sábado, 18 de agosto de 2012

À falta de anõezinhos e de varinha de condão...


... rendi-me a este plumero para limpar o pó e as persianas
Em tempos tinha usado swiffer, mas não fiquei convencida.


Passe a publicidade. Não tenho quota na Johnson, mas tenho pena. :)




Leituras no Metro - 101



Trindade Coelho escreveu na Av. da Liberdade a Cartilha do Povo: «quanto à Cartilha do Povo, que eu escrevi no passeio mais público de Lisboa (a Avenida da Liberdade), num domingo de tarde, à hora de maior concorrência, essa originara-a o ter-me dito pouco antes a senhora D. Carolina Michaëlis de Vasconcellos (que eu vira pela primeira vez na véspera, num jantar para que tivera a bondade de me convidar, no Hotel Central) que num salão onde tinha estado, aqui em Lisboa, ouvira sustentar a estranha teoria de que o povo devia ser conservado ignorante, porque só ignorante era obediente, e só obediente era feliz!...» 
Trindade Coelho
In: Auto-biographia e cartas / pref. de D. Carolina Micheëlis de Vasconcellos. Rio de Janeiro : A Editora, 1910, p. 33 


Hotel Central, no Cais do Sodré

Um quadro por dia


António Carneiro, Onda ( Vaga ), 1912, óleo sobre tela, 40x80cm, col.particular.


" Uma das marinhas mais espartanas de Carneiro, onde apenas tem lugar a sensação de vazio profundo. O artista parece encontrar-se a sós com o movimento incessante do mar, não o domesticando como faria Marques de Oliveira, mas representando virtuosamente o movimento formal complexo do tubo de água prestes a espraiar-se sobre o areal dentro do mesmo espírito de serenidade, quietude e harmonia que definem habitualmente as suas marinhas. "

- Afonso Ramos, in António Carneiro, Quidnovi, 2010.

Bom dia !



Natércia Barreto e a história da inesquecível " Óculos de Sol ".

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Notícias


Pedem-me notícias! Que notícias podem seguir daqui?
Trabalha-se, engorda-se e pouco mais.
Apanhei este flagrante de uma conversa entre namorados...

Envio saudades para todos.

Diciotto Anni Dopo

Só agora vi Dezoito Anos Depois, um filme de Edoardo Leo. Ganhou em 2011 o prémio Baff.
Um filme que tem momentos de uma leveza e até risibilidade surpreendentes; sendo todavia, um filme de uma profundidade tocante. Percebe-se porque é que os italianos e os portugueses têm tanto em comum. Claro sob o meu ponto de vista.

A Oriente

Friedrich Von Amerling - Mulher oriental, 1838 
Friedrich Von Amerling - Mulher oriental (outra versão) 
Paul de la Boulaye - A oriental, 1880

Porque hoje vou estar pelo Oriente, mais a Oriente. :)

Frutas - 87

François Bonvin - Nature morte avec melon, pêches et gobelet d’argent sur une table 
Óleo sobre tela, 1858 
Col. particular

Humor pela manhã...


A propósito de tarefas domésticas e "varinhas mágicas " :)

Bom dia !



Andava com esta na cabeça há dias, por causa de a ter ouvido recentemente numa série de TV. Pode ser que agora saia. Blondie no seu nelhor.

Leituras de férias - Le Clézio

Fotografia daqui


Ofereceram-me Raga, abordagem do continente invisível de  Jean-Marie Gustave Le Clézio. O livro leva-nos numa viagem à Oceania real e imaginária e é abordado com originalidade, leveza e poesia.

Clézio nasceu em Nice, uma cidade que recordo com saudade. Nunca tinha lido nada dele.

Nas trocas comerciais, o dinheiro (a nota do banco ou o cartão de crédito) representa apenas uma pequena parte das transacções. Aqui as pérolas, ali, os cocos, além a tonelada de níquel ou o barril de petróleo são as verdadeiras moedas de troca, isto é, objectos de consumo aos quais veio juntar-se o valor de trabalho e de raridade. 

J. M. G. Le Clézio, A Raga, abordagem do continente invisível. Lisboa: Sextante Editora, 2008, p. 40-41.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Boa noite!

Já coloquei esta canção porque, pelo menos, todos os verões a oiço. :)

Queijo e vinho

Ludger Larose - Fromage de Gruyère
Óleo sobre tela, 1898
Québec, MNBAQ



Queijo, pão e vinho vai ser o meu jantar. Adoro!
Só que os queijos vão ser da Ilha e de Serpa. Não gosto de Gruyère.

O Guincho ao fim da tarde

Maria Adelaide Lima Cruz - Guincho
Óleo sobre contraplacado

As melhores bolas de berlim

Uma prova cega na rua levada a efeito pelo Tentações/Sábado revelou onde encontrar as melhores Bolas de Berlim, em Lisboa e no Porto.
Numa escala de 1 a 6, eis a classificação.
Em Lisboa: Bénard (com recheio de chocolate); Padaria Portuguesa; Confeitaria Nacional (a versão sem recheio foi a que mais conquistou os provadores); Versailles; Rosa Doce (Av. João XXI) e Casa Suíça.
No Porto: Confeitaria Nandinha; Leitaria Quinta do Paço; Confeitaria Real; A Serrana; Doce Alto e Padaria Ribeiro.
A origem deste bolo - que se pensa ter sido trazido para cá pelas refugiadas alemãs do nazismo, na II Guerra Mundial – prende-se com a realização da Conferência de Berlim (1884-85) que determinou a entrega do continente africano às grandes potências europeias da época ávidas de lucro através da obtenção de matérias-primas e de mais mercados. Para comemorarem esta reunião ao mais alto nível, os alemães resolveram criar um bolo que simbolizasse aquele momento histórico surgindo, então, a Bola de Berlim. O seu formato redondo significa o globo terrestre e o saboroso creme com que é recheado, o continente africano que os países participantes na conferência tanto desejavam comer…

Lá fora : Babel em Lille



85 obras ( pintura, fotografia, escultura, instalação, filmes e pranchas originais de BD ) de artistas contemporâneos à volta da torre de Babel. Até 14 de Janeiro no Palais des Beaux-Arts de Lille.

www.pba-lille.fr/

Bom dia !



Que venha o Sol, e para ficar.

Quotidianos - 86


Começaram ontem estas actividades prosaicas e desinteressantes. Muito chatas, mesmo. :(

Rimas alentejanas - 1


Quem não usa de manha
Morre no ar como a aranha.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um "D" de Germain Gaillard


Um "D" de doentinha... votos de melhoras, dizem os "enteados" que ficam com saudades!
1539

Edvard Grieg (1843 - 1907)

Um percurso de barco por um dos deslumbrantes fiordes noruegueses faz-nos compreender o sentimento da música de Grieg. Do compositor norueguês que nasceu na cidade de Bergen e adaptou a obra Peer Gynt do seu conterrâneo Henrik Ibsen, segue a célebre canção de Solveig, interpretada pela soprano noruguesa Sissel.

Detalhe

Sandro Botticelli, Madonna (detalhe de Magnificat), 1481-83(?), Galleria degli Uffizi

No dia de Assunção de Nossa Senhora lembrei-me de Botticelli e deste detalhe do Magnificat.
Uma coroa lindíssima. [Um cântico igualmente belo].

Julia Child (1912-2004)

O Google celebra hoje o centenário de nascimento de Julia Child que se tornou famosa fora dos EUA devido ao filme Julia & Julie.
Pasadena, a cidade natal de Julia Carolyn MacWillimas (seu verdadeiro nome), também comemora o seu nascimento com um cocktail party.

Por cá continua a não haver nenhuma tradução de livro de Julia Child. A Bertrand, à boleia do sucesso que o filme alcançou, traduziu Julie & Julia, de Julie Powell.

Agradeço ao Jad que me alertou para este doodle do Google. :)

Um quadro por dia


Jacob Jordaens ( 1593-1678 ), Assunção da Virgem Maria, óleo sobre tela, Museu de Belas Artes de Gand, Bélgica.

Cascais: Calçada da Assunção*

Pietro Antonio de Petris (ca 1665-1716) - Assunção de Nossa Senhora 
Gravura, entre 1690 e 1710 
http://purl.pt/5090/1/

Georg Braun (1541-1622) - Cascais, ca 1572


«Passou esta semana o dia da Assunção - uma das quatro grandes festas do ano.

«Bela solenidade essa com que a Igreja comemora a entrada da Mãe de Cristo no céu. Lindo dia em que por voto especial soam festivamente os órgãos de todas as catedrais portuguesas, e muitas povoações do país vestem galas e pompas de ferverosa devoção. [...]
«Aqui, em Cascais, "Santa Maria d'agosto", como diziam os antigos cronistas, é o orago da matriz, o da calçada, que do largo deste templo vem descendo até à Praça, tem o nome - d'Assunção.
«Pois é uma das ruas historicamente mais notáveis de Cascais, e ainda hoje a nobilitam alguns vestígios heráldicos de sua passada grandeza.
«No espaço compreendido entre esta calçada e a Cidadela ficava o castelo e dentro dele o paço dos senhores de Cascais - esses famosos Castros em cujo brasão brilhavam ses arruelas, de que eles tanto se ufanavam sobre todos os outros Castros.
«Ainda hoje, quem gostar de contemplar pedras antigas pode observar, na muralha que corre a um dos lados da calçada, um persistente exemplar das seis arruelas dos Castros e também uma pequena seteira, que deveria servir para tiros de arcabuz.
«Um arco aberto na muralha mostra ainda, na solidez e espessura, a sua antiguidade, sob a camada de tinta com que o modernizaram.
«No prédio n.º 26 da calçada d'Assunção há uma porta e janela de verga recortada, que devem ter procedido dos escombros do paço.
«Mais alguns anos volvidos e as arruelas e a seteira terão desaparecido talvez. Cascais é uma vila que se alinda de dia para dia, graças à iniciativa elegante do meu velho amigo Costa Pinto, que não há reformador mais desvelado do que ele.
«Estas minhas palavras, hoje têm por fito conservar a memória dos últimos vestígios  do paço dos senhores de Cascais, para o caso de que alguns novos chalés, como tem acontecido no antigo recinto do castelo, venham substituir a muralha.
«Escrevi no livro que se intitula Sangue azul a biografia daquele dos Castros, condes de Monsanto, que foi primeiro marquês de Cascais.
«Era um fidalgo espirituoso, do bom tempo em que os havia; sentencioso no falar, mordaz na sátira, mas sempre filósofo nos conceitos. Dizia verdades chistosas a toda a gente; até as disse ao rei D. Afonso VI atacando-o por balda certa. 
«Toda a gente sabe qual era a balda certa de D. Afonso Vi: era justamente o que ele tinha de menos certo. [...]
«Aqui nas varandas do seu paço, sentir-se-ia bem o marquês de Cascais, porque tinha diante de si o mar, de que ele procurava ser o simulacro na terra... pela grandeza dominadora.
«Eram dois vizinhos dignos um do outro, que deveriam dar-se os bons dias de igual para igual.
«Mas de toda essa antiga pompa de Cascais apenas restam as seis arruelas, a seteira, duas pedras lavradas e... o mar.
«Esse é que ainda hoje é o mesmo.
«A feição moderna da calçada d'Assunção salienta-se numa tabuleta que anuncia a mais elegante dsa indústrias locais, a de gulosrimas destinadas a lisonjear o paladar de pessoas finas, que só comem bolos, por não serem bastante nutritivas as flores, de que por galanteria desejariam alimentar-se.
«Diz a tabuleta:

ANTIGA CASA
FAZ-TUDO
Especialidade em bolos
reais, joaninhas e areia
e outras qualidades de doces

«É uma pequenina loja de confeiteiro, mas talvez o mais afreguezado e famoso estabelecimento comercial de Cascais. Abre logo de manhã; fecha pela meia-noite.
«Dão acesso para ele alguns degraus de pedra, uma escadinha estreita, que tem sido pisada pelos mais delicados pés da aristocracia feminina.
«A lista de doces ali fabricados tem o que quer que seja de harmonioso com os vestígios heráldicos, que na muralha fronteira memoram ainda o esplendor do marquesado de Cascais no século XVII.
«É toda uma nomenclatura freirática, um vocabulário arrebicado de convento, segundo o estilo dengoso daquela época, em que o travesso Cupido punha o avental branco de mirmidão para servir guloseimas aos vates, nas grades dos mosteiros, como recompensa de insulsas toantes à castelhana.
«Copio textualmente parte da lista:

Bolos secos
De Amor - De Amêndoa - De Areia - Argolas - Argolas d'Amêndoa - Argolas Cobertas - Esquecidos - Testinhas - Figos de Chocolate - Joaninhas - Lacinhos - Marmelada Fina - Palitos - Palitos d'Amêndoa - Palitos d'Oeiras - Suspiros - Torradinhas - Boking.

Doves finos para mesa
Barriga de Freira - Arroz de Bom Bocado - Arroz Doce - Bolo Real - Bolo Inglês - Doce de Gila - Fatias da China - Leite Creme - Pão de Ló - Pão de Ló d'Amêndoa - pastéis de Marvão - Peixe Doce - Queijinhos de Ovos - Sopa de Borrachão - Sopa Dourada - Toucinho do Céu - Lampreias d'Ovos.

«Os alambicados diminuitivos - Testinhas -  Joaninhas - Lacinhos - Torradinhas - são linguagaem própria do século mais freirático que em Portugal tem havido. Cheiram a convento de freiras, não porque o houvesse em cascais, mas porque desta vila foi senhor um fidalgo que possui todos os defeitos e dotes do seu século, e que deixou tradição local.
«O bolo d'areia pode parecer ridículo pelo nome, pois que calão moderno - areia - significa toleima, mas não deixa de ser próprio de uma praia, onde, de mais a mais, há um pouco de isso...
«Quanto aos bolos finos para mesa, a nossa curiosidade encalha logo no que se denomina "barriga de freira". Conquanto ignoremos sua origem, tanto mais difícil de encontrar depois que não há freiras, porque falta absolutamente o campo de observação, é certo, porém, que também rescende á gulodice galante dos conventos do século XVII.
«Enfim, a calçada d'Assunção, em Cascais, se poucos vestígios arqueológicos ainda conserva do tempo em que a vila foi marquesado e dele recebeu brilho e fama, tem na antiga casa Faz-Tudo o que quer que seja de característico dessa época, de ucharia e galanteio, nas doces Joaninhas que se comem, nas Testinhas que se beijam e mordem, nos Lacinhos com que se enfeita o estômago, nas Torradinhas que dispensam manteiga, e nas Barrigas de Freira a que uma pessoa toma o gosto sem ofender os cânones.
«Quando se sobre para o largo da Igreja Matriz, e junto a ele, tornam a aparecer mais vestígios da muralha e um mirante, que está hoje branco como a cara enfarinhada de um palhaço, mas que talvez fosse outrora um cubelo da fortaleza, que defendia os paços dos senhores de Cascais.
«Possui hoje a vila a linda Avenida Valbom, o belo Passeio Maria Pia, o tranquilo Jardim da Parada, o solitário Passeio do Visconde da Luz, mas nenhuma rua pode despertar mais interesse a um misantropo, como eu, do que a calçada d'Assunção, que tem pedras e doces que falam do passado, de marqueses com marquesado territorial, de galanterias e bolos, de amores e conventos, finalmente, de freiras cuja beleza plástica ainda agora é celebrada em graciosos monumentos de açúcar e amêndoa.
«Cada vez que subo ou desço  a calçada d'Assunção parece-me ter dentro da boca um rebuçado.
«É o século XVII:»

Alberto Pimentel
In: Sem passar a fronteira.Lisboa: Gomes de Carvalho, 1902

* Hoje Rua Marques Leal Pancada.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Boa noite!


«À meia-noite, [Howard Austen] punha-se a cantar. Leto, que fora um prodígio do piano em Manila, acompanhava-o ao piano do andar de baixo. Considerava a voz de Howard melhor que a de Andy Williams, o que era realmente. Howard tinha sido cantor profissional até realizar, tristemente, que era um retardatário menor a essa época dourada de cantores liderados por Frank Sinatra e Tony Benett. Ao contrário da maior parte das grandes estrelas no topo da lista, Howard nunca perdeu a voz embora o enfisema reduzisse o seu volume. Antes de nos conhecermos, ele trabalhava em publicidade, trabalhando oito anos num centro comercial perto do Paramount Theater em Times Square para pagar os seus estudos na universidade de Nova Iorque. Ainda cantava: tinha um reportório de várias centenas de canções e, apesar das recentes operações e alucinações, nunca se esqueceu das letras. Cole Porter,  Sondheim e a sua favorita, Our love is here to stay, ecoavam pela casa no final da sua vida.» 
Gore Vidal
In: Navegação ponto por ponto / trad. de José Luís Luna. Cruz Quebrada. Casa das Letras, 2006, p. 92

Que primor de tradução. :(

Prédio é símbolo da vida moderna lisboeta

E por se falar de arquitectos aqui no blogue, gostei de saber que ontem a Secretaria de Estado da Cultura classificou um prédio de apartamentos, na capital, como monumento de interesse público. Trata-se do Bloco das Águas livres desenhado em 1953, por Nuno Teotónio Pereira e Bartolomeu Costa Cabral. Um projecto muito inovador para a época - com áreas sociais desafogadas, funcionais e bem interligadas com a cozinha, "várias possibilidades de fuga" através de grandes planos de vidro para o exterior e varandas espaçosas -  inspirado no conceito "Unidade de Habitação" de Corbusier, quando este arquitecto formalizou o seu sonho de habitação para o homem moderno. A partir de agora simboliza também a vida moderna lisboeta, num tempo em que as famílias passaram a ser mais reduzidas e sem as mordomias de antigamente.

A arte do retrato


Em jeito de despedida da 30ª Olimpíada, uma tela muito british: em aguarela, Mary L.Gow  ( 1850-1929 ) pintou os seus três sobrinhos, The Gow Brothers, Roddy, Andrew e Cuthbert, em 1900  mas datou a obra de 1914 quando acrescentou as folhas de louro o estandarte para celebrar a bravura do mais novo dos irmãos. ( Pertenceu  um século à família, mas agora está à venda o que me fez pena. )

Pensamento(s)


Qu'y  a-t-il donc dans l'histoire qui ne soit l'appel ou la peur de la révolution?

- Michel Foucault, no curso de 28 de Janeiro de 1976 no Collège de France.

Bom dia !



Paganini, com o grande violinista suiço Alexandre Dubach.

Para quem anda por Tavira...

Inês Dourado - Um recanto de Tavira, 2011

Festas em Viana do Castelo

A Feira do Artesanato de Viana do Castelo abriu no dia 11 de agosto. Está integrada nas festas da Senhora da Agonia.


Leituras de férias - Italo Calvino

O Caminho de San Giovanni é um livro de Italo Calvino. Narra algumas das suas memórias apresentadas em cinco contos.
Para os amantes do cinema italiano escolhi esta memória:

«No cinema italiano podemos esperar muito de génio pessoal dos realizadores, mas pouquíssimo do acaso.»
Italo Calvino, O Caminho de San Giovanni. Lisboa: teorema,1995 p. 76.(tradução José Colaço Barreiros)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Em geminação com Palavras Daqui e Dali

Alfragide: Caminho, 2008

Ontem fiquei a saber uma coisa.
Vou ter de usar óculos.
Foi o que a mãe disse.
Eu acredito sempre nela, mas desta vez não quero.
Não quero nada usar óculos!

Leituras no Metro - 100

Trad. de José Luís Luna.
Cruz Quebrada: casa das Letras, 2007

O meu livro do Metro tem sido estas memórias de Gore Vidal. A tradução é fraca - nada na linha da citação de George Steiner que APS ontem publicou no Arpose. 
E o que me irritou sobremaneira foi a tradução de um nome. Vejam: 
«Julian, o meu regresso ao romance, não era exatamente um crepitante e sexy livro de aeroporto: esta narrativa refletiva debruçava-se sobre as origens do cristianismo e a tentativa falhada do imperador Julião [sic] para estabelecer a tolerância religiosa em lugar do absolutismo cristão instalado pelo seu parente, Constantino. Tinha escrito um livro manifestamente inadequado à lista acanalhada dos sucessos. literários.» (p. 63) Santa Ignorância! A raiz é a mesma, mas chama-se Juliano. Em inglês é que ambos os nomes são Julian.O mesmo acontece com outros nomes próprios.

Cassiano Branco e o Portugal dos Pequeninos

O Google resolveu assinalar o 115.º aniversário do nascimento de Cassiano Branco, escolhendo o Portugal dos Pequeninos para o fazer. Bem podiam ter escolhido uma obra mais representativa deste arquitecto como o Cinema Éden.
Por agora, uns postais do Portugal do Pequeninos.