mulher de Léo Lagrange, que o apoiou muito na sua atividade política. Se o fizer, darei notícias. 📚

domingo, 4 de outubro de 2020

Os meus franceses - 785

«Au devant de la vie», um hino sobre as primeiras férias pagas (França, 1936).
 

Let your heart dance with me

Última canção dos Roxette, gravada antes da morte de Marie Fredriksson.

Bom domingo!

Marcadores de livros - 1734

Verso e reverso (exterior e interior) de um marcador magnético. Com um agradecimento à Sandra.

Gabrielle Chanel, manifeste de mode


O Palais Galliera (Paris), onde está instalado o Museu da Moda, teve obras de ampliação. Reabre agora com uma retrospetiva dedicada a Gabrielle Chanel. A exposição apresenta mais de 350 peças de uma costureira que revolucionou a moda.
A mostra pode ser visitada até 4 de março de 2021.