sábado, 25 de dezembro de 2021

Leituras no Metro - 1093

Soube há pouco que Joan Didion morreu. Este post estava previsto para daqui a uns dias, depois de eu acabar de ler o livro.

Lisboa: Cultura, 2017

A entrevista que li de Joan Didion para a Paris Review, na recolha que a Tinta da China fez, reavivou-me o interesse de ler este livro, de que estou a gostar.
«É assim que Joan Didion inicia a sua viagem pela memória do ano mais transformador da sua vida, começando na noite em que o marido, o escritor John Dunne, com quem foi casada mais de 30 anos, morre de ataque cardíaco, e a sua única filha está em coma no hospital. Com uma escrita tão assertiva como limpa, tão honesta como desarmante, Didion investiga os vivos que sobrevivem aos mortos, revelando, através da sua experiência pessoal, aquilo que é universal a todos: a dor da perda, a necessidade da superação quando tudo parece inútil. 
«Num registo por vezes jornalístico, recorrendo a estudos, especialistas ou a poemas e obras de arte, outras vezes confessional e literário, mas escapando da autopiedade, Didion deixa [...] a sua consciência viajar pelas memórias do casamento, pela experiência da maternidade e da escrita, recordações que emergem a cada momento, quando trata do funeral do marido ou visita a filha inconsciente no hospital.» (Da contracapa do livro.)

Hoje na lareira

 Quando venho para tomar o pequeno almoço encontro um fogo crepitando com um embrulho ao lado...

dizia para o J...




Hum... a amiga-natal passou por aqui!

E dentro estava um lindo livro, com muitas histórias e já li a primeira...

Um livro com dois marcadores...
Quem me quiser ver contente, ofereça-me um livro. OBRIGADO


O que deixou o Pai Natal na árvore para os nossos visitantes?

Para a Bea, uns chocolates de Viseu:

Para a Cláudia, também uns chocolatinhos:

Para a Goretti, três marcadores (versos e reversos) da Mafalda:


Para a Isabel, um presépio de Estremoz:


Para o Javíer, do último CD do Camané:


Para a Justa, uma coleção de dezasseis marcadores, com desenhos de Itarô Yamaguchi, numa caixa:
Para a Margarida, este livro que espero que não tenha:

Lisboa: Inquérito, 1940

Para a Maria, uns marcadores de livros em armónio:

Para a Maria Franco, canções francesas dos anos 60:


Para a Maria Luísa, uns marcadores para plantares (ou semeares) na aldeia:

Para a Miss Tolstoi, umas bolachas:



Para o Mister Vertigo, depois das Cartas, talvez estas entrevistas:

Paris: Gallimard, 2018

Para a Paula, uma caixa musical com bolachas Grandma Wild's:

Para o Pini, um guia para vir até Lisboa:

Lonely Planet, 2019

Bom dia de Natal para todos!

O que deixou o Pai Natal na árvore para HMJ e APS?

Para a mesa de Natal, um tinto Vesúvio 2012:


Bom Natal!

O que deixou o Pai Natal na árvore para os prosimetronistas?

Apesar de haver prosimetronistas hibernados há muito, o Pai Natal deixou algo para cada um de vós.

Para o Luís, uma «merenda real» num dos cafés históricos ou na cafetaria da Residenze Reale, em Turim:

Para a Ana, um lenço de lã, da casa Petrusse, inspirado nos lenços e cachecóis de Nureyev:


Para o Filipe, golden hits de canções italianas:



Para o Jad, mais um livro sobre iluminados:
Quetigny: Faton, 2006

Para o JP, este catálogo está reservado:

Paris: Lienart, 2022

Para o João Soares e o Mário, um tronco de Natal (um para cada um):


Boas Festas para todos!

A adoração dos pastores

Várias composições natalícias do final do século XVII e início do século XVIII intitulam-se por “Pastorale”. A origem da Pastorale instrumental remonta aos chamados Pifferari, pastores da Calábria e Campânia que, durante o Advento, se dirigiam à Cidade Eterna para, diante de imagens de Nossa Senhora e do Menino Jesus, tocarem nos seus instrumentos tradicionais, como o pífaro ou a flauta – naturalmente em alusão aos pastores de Belém que, chamados por anjos, adoraram o Menino. O estilo musical destes Pifferari manteve-se praticamente inalterado durante séculos. Obras como a Pastorale per la notte di Natale de J. D. Heinichen que, por volta de 1720, detinha o cargo de Hofkapellmeister em Dresden, ou a célebre Sinfonia a iniciar a segunda cantata da Oratória de Natal de 1734 de J. S. Bach, dão continuidade à abordagem dos protagonistas paisanos, naturalmente em versão erudita.


Ainda durante as últimas décadas do século XVII, surgiram os Concerti Grossi que se destinavam especificamente à quadra festiva. Subtítulos como “fatto per la notte di Natale” indiciam esta finalidade. Mestres formados em Bologna contribuíram significativamente para a divulgação deste género musical, entre eles, G. Torelli, compositor oriundo de Verona, que se mudou para Bologna por volta de 1680, onde concluiu grande parte da sua obra, como os doze Concerti Grossi, opus 8. O sexto concerto deste conjunto dedica-se à noite de Consoada: "Concerto a quattro, in forma di Pastorale per il Santissimo Natale”.
Dos inúmeros compositores da época italianos, destaca-se o conhecido Tomaso Giovanni Albinoni (1671-1751), cujos concertos para oboé continuam ainda hoje a integrar a programação de concertos de Natal de música clássica. Como sugestão, segue o belíssimo terceiro andamento do Concerto no. 2 em ré menor para oboé (infelizmente, sem identificação possível dos intérpretes).

A todos, um Bom Natal!


Imagens: Adoração dos pastores, de Bartolomé Esteban Murillo; retrato dos Pifferari, autor desconhecido

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Feliz Natal!

Pintura de Guilherme Parente.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Feliz Natal!

Deixo aqui para todos
os votos
de 
um 
Feliz Natal!


 Coimbra, Santa Cruz

Um presépio que recebi e já não me recordava...


Marcadores de livros - 2068

Verso e reverso do marcador que acompanha as compras da loja da Gulbenkian.

Marcadores de livros - 2067



Para a Paula, que gosta de histórias de Natal.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

No correio ...


 ... estes belos marcadores . Obrigado à M.R., sempre atenta , gentil , e tudo o mais que sabemos ; e Boas Festas extensivas a todos que por aqui passam. 

O Sol marca a sombra


Exposição inspirada no Grande herbário de sombras de Lourdes Castro. Bem gostava de a ver.


Caixa do correio - 182

O que se vê para lá para lá do arco e da varanda por cima daquele e da segunda janela a contar da esquerda?

E mais um bonito cartão de Natal:


Boas Festas! 

Obrigada, Sandra e Cláudia!

Pacotes de açúcar - 229

Reverso e verso.

Agradeço a quem mos ofereceu.
 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Solstício de Inverno

 


Castelo de Muiden, Países Baixos, Jan Abrahamsz Beerstraten (1622 - 1666)

Chegou o Inverno

Imagem da Google.

Na verdade, o Inverno chegou há dois ou três dias.

Leituras no Metro - 1092

Lisboa: O Mundo das Gavetas, 2006

Há anos que queria ler este livro. Foi agora.
No dia 1 de junho de 1943 um avião civil da KLM  saiu da Portela para 
e foi abatido por uma esquadrilha alemã, quando sobrevoava o Golfo da Biscaia. A bordo iam treze passageiros, entre os quais o ator Leslie Howard, que tinha vindo fazer palestras a Lisboa e Madrid.  José António Barreiros, que se tem dedicado a estudar as redes estrangeiras de espionagem em Portugal durante a II Guerra Mundial, segue os passos do ator na Península Ibérica, tentando saber se o ataque ao avião foi acidental ou se ele era visado.
Teriam os alemães confundido Alfred Chenhalls, o companheiro de viagem de Leslie Howard, com Winston Churchill? Seria o alvo Wilfred Israel, o animador do Socorro Judaico, agente determinante no repatriamento de judeus? Ou visaram o diretor-geral da Shell Oil em Portugal, Tyrell Shervington, personagem relevante da rede clandestina de sabotagem do SOE (Special Operation Executive)? 
Seriam só meias de vidro que Leslie Howard comprou na Loja das Meias? A verdade é que ele transportou essa caixa para Madrid e por duas vezes chegou atrasado por não ter essa caixa: a primeira quando regressou de Madrid a Lisboa e a caixa tinha sido apreendida na fronteira quando ele entrou em Espanha. Na volta saiu do comboio para levantar a caixa e voltou de táxi para o Estoril. No dia da partida para Inglaterra o avião partiu com 35 minutos de atraso também porque ele se esqueceu da caixa.
O livro é acompanhado por umas páginas de banda desenhada, com texto de JAB e desenhos de Carlos Barradas.

Marcadores de livros - 2066


Verso e reverso de um marcador-postal. Com um agradecimento à Maria Luísa. Também acho que um livro é um dos melhores presentes. 

Festas Felizes!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Beethoven na British Library

Encontra-se na British Library uma exposição sobre Beethoven, que mostra muitas partituras originais e outros objetos. A exposição pode ser vista até 24 de abril de 2022.
Beethoven deu este diapasão ao violinista George Bridgetower, após a primeira audição da sonata a Kreutzer.


Bom Natal!


A exposição de Hergé pode ser vista na Gulbenkian até 10 de janeiro.


Em geminação com Ponto Aqui! Ponto Acolá!