sábado, 9 de janeiro de 2010

Duas exposições



Il était une fois Playmobil
até 9 Maio 2010


Madeleine Vionnet, puriste de la mode
até 31 Jan. 2010

No Musée des Arts Décoratifs
Paris
http://www.lesartsdecoratifs.fr/

João Cabral de Melo Neto recordado

Uma Faca só lâmina
ou
Serventia de idéias fixas

para Vinícius de Moraes

Assim como uma bala
enterrada no corpo,
fazendo mais espesso
um dos lados do morto;

assim como uma bala
do chumbo mais pesado,
no músculo de um homem
pesando-o mais de um lado

qual bala que tivesse
um vivo mecanismo,
bala que possuísse
um coração ativo

igual ao de um relógio
sumerso em algum corpo,
ao de um relógio vivo
e também revoltoso,

relógio que tivesse
o gume de uma faca
e toda a impiedade
de lâmina azulada;

assim como uma faca
que sem bolso ou bainha
se transformasse em parte
de vossa anatomia;

qual uma faca íntima
ou faca de uso interno,
habitando num corpo
como o próprio esqueleto

de um homem que o tivesse,
e sempre, doloroso,
de homem que se ferisse
contra seus próprios ossos.

João Cabral de Melo Neto
( Recife, 9.1.1920 -Rio de Janeiro, 9.10.1999)

Um dos maiores poetas de língua portugesa do séc. XX, autor de uma vasta obra, de que se recorda "Morte e Vida Severina", membro da Academia Pernambuca de Letras, onde nem na posse esteve presente,Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero - Americana, Prémio Camões.

A nossa vinheta!

A comemoração dos 200 anos do nascimento de Fréderic Chopin levou-me a escolher este desenho de Teofil Kwiatkowski que encontrei quando procurei dados sobre o músico.
x
Teofil Jaksa Antoni Kwiatkowski, Chopin no leito da morte 1849
x
Lápis sobre papel, col.particular
x
O Ano 2010 é o Ano Chopin como Luís já anunciou.
x
Teofil Jaksa Antoni Kwiatkowski (1809 –1891) é um pintor polaco. Participou no November 1830 Uprising, rebelião contra o Império Russo. Após a sua supressão emigrou para França.

A.S.: Escolhas Pessoais XIII

Sophia Andresen



O tom da sua obra é quase sempre imperativo e o pensamento geométrico, clássico na influência. As dúvidas, se as encontramos, são, sobretudo, quando o discurso é um discurso amoroso, de veemência apaixonada, mas sem sentimentalismos excessivos. Puro e duro. Não há meias medidas na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), poucas disjuntivas nos seus versos, poucas alternativas hesitantes.

“A Conquista de Cacela

As praças fortes foram conquistadas
Por seu poder e foram sitiadas
As cidades do mar pela riqueza
Porém Cacela
Foi desejada só pela beleza”


A exigência ética e um certo dramatismo atravessam muitos dos seus poemas, em que, nalguns casos, espreita uma ironia seca e cortante, certeira e desapiedada:

“As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas…”


Um dos poemas, que mais aprecio de Sophia Andresen, tem como base uma “falsa” história. Intitula-se “Meditação do Duque de Gandia sobre a Morte de Isabel de Portugal” e a frase (“Nunca mais servirei senhor que possa morrer”) corre atribuída a Francisco de Borja e Aragão (1510-1572), Duque de Gandia, que depois de enviuvar, professou e veio a ser Superior Geral dos Jesuítas. A célebre frase estava, na verdade, integrada na oração fúnebre, feita por S. João de Ávila, no funeral de Isabel de Portugal (1503-1539), esposa de Carlos V, e mãe do futuro rei de Portugal, Filipe I (II de Espanha). Não é, portanto, do Duque de Gandia. A ficção, no entanto, é, por vezes, bem mais interessante do que a prosaica realidade.


Ticiano - Isabel de Portugal
Óleo sobre tela
Madrid, Museu do Prado


Transcreve-se, então, o belo poema de Sophia Andresen:

“Nunca mais
A tua face será pura limpa e viva
Nem o teu andar como onda fugitiva
Se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
Do teu ser. Em breve a podridão
Beberá os teus olhos e os teus ossos
Tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
Sempre.
Porque eu amei como se fossem eternos
A glória a luz e o brilho do teu ser,
Amei-te em verdade e transparência
E nem sequer me resta a tua ausência,
És um rosto de nojo e negação
E eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.”


Post de Alberto Soares

«Os Jogadores de Cartas», de Cézanne

s
Paul Cézanne - Os Jogadores de Cartas
Óleo sobre tela, 1890-1892
Paris, Musée d'Orsay


Quem ama o que apenas vê talvez já saiba
muito da natureza das coisas.
Sobretudo se ao vê-las nunca esquecer
o seu mais íntimo recorte, o minucioso
da sua textura, o pulsar milimétrico
da sua eventual grandeza.

Quem ama o que apenas vê também por certo
há-de amar os gestos de quem, em refluir
de cor e gentileza, nos enlaça à esperança
e à vida, à fixação daqueles mais nítidos instantes
em que é preciso dizer algo, atentar
nos traços (e nos relevos) da paisagem
ou descobrir o que há de mais feérico
na humanidade parca em suas vestes,
num cenário já raso feito de escombros
e de pobres caprichos - ou só da decisão,
tão grave e meditada, sobre qual a carta
que importa a seguir lançar...

(Bem defronte um do outro
- e na aparência calmos, absortos -
os jogadores preparam a cartada,
na certeza de que ela será
apenas um outro e vulgar passo
da aragem que haverá no lance
seguinte: naquela mesa talvez
rouquejante, naquela garrafa talvez
despejada, naquele tom heráldico,
vagamente altivo, de quem, sereno,
aguarda as horas e o desfilar
das suas cores, das suas
incontáveis fardas...)

João Rui de Sousa
In: Foro das Letras. Coimbra, Jul. 2009, p. 10

Júlio Pomar - Gatos!

Júlio Pomar, O Gato das Botas
x

Júlio Pomar, Gato e o Sapato Verde
x

Macau nos séculos XVIII e XIX - 2


Peter Bernhard Wilhelm Heine (1827-1885) - Jesuit convent, Macao [Ruínas de S. Paulo]
Litografia, ca 1860http://purl.pt/13064

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

«Le Tango des Rashevski»


Hoje fui ver esta comédia de Sam Garbarsky (2003). Muito divertida. O que acontece na sequência do falecimento de Rosa, a avó da família Rashevski.
A legendagem do filme é lamentável.

Ainda os Reis Magos...

É bem sabido que os reis não gostam que lhes disputem a glória. Aqui fica a prova...

Com um agradecimento à Tecla Portela Carreiro.

Eles estão aí...

Há muito que não via tantos casacos de peles em Lisboa. Acabei de passar pelo eixo Praça de Londres-Guerra Junqueiro e fiquei impressionado. Até parecia que estava em Madrid ou Paris. Acho que até vou tirar do roupeiro o fabuloso gorro de raposa que comprei em Moscovo há uns anos, já que hoje ainda tenho o aniversário do meu querido amigo C.Reis e vai ser pela noite dentro...

PENSAMENTO DO DIA

Os que vivem intensamente não têm medo de morrer.
- Anaïs Nin

Não sei se têm ou não medo de morrer, mas admito que talvez tenham menos.

Lá fora - 62 : Os marajás no Victoria&Albert





Quem puder passar por Londres nos próximos dias não deverá perder esta revisitação do esplendor das cortes indianas, cujos soberanos, os marajás, dominaram o subcontinente durante séculos até 1947, data da independência da Índia. São 250 objectos preciosos provenientes de colecções indianas mas também do Ocidente, desde esplendorosas jóias como o famoso colar de Patiala, que vemos supra e que continua a ser a mais valiosa produção da Casa Cartier até hoje, até retratos, tapeçarias e mobiliário régio.
- Maharaja: the Splendour of India's Royal Courts, Victoria&Albert Museum, Londres, até 17 de Janeiro.
Mais info aqui: http://www.van.ac.uk

Gérald de Palmas

Não me lembro se a nossa M.R. já trouxe a estas páginas o Gérald de Palmas, mas de qualquer modo este Mon coeur ne bat plus é do novo álbum Sortir. Gosto deste tom melancólico.

Verismo

Neste seu mais recente cd,Verismo, a soprano norte-americana Renée Fleming canta árias de Puccini, Mascagni, Catalani, Leoncavallo e Giordano, os grandes autores da dita corrente operática do final do séc.XIX. É uma edição da Decca.

Um dia histórico

Com a aprovação na Assembleia da República da proposta do Governo, iniciou-se hoje o processo legislativo conducente a permitir o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. E não houve guerra civil, nem gigantescas manifestações de rua nem excomunhões. Ao contrário do que diziam os que rezam a ladaínha do costume- "O nosso povo não está preparado"...
Ao menos que sirva o novo casamento para evitar casos vergonhosos como o ocorrido no Cemitério de Cascais com a família Horta Tavares de Bastos , conforme ontem relatava a Fernanda Câncio no Diário de Notícias. 31 anos de vida em comum, e a respeitável família manda retirar uma singela lápide ( que apenas dizia "À memória de António Horta Tavares de Bastos") que o "viúvo de facto" tinha mandado colocar com a respectiva licença passada pela Câmara de Cascais. Tristes foram também os ziguezagues interpretativos dos Serviços Jurídicos da dita autarquia. Espero que António Capucho, que é um homem sensato, faça impor os direitos de quem viveu três décadas em união de facto com o falecido.

Novidades - 101 : A terceira crónica...

Acaba de ser publicado o terceiro volume das "crónicas " corrosivas dedicadas ao reinado de Nicolas I por Patrick Rambaud. Não tenho dúvidas que Rambaud deve ser um dos grandes ódios de Sarkozy, deste e da outra figura pública que inspirou a personagem que dá pelo nome de Comtesse Bruni...
Ainda se queixa às vezes o nosso José Sócrates...
Como "bónus", aqui fica um vídeo que tirei do YouTube sobre as dez melhores gaffes do Presidente-Rei...


- Troisième chronique du règne de Nicolas Ier, Patrick Rambaud, Grasset, 180p, €12.

Inverno 2009/2010

E por falar em frio e Reino Unido, a noite passada foi a mais fria deste Inverno na Escócia com os termómetros a registarem -22,3ºC. Por cá, o mau tempo, sobretudo as chuvas de Dezembro custaram ao Estado português mais de 80 milhões de euros. Veremos como e quando surgirão os apoios à recuperação das zonas mais afectadas.

O primeiro par do ano...


Cumprindo outra tradição prosimetrónica, aqui fica a mais controversa criação recente do Alexander McQueen. Em pele de cobra pitão, estes sapatos da colecção Primavera-Verão 2010 que dão pelo nome de Armadillo, por evocarem, nas palavras do seu criador, o tatú, têm dado que falar no mundo da moda e não só. Embora já tenham sido usados em desfiles por algumas modelos, a verdade é que também outras se recusaram a fazê-lo, atemorizadas sobretudo pelos 30cm de salto.
Sugiro que algumas senhoras os comprem como armas de defesa pessoal...

Bom dia!

Está mesmo frio lá fora como diz esta canção e ainda vai ficar mais nos próximos dias. Não sei se já estamos também a apanhar com o frio siberiano que tem assolado o Reino Unido e outras paragens europeias mas por enquanto temos o Sol do nosso lado, o que é uma grande ajuda, até psicológica...


Novidades - 100 : Tudo em 100

Sem preocupações numerológicas, calhou bem que o centésimo livro que dou a conhecer aqui no blogue seja ele próprio um livro em torno desse número. Trata-se de uma obra colectiva na qual 100 escritores franceses, dos mais variados, discorrem sobre 100 monumentos do seu país, e algumas das escolhas monumentais são algo inesperadas.O prefácio é do também escritor e actual ministro da Cultura e da Comunicação, Frédéric Mitterrand. Indispensável para os francófilos, apesar do preço não ser muito convidativo.

- 100 monuments, 100 écrivains- Histoires de France, éditions du Patrimoine, 488p, 850 ilustrações, €80.

Ainda Keats



Apesar das várias visitas a Roma, nunca consegui ir ao Cemitério Inglês onde está sepultado John Keats. É belo o epitáfio que ele escolheu para si, mas muito errado. Se há nome que não foi escrito na água é o dele, que nunca deixou nem deixará de ser lido.

9º Aniversário da SIC Notícias


8 de Janeiro de 2001 foi a data de início de emissão do canal temático da SIC que hoje celebra o seu 9º aniversário. "Líder desde a sua fundação" e com "um balanço inteiramente positivo", como afirma António José Teixeira, director da SIC Notícias, este canal juntamente com o AXN, Panda, Hollywood e RTPN são os cinco mais vistos pelos portugueses na televisão por cabo.

Desenhos 12.

Após um comentário de M. aqui fica um desenho de Almada Negreiros com dois temas que me agradam.




Soneto

William Hilton (?-1839) - John Keats
Londres, National Portrait Gallery

Depois da bruma ter atravessado estas planícies
por uma triste, longa estação, ergue-se um dia
nascido no aprazível Sul, que vem purificar
o doentio céu de todos os seus estigmas.

O mês ansioso, livre de sofrimento,
mais uma vez se nutre das sensações de Maio,
e, frescas, são as pálpebras como folhas
das rosas tocadas pelas chuvas de estio.

Calmos pensamentos nos cercam, como o florir
dos ramos... os frutos a amadurecer... o sol de Outono
que há pouco sorria sobre as colheitas abandonadas...

o frágil rosto de Safo... o respirar feliz de uma criança...
a areia de um instante que desliza serenamente...
um rio a atravessar o bosque... a morte de um poeta...

John Keats
Trad. Fernando Guimarães

In: Poesia romântica inglesa (Byron, Shelley, Keats). Lisboa: Relógio d'Água, 1992

Tchaikovsky - Piano Concerto nº1

Não ouvia há muito tempo o Concerto nº1 para piano de Tchaikovsky. Solista: Evgeny Kissin

Macau nos séculos XVIII e XIX - 1


T. S. Parry - A view of the city of Macao
Gravura, água-tinta aguarelada, 1790
http://purl.pt/11583

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Barbatana de tubarão em tasquinha


Mas nem só de "estrelas" Michelin é composto o dia-a-dia gastronómico. Hoje fui jantar a uma tasquinha (daquelas que nem toalha colocam na mesa e que os guardanapos são uns rolinhos de papel "toilette" enfiados em lindas caixas circulares). Queria provar a autêntica barbatana de Tubarão... valeu o dinheiro e era tanta a quantidade que os ninhos de andorinha ficaram para uns dos próximos dias.
E para os que ainda não vieram até estes lados a comida que se come por esses lados, chamada chinesa, cá... nem nas tascas aparece...
E uma caixinha de verdadeiros ninhos de andorinha chega aos mil euros (10.000 patacas)... e hoje já não havia vontade de comer

As estrelas suecas


Estou a terminar a série Millenium (com mais de um ano de atraso, eu sei), do genial Stieg Larsson. E como fiquei rendido ao policial sueco, que afinal goza de grande tradição, vou aproveitar a embalagem e passar de seguida para "A Princesa do Gelo" (2009), de Camilla Lackberg. Apelidada da "nova Agatha Christie que vem do frio", esta autora apresenta-nos um policial de estrutura clássica que se centra no aparecimento de um corpo de mulher numa pequena cidade, cuja descoberta vai abalar a pacatez local... Parece que o livro revela o quanto a sociedade sueca vive das aparências, do que parece bem, escondendo os seus podres, nomeadamente na sustentabilidade das relações humanas.
Mais direccionado para o funcionamento hipócrita das instituições, Stieg Larsson também fez do tema esquema central para desenvolver fabulosas personagens na sua triologia.

Ristorante Il Teatro

Fica no Wynn e é também um dos bons lugares para se comer. Foi a segunda vez que fui a este restaurante, ficando num dos famoso "privados" com vista directa para a o espectáculo de luz, água e música que acontece a cada quinze minutos. E é uma maneira de matar saudades da comida italiana.


E como alguém já disse... ai as camisas que deixam de servir...

1924

George Gershwin terminou esta sua Rhapsody in Blue no dia 7 de Janeiro de 1924. Neste vídeo vemos um outro grande do séc.XX, Leonard Bernstein, tocá-la ao piano.

Cinenovidades - 92 : Estrela Cintilante

Estreou hoje também nas nossas salas, com um atraso de 4 meses relativamente ao Reino Unido, o novo filme de Jane Campion, que escreveu e realizou este Bright Star sobre o grande poeta britânico John Keats e a sua paixão por Fanny Browne.

Camus na TV

Esta noite o programa La grande librairie do François Busnel é dedicado a Albert Camus. Estarão em estúdio a filha do escritor, Catherine Camus, e vários filósofos. Em seguida, passará um documentário inédito sobre a vida e a obra do escritor. É no canal France 5, às 20h35 ( hora francesa ).

P.S. - A homenagem do Le Magazine Littéraire a Camus consta de um número especial, um hors-série, que é hoje posto à venda em França e que deverá chegar às nossas livrarias daqui a uns dias.

In memoriam Tibet

- Ric Hochet imortalizado numa parede de uma rua de Bruxelas.
O nome Gilbert Gascard(1931-2010) não diz nada a ninguém, pelo menos não dizia a mim, mas quando se fala em Tibet os bedófilos sabem logo de quem se trata.
Foi a primeira perda do ano para a bd franco-belga o desaparecimento no passado dia 2 de Tibet, o pai do detective Ric Hochet, em parceria com o argumentista A.P. Duchâteau, e da série western-cómica Chick Bill.
Conheci o traço dele nestas duas séries no início dos anos 80 no saudoso Tintim, mas a estreia de Ric Hochet em Portugal, fiquei hoje a saber, deu-se ainda nos anos 50 no Cavaleiro Andante.

Da minha biblioteca - 3


Já que se falou dela, não posso deixar de mencionar este Olhos azuis, cabelos preto, que foi marcante.
Esta é precisamente a edição que tenho, da Difel, mas há uma mais recente na colecção Mil Folhas, aquela coordenada pelo Prado Coelho.

Cinenovidades - 91 : Daybreakers

Estou a constatar o óbvio quando digo que os vampiros estão outra vez na moda, tanto na literatura como no cinema, videojogos e televisão ( ainda ontem estreou na RTP se não me engano a série Trueblood com a encantadora Anna Paquin ) e há mais filmes a chegar nos próximos meses. Este Daybreakers estreou ontem no Reino Unido e estreará amanhã nos Estados Unidos. O elenco reúne três nomes que admiro- Willem Dafoe, Ethan Hawke e Sam Neill, e nesta variante os vampiros são a maioria e os humanos a minoria...

Um comboio para o Jad



Foi inaugurado recentemente o Hexie Hao ( Expresso da Harmonia ) , o comboio mais rápido do mundo que coloca a China na vanguarda da alta velocidade ferroviária. Deslocando-se a uma velocidade de 394km/hora, está à frente dos tgv franceses, alemães e japoneses, embora a tecnologia utilizada seja multinacional ( Siemens, Alsthom e Bombardier ) ...

Camus no CCB


É já este dia 10 que se realiza o Colóquio Camus no Centro Cultural de Belém, assinalando obviamente os 50 anos passados sobre a morte do escritor. Estão previstas intervenções de António Mega Ferreira, Nuno Carinhas e Pedro Lamares.

Malaya Morskaya ulitsa, 13


A propósito de cemitérios e espaços de memória, nos dias em que estive em São Petersburgo muitas vezes passei, até por ficar entre o meu hotel e a Avenida Nevsky, nesta rua e diante desta casa. Em nenhuma ocasião deixei de olhar, reverente, para o último andar, onde morreu ou se matou Piotr Ilitch Tchaikovsky, dias após a estreia, da sua 6.ª sinfonia.

Talvez por isso não tenha dado, face ao de outros monstros sagrados da música russa, similar importância ao seu túmulo, que nem sequer fotografei. Afinal, tem muito mais interesse tentar sentir o mesmo espaço que foi vivido pelo de cujus...

Fiz questão foi de visitar uma loja de música clássica que funciona no 1.º andar desta casa e comprar alguns discos do próprio.

Como também de ir ouvir “qualquer coisa que fosse” (no caso, uma bela interpretação da 5.ª de Beethoven) ao salão onde se estreou a Patética (ou, no meio do cerco, a Sinfonia Leninegrado, de Shostakovich que dá agora nome ao espaço). Reparem nas janelas por cima do palco. Eram 22h, mas de um dia de Junho.

Hoje na Bertrand do Chiado


Continuam em 2010 as conversas nas primeiras quintas do mês na Bertrand do Chiado.
O tema de hoje é esse filão editorial que dá pelo nome de livros de auto-ajuda. Os convidados são Daniel Sampaio e Eduardo Sá e a moderação é de Anabela Mota Ribeiro.
É às 18h.

Desabafos... - 1

Não consigo imaginar-me a viver com 450 euros por mês

Esta frase foi proferida pelo Francisco Van Zeller há dias no Diário Económico. Percebo perfeitamente a perplexidade do sr.eng. perante a quantia que é a realidade mensal de muitos portugueses, mas se assim é não entendo porque é que ele e outros seus colegas "patrões dos patrões" se opuseram tanto à subida do salário mínimo para 2010, subida que apenas deu cumprimento aliás ao que já estava anunciado pelo Governo que não desiste, e bem, de ter o salário mínimo nacional fixado em 500 euros em 2012.