sábado, 20 de novembro de 2010
Aggiornamento...
A arte do retrato - 9
Je ne suis pas fou, je suis alcoolique.
-Maurice Utrillo (1883-1955), deambulando pelo seu amado bairro de Montmartre.
Foram vários os retratos que a Valadon fez do seu filho, o também pintor e boémio Utrillo, mas este escolhi-o pela ligação directa à paixão comum à mãe e ao filho: a pintura. Apesar desta paixão comum, a forte personalidade ( e liberdade de costumes... ) de Valadon nem sempre caiu bem a Utrillo que nem sequer era filho biológico do catalão que lhe deu o apelido mas sim de um amante ocasional da mãe, e que mais tarde viu o seu melhor amigo tornar-se seu padrasto naquela que foi a mais longa ( 30 anos ), e parece que mais feliz, relação amorosa de Valadon.
Cinenovidades - 152 : Penúltimo Potter
Boa tarde!
Auto-retrato(s) - 70
Se não me engano, este é o primeiro auto-retrato em cerâmica que surge nesta rubrica colectiva do Prosimetron, e é uma das cerâmicas presentes na exposição sobre Gauguin patente na Tate Modern de que falo infra.
Cerâmica que tem ainda um potencial valor funcional: é um jarro, embora o sangue que escorre pela face abaixo deva inibir tal funcionalidade... Mas serve, no entanto, para nos lembrar que Gauguin foi também um excelente ceramista.
Esta peça foi feita pouco depois da estadia de Gauguin com Van Gogh em Arles, tendo sido durante tal convívio que ocorreu a mais célebre auto-mutilação da História da Arte...
Para além da associação do sangue que escorre à orelha cortada de Van Gogh, há estudiosos que também associam esta cabeça decapitada a S.João Baptista, entendendo que Gauguin via-se como um profeta da pintura nova que viria.
Lá fora - 89 : Gauguin em Londres
Biografias, autobiografias e afins - 89
Teixeira Gomes, os anos passados no Porto
A visita que Teixeira Gomes faz ao Porto, em 1924, como Presidente da República, é pretexto para, na exposição, se evocar a cidade desses anos.
Visconde de Meneses (1817-1878) - Retrato da filha, Elisa Wilfrida
Óleo sobre tela, ca 1878
Porto, MNSR
Um dia destes, vou até ao Porto ver esta exposição.
No Museu Nacional Soares dos Reis
Até Março de 2011
Ambientes Femininos III
No Dia Universal da Criança
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CRIANÇA
Cabecinha boa de menino triste,
de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, — e resiste.
Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente...
Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.
Cabecinha boa de menino santo
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto.
Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.
Cecília Meireles
20 de Novembro de 1975
A data já faz parte das minhas memórias políticas de juventude. Uma morte festejada com alegria... era a primeira vez que via, com consciência política. Morria Franco!
Ecce Homo
«Representação de um corpo mortificado, de olhar velado por uma túnica branca, que prefigura a mortalha, emergindo de um escuríssimo fundo neutro, como uma silenciosa mas fortíssima presença intemporal no espaço do próprio observador, esta é certamente uma das imagens mais misteriosas e singulares criadas pela arte portuguesa: a ocultação do olhar deste Ecce Homo constitui, de facto, um elemento figurativo de absoluta originalidade na iconografia cristológica da pintura europeia.»
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Nuvens no céu de Lisboa!
1983 : Tina Turner
Auto-retrato(s) - 69
Carolus-Duran (1837-1917) - Le baiser, 1868
[Auto-retrato do artista e da sua mulher, recem-casados.]
Lille, Palais des Beaux-Arts
«Le baiser est la plus sûre façon de se taire en disant tout.»
Guy de Maupassant (1850-1893)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Boa noite!
Descobri este disco há poucos dias e chegou-me hoje por correio. Nem conhecia a Giovanna.
Para APS.
Frutas - 37
Novidades - 158 : Da leitura
(...) Je crois qu' il existe trois degrés de lecture. 1) On lit pour comprendre le monde. 2) On lit pour se comprendre soi-même. 3) On lit pour comprendre l' auteur. Le stade nº3 est celui des lecteurs les plus fins; mais, quels qu'ils soient, ils sont généreux. Ils donnent aux livres la chose la plus importante de leur vie: leur temps. (...)
Este é o mais recente ensaio de Charles Dantzig, autor que já passou por estas páginas a propósito de uma sua excelente obra. Desta vez, é o acto da leitura que é interrogado, acto tão grato aos prosimetronistas e a muitos que nos lêem. Actividade grata, mas economicamente inútil especialmente quanto à literatura propriamente dita ( e daí o seu valor) : (...) On lit parce que ça ne sert à rien. C'est un moment de gratuité dans des societés utilitaires, une révérence à l'esprit dans une humanité qui ne baisse généralement le front que devant la force. (...)
Charles Dantzig, Pourquoi lire?, Grasset, 250p, €18, Outubro de 2010.
Shirley Verrett
Números - 30
Jardins impressionistas
Os Precursores
Camille Corot - O Parque dos Leões em Port-Marly
Óleo sobre tela, 1872
Madrid, Museo Thyssen-Bornemisza
O Jardim como espaço social
Berthe Morisot - No Bosque de Bolonha
Óleo sobre tela, ca 1879
Estocolmo, Nationalmuseum
O Jardim Decorativo
Gustave Caillebotte - Dálias, jardim de Petit-Gennevilliers
Óleo sobre tela, 1893
Col. particular
O Jardim Produtivo
James Ensor - O jardim da família Rousseau
Óleo sobre tela, 1885
Ohio, The Cleveland Museum of Art
Museo Thyssen-Bornemisza
Madrid
Até 13 Fev.
Documentários na Cordoaria
Esta semana, a programação do auditório da Cordoaria, abrange os documentários que foram produzidos pela Companhia de Ideias para a RTP2, “Nós, Republicanos”, com realização de João Osório, em cinco episódios (Política, Trabalho, Religião, Educação, Saúde).
Estes cinco episódios são exibidos todos os dias, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 18h00.
Ao fim-de-semana, os visitantes da Cordoaria podem assistir à exibição dos três documentários produzidos a propósito do Centenário da República para o Canal de História: “A República Portuguesa”, “As Republicanas” e “D. Manuel II”, uma produção de Luísa Carvalho e Canal de História, com realização de José Carlos Santos.
Um sábio ditado
Pequeno-almoço como um rei,
Almoço como um príncipe,
Jantar como um pobre.
Com dedicatória conjunta ao Jad e à Miss Tolstoi, embora por razões diversas, e com as minhas desculpas pela terminologia algo monárquica mas que pode ser substituída como entenderem ( Cavaco, Sócrates, Belmiro, Ricardo Salgado etc )
Waffles
Por razões óbvias, é "modalidade" que pratico apenas uma ou duas vezes por semana. Hoje resisti, embora tenha custado, e fiquei-me por uma modesta torrada.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Quotidianos - 40
1966
No Prado
Juan Martín Cabezalero - Comunión de Santa Teresa
Óleo sobre tela, ca 1670
Madrid, Fundación Lázaro Galdiano
Até 30 Jan. 2011
Bibliotheca Artis: Tesoros de la biblioteca del Museo del Prado
Giuseppe Galli Bibiena (1696-1756) - Architetture e prospettive..., 1740
Até 30 Jan. 2011
Paixão por Renoir
Pierre-Auguste Renoir - No concerto, 1880
Williamstown, MA, EUA, The Clark
Até 6 Fev. 2011
Rachel de Queiroz, centenário do nascimento
Foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977. Recebeu inúmeros prémios literários, e entre eles o Prémio Camões, em 1993. Da sua obra ressaltam os romances "O quinze", com que estreou em 1930, "João Miguel", "Dôra, Doralina" e "Memorial de Maria Moura", de 1992 que foi adptado pela Rede Globo para uma minisérie televisiva, que obteve enorme êxito e também foi vista em Portugal.
Na Gulbenkian
Susy Solidor
Bom dia!
Yokihi
Cena de A Imperatriz Yang Kwei Fei (Yokihi, no original), de Kenji Mizoguchi (1898-1956), que passa na Cinemateca, amanhã, às 19h00.
Adaptação de uma história chinesa, do século IX, é um dos mais célebres filmes de Mizoguchi e o seu primeiro filme a cores - umas cores fabulosas. Machiko Kyo dá corpo a um portentoso retrato feminino, o da imperatriz Yang Kwei Fei; Masayuki Mori é o actor que veste a pele do imperador Xuan Zong. Uma história de amor, no meio de lutas de poder e intrigas políticas. Para mim, o mais belo filme de Mizoguchi. Ainda não sei se irei revê-lo.
Yokihi é um bailado, inspirado na figura da imperatriz Yang Kwei Fei e criado por Bandō Tamasaburō V (1950-), um actor japonês kabuki, especializado em papéis femininos.
Dedicado a Miss Tolstoi.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Um quadro por dia - 111
Peripécias helvéticas...
Com vista a inverter esta tendência desastrosa, decidiu o tenor Leo Wundergut concorrer para a selecção nacional suíça que apurará a canção helvética a competir nas meias-finais do próximo festival, a decorrer em Düsseldorf em Maio de 2011. E tendo em consideração o (in)sucesso suíço em edições anteriores, o título da canção, escolhido por Wundergut, revela-se mais do que apropriado: "La Suisse – zéro point”.
Já que se falou dele...
A Marinha na República
Num primeiro núcleo, evoca-se a participação dos Marinheiros, abordada de forma sequencial, desde os dias que precederam o 5 de Outubro. Este núcleo encontra-se na Sala da Casa da Balança (entrada pela Praça do Município).
Um segundo núcleo, referente aos navios que a Marinha possuía em 1910 e em especial aos surtos no porto de Lisboa aquando da Revolução, está patente no Museu de Marinha.
Até 5 Jan. 2011, das 10h00 às 17h00 horas
Novidades - 157
Citações - 135
- Henrique Raposo, no Expresso do passado sábado.
Ambientes Femininos II
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A arte do retrato - 8
É um dos maiores fotógrafos franceses vivos, com uma longa carreira de 60 anos começada como repórter fotográfico nos julgamentos de Nuremberga, cenário que deprimiu o jovem Willy que logo em 45 foi para os Estados Unidos pois que, como tantos europeus da sua idade, sonhava com Hollywood e as suas estrelas. E fotografou-as, produzindo imagens que correram o mundo: Gary Cooper, Robert Mitchum, Gregory Peck, Douglas Fairbanks, Sophia Loren, Marilyn e outros tantos ídolos da Sétima Arte.
Voltou para França 4 anos depois, na fundação da Paris Match, sendo sua logo a primeira capa- um retrato de Winston Churchill. Alguns dos melhores retratos são de artistas plásticos, com Dalí e Picasso à cabeça, que virão ter a estas páginas certamente.
Bom dia!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Os meus franceses - 112
Boa noite!
Há dias...
Edite Estrela: �Eles sao insuportaveis�
Não é figura política que aprecie, antes pelo contrário, mas ainda assim conseguiu surpreender-me pela negativa. E, com este par Vara/Estrela, há razões para acreditar no velho adágio "Diz-me com quem andas..."
Filha de peixe...
Lá fora - 88 : Hockney em Paris
Regressamos a Paris, cidade de todas as exposições, para a que está patente na Pierre Bergé/Yves Saint Laurent: Fleurs fraîches, de David Hockney que aos 73 anos continua na crista da onda- as obras expostas foram criadas através da aplicação Brushes do iPhone, pelo que não há telas penduradas nas paredes mas sim ecrãs de iPhone e iPad.