sábado, 23 de maio de 2009
Um volume de luz
It's tea time!
Mary Cassatt - «Cup of tea» ou «Portrait of Lydia»
Óleo sobre tela, 1880-1881
Nova Iorque, Metropolitan Museum of Art
Mary Cassatt - «Lady at the tea table»
Óleo sobre tela, 1885
Nova Iorque, Metropolitan Museum of Art
Aproveito o impulso para colocar mais estes dois quadros de Mary Cassatt, ambos relacionados com o chá.
Que tal aproveitarem para beber um chá? Está na hora!
Manifesto da Mulher Futurista, Valentine de Saint-Point!
Anna Jeanne Valentine Desglans de Cassiat-Vercell nasceu em Lyon a 16 de Fevereiro de 1875 e faleceu no Cairo em 28 de Março de 1953.
Este Manifesto foi publicado em França e Itália em 1912 - resposta vigorosa às declarações de Marinetti.
O conjunto da Humanidade nunca foi senão o terreno de cultura, do qual brotaram os génios e os heróis dos dois sexos. Mas, na humanidade, tal como na natureza, existem momentos mais propícios ao florescimento. Nos Verões da humanidade, quando a terra é abrasada pelo sol, abundam os génios e os heróis".
Não sou feminista e estou a achar graça a este livro.
Valentine de Saint-Point, Manifesto da Mulher Futurista, Lisboa: &etc, 2009, p.27
Os meus franceses - 70
Georgette Lemaire - «Le temps des cerises»
Esta canção de amor, de 1866-1868, da autoria de Jean-Baptiste Clément e Antoine Renard, tornou-se, depois do massacre de que foram vítimas os comunardos, o símbolo das aspirações da Comuna de Paris.
Quand nous chanterons le temps des cerises
Et gai rossignol et merle moqueur
Seront tous en fête
Les belles auront la folie en tête
Et les amoureux du soleil au cœur.
Quand nous chanterons le temps des cerises
Sifflera bien mieux le merle moqueur.
Mais il est bien court le temps des cerises
Où l'on s'en va deux cueillir en rêvant
Des pendants d'oreilles
Cerises d'amour aux robes pareilles
Tombant sous la feuille en gouttes de sang.
Mais il est bien court le temps des cerises
Pendants de corail qu'on cueille en rêvant.
Quand vous en serez au temps des cerises
Si vous avez peur des chagrins d'amour
Evitez les belles
Moi qui ne crains pas les peines cruelles
Je ne vivrai point sans souffrir un jour.
Quand vous en serez au temps des cerises
Vous aurez aussi des peines d'amour.
J'aimerai toujours le temps des cerises
C'est de ce temps là que je garde au cœur
Une plaie ouverte
Et dame Fortune en m'étant offerte
Ne pourra jamais calmer ma douleur.
J'aimerai toujours le temps des cerises
Et le souvenir que je garde au coeur.
Cópia de um e-mail que recebi!
Cura do Cancro?!
Um médico italiano descobriu algo simples que considera a causa do câncer.
Inicialmente banido da comunidade médica italiana, foi aplaudido de pé na Associação Americana contra o Câncer quando apresentou sua terapia.
O médico observou que todo paciente de câncer tem aftas. Isso já era sabido da comunidade médica, mas sempre foi tratada como uma infecção oportunista por fungos - Candida albicans.
Esse médico achou muito estranho que todos os tipo de câncer tivessem essa característica, ou seja, vários são os tipos de tumores mas têm em comum o aparecimento das famosas aftas no paciente.
Então, pode estar ocorrendo o contrário - pensou ele. A causa do câncer pode ser o fungo. E, para tratar esse fungo, usa-se o medicamento mais simples que a humanidade conhece: bicarbonato de sódio.
Assim ele começou a tratar seus pacientes com bicarbonado de sódio, não apenas ingerível, mas metódicamente controlado sobre os tumores.
Resultados surpreendentes começaram a acontecer. Tumores de pulmão, próstata e intestino desapareciam como num passe de mágica, junto com as Aftas. Desta forma, muitíssimos pacientes de câncer foram curados e hoje comprovam com seus exames os resultados altamente positivos do tratamento.
Para quem se interessar mais pelo assunto não deixem de ver o video.
Lá estão os métodos utilizados para aplicação do bicarbonato de sódio sobre os tumores. Quaisquer tumores podem ser curados com esse tratamento simples e barato.
Neste clicando-se nas bandeirinhas no alto da página, muda-se o idioma
Neste o vídeo o médico italiano mostra a evolução do tratamento até a completa cura em 4 casos:
Parece brincadeira?
Bem que o livro de homeopatia recomenda tratar tumores com borax, que é o remédio homeopático para aftas.
Esperamos que seja uma boa notícia e verdadeira.
Daisy Miller, Henry James: uma novela trivial um filme delicioso.
Jean Patou: Joy, um dos meus perfumes.
Jean Patou morreu em 1936 mas a sua casa continuou na mão da irmã e do cunhado. O nome Patou permanece, ainda hoje, associado à alta perfumaria, e pelo atelier têm passado nomes como o de Jean Kerléo ou Karl Lagerfeld.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Five O’Clock Tea - 1
Óleo sobre tela, 1880
Boston, Museum of Fine Arts
Homenagem a João Bénard da Costa (1935-2009).
Alexandre Lucas Coelho in Público 21 de Maio, 2009.
Peggy Lee - Johnny Guitar (1954)
Johnny Guitar filme de Nicholas Ray, 1954
60 anos de uma nação: 1958
Os Aliados ocidentais não cedem às exigências de Moscovo. O ultimato passa sem qualquer intervenção por parte da União Soviética. A crise de Berlim parece atenuada, está agendada uma conferência em Genebra em Maio do ano seguinte.
Imagens: Viagem à Itália; Elvis Presley; Nikita Chruschtschow
As crónicas de João Bénard da Costa
Lisboa: Assírio e Alvim, 2003
Lisboa: Assírio e Alvim, 2007
Lisboa: Assírio e Alvim, 2007
A Cinemateca Portuguesa deveria recolher em livro as magníficas "folhas de sala" que João Bénard da Costa escreveu para apresentação de inúmeros filmes exibidos nas suas salas, ao longo de vários anos.
Em Bruges - 4
«Muitos bons viajantes, como o cisne, emigram para viver. Mas esse mesmo cisne, que não presta para comer o desperdiçado do homem pela sua beleza e graça, o cisne, digo, tão comum na Itália antigamente e de que Virgílio tanto fala, hoje, é lá muito raro. Debalde se buscariam agora essas alvas frotas, que argenteavam com suas velas as águas do Mincio, os pauis de Mântua, chorando Faetonte à sombra das suas irmãs ou no seu voo sublime, canoros levando aos astros o teu nome, ó Varo.
«Este canto, que toda a Antiguidade cita, será mera fábula? Os órgãos músicos, tão desenvolvidos no cisne, ter-lhe-ão sido sempre inúteis? Não funcionariam eles em ditosa liberdade, quando o seu dono gozava de uma atmosfera mais quente, passando a maior parte do ano no doce clima da Grécia e da Ausónia? Inclino-me a crê-lo. O cisne, obrigado a ir para o Norte, onde os seus amores ainda acham o segredo e a paz, sacrificou o seu canto, adoptou o acento bárbaro ou calou-se. A musa expirou: a ave sobreviveu.»
Jules Michelet
In: A ave / trad. F. L. Lopes. Lisboa: Nova Livr. Internacional, 1876, p. 47
Sonho de uma Noite de Verão, William Shakespeare.
Sonho de uma Noite de Verão
O duque de Teseu, ao cabo das atribulações nocturnas dos amantes na floresta, exprime aqui a voz do cepticismo racionalista, ao passo que a sua futura esposa, Hipólita, defende os poderes do sonho e da imaginação.
HIPÓLITA- Estranho, meu Teseu, o que os amantes dizem.
TESEU – Mais estranho que certo. Nunca creio
Contos de fadas, fábulas antigas.
Loucos e amantes têm cabeça quente,,
Formando fantasias envolventes
Mais do que a fria razão compreende.
O lunático, o amante e o poeta
São todos feitos de imaginação.
Um vê mais demónios do que há no inferno:
Esse é louco. O amante, todo emoção,
Vê a beleza de Helena em toda a fronte.
Os olhos do poeta, em alvo postos,
Vão do céu à terra e da terra ao céu;
E como a imaginação arquitecta
O desconhecido, a pena do poeta
Dá-lhe formas, e confere ao que é nada
Uma existência própria e dá-lhe um nome.
Tais artes tem a imaginação forte
Que, se puder sentir uma alegria,
Ela incluirá quem traz essa alegria;
Ou à noite, se o medo imaginar,
Fará dum arbusto um urso a espreitar!
HIPÓLITA – Mas contada toda a história da noite.
Suas mentes, tão alteradas todas,
Atestam mais que imagens fantasistas,
E cresce em substância qualquer coisa;
Seja o que for, estranho e admirável.
[…]
OBERON – Agora até alvorada,
Vá pela casa cada fada
A melhor noiva escolher,
Sua cama abençoar;
E o filho que lhe nascer
Com tudo de bom fadar.
E serão os três casais
Ao amor sempre leais
E os sinais da natureza,
Que desfeiam a beleza
Mancha ou lábio leporino
Ou cicatriz do destino,
Nunca seus filhos terão.
Prestai então atenção:
Cada fada vá voando
Cada quarto abençoado
Neste palácio amoroso;
Sempre descanse feliz.
Que se faça o que se diz.
Vão todas, sem excepção:
Pela alvorada voltarão. (V,1)
William Shakespeare, Sonho de uma Noite de Verão, trad. Maria Cândida Zamith, Porto: Campo das Letras, 2002, p.136
William Shakespeare's "A Midsummer Night's Dream" - 1968 film Directed by Peter Hall
This clip starts with Act 2, scene 2, line 35 (Pelican edition) to end of scene, line 156 (Hermia awakes and ends speech with "Either death, or you, I'll find immediately."
Mulher com Colar de Pérolas no Camarote, Mary Cassatt!
quinta-feira, 21 de maio de 2009
A Ascensão de Cristo: duas perspectivas!
A ESPIGA
Esta bonita cantiga
É cantada alegremente
Por toda a população
Oh! ih! oh! ai!
Até eu já canto a espiga
E por isso toda a gente
Vai gramá-la que nem pão.
I
Com o vinho dos pichéis
Embebedam-se as moçoilas,
E sem meias nem ceroilas
Aparecem os Maneis.
Depois deitam-se nos prados,
De barriga para o ar,
E entre as canas dos valados
Ouve a gente murmurar:
Maria, muda a água às azeitonas!
Cachopa, tu não chupes na cereja!
E as uvas lá da quinta me abandonas
Vai à fava, que eu então vou à craqueja.
II
Quando vão pelos caminhos
Ao voltar da romaria,
Os marotos dão beijinhos
Dão beijinhos na Maria.
E de noite ao pé do poço
O Manel que tem cantiga
Com beijocas no pescoço
Diz assim assim à rapariga:
Maria, muda a água às azeitonas!
Cachopa, tu não chupes na cereja!
E as uvas lá da quinta me abandonas
Vai à fava, que eu então vou à craqueja.
Canção da revista Pistotira
DIA DA ESPIGA
Oh! ih! oh! ai!
Esta vida é uma cantiga,
E este dia d’alegria,
Vale um ano de aflição.
Oh! ih! oh! ai!
Porque este dia da espiga
É o arauto do Dia,
Em que o trigo há-de dar pão.
I
A Espiga
Jorra o vinho dos pichéis
Para os lábios das moçoilas,
Mais vermelhas que papoilas
Co’ as larachas dos Maneis.
Há merendas pelos prados,
Gargalhadas pelo ar,
E à beirinha dos valados
Ouve a gente murmurar:
Refrão
Maria, são teus olhos azeitonas!
Cachopa, são teus lábios qual cereja!
E os teus seios, cachos d’uvas que abandonas
À vindima desta boca que os deseja!...
II
A Espiga
Tomam todos os caminhos
Um sabor de romaria,
E até mesmo os pobrezinhos
Fingem ter certa alegria…
E, na volta, já sentindo
Que foi tudo um sonho em vão,
Inda há ecos, repetindo
Pelo espaço esta canção:
Refrão
Maria, são teus olhos azeitonas!
Cachopa, são teus lábios qual cereja!
E os teus seios, cachos d’uvas que abandonas
À vindima desta boca que os deseja!...
Canção da revista Cabaz de Morangos
Novidades - 50 : Da abdicação
As explicações por vezes avançadas como senilidade precoce, cansaço do poder ou procura espiritual não explicam por completo alguns destes casos.
Se calhar o maior acto de exercício do poder absoluto é renunciar ao exercício desse poder, especialmente quando se está no auge da glória.
- Le pouvoir d' abdiquer. Essai sur la déchéance volontaire, Jacques Le Brun, Gallimard, 278p., Abril de 2009, 21€50.
As nossas 7 plantas em risco
Estas sete espécies de plantas só existem em Portugal, e estão classificadas como em "perigo crítico de extinção" de acordo com o Plano Nacional de Conservação da Flora em Perigo.
Passear no Tejo
Descoberto o mistério
Ao percorrer o Flos Santorum, impresso em Lisboa, por Hermão de Campos, em 1513, encontrei uma imagem semelhante à representada para S. Nicolau, mas desta vez aparentemente só com um personagem na tina (embora esta esteja cortada). Figurava a ilustrar a traslação de Santo Ildefonso, como se pode observar pela imagem seguinte:
Começou nova pista e se fosse uma trasladação o representado. Olhei para o calendário inscrito naquela folha e havia a invocação de duas trasladações: S. Bernardo e S. Domingos. Analizei a lengenda áurea de cada um destes santos. Não consegui enquadrar nada com eventual com eventual presença de uma bispo e a descoberta de um corpo (Como acontece no caso de Santo Ildefonso).
Voltei a ler a vida de S. Nicolau. E fez-se luz!
As Relíquias de São Nicolau foram trasladadas de Mira para Bari em 1087, sendo guardado e festejado esse facto a 9 de Maio no calendários mais antigos e, ainda hoje, na Igreja eslava assim como em Bari (capital da Apúlia, Itália).
Fui à investigação que tinha feito em outros livros de horas de finais do século XV e começo do século XVI. Quando aparece alguma liturgia nesse dia 9 de Maio é a da trasladação de S. Nicolau.
Este livro de horas português (1501) é até agora, na minha investigação, o primeiro que reserva esse dia para "S. Gregório Nazanzeno" ou "S. Gregório Nazianzo", bispo.
Desculpem se vos "chaguei"... mas o desafio de vos explicar e pedir ajuda... ajudou-me a encontrar a solução.
Culinária árabe
A lenda de S. Nicolau
Segundo alguns existem três significados para as figurinhas representadas junto da imagem de S. Nicolau (festejado a 6 de Dezembro).
A lenda mais conhecida seria a de ter livrado da prostituição três filhas de um comerciante falido, dando a cada uma delas o dote necessário para o casamento. Por isso aparecem três "moedas/besantes/sacos" de ouro sobre o livro (lenda ocidental), donde terá vindo a lenda que o liga ao Pai-Natal.
A segunda lenda é que teria ressuscitado três crianças assassinadas por um açougueiro, que as teria cortado aos pedaços e jogadas dentro de um barril para serem servidas como carne salgada. Por isso aparecem as três figuras, nuas, levantando-se de dentro do barril (lenda bizantina).
A terceira lenda coloca S. Nicolau como defensor dos injustiçados e oprimidos. A lenda tem dois momentos; num primeiro momento terá impedido que três inocentes fossem injustamente executados pelo Governador Eustáquio, acabando este por reconhecer que os condenara por suborno. Assistiram ao milagre três oficiais que mais tarde são condenados, também injustamente à morte. S. Nicolau apareceu, durante um sonho, ao Imperador Constantino e terá provado a inocência dos três oficias, sendo, por isso, postos em liberdade. O Imperador interrogou os prisioneiros e eles disseram-lhe que tinham evocado o bispo Nicolau para provar a sua inocência. O Imperador pediu bispo que rezasse pela paz do Mundo (lenda Russa).
Na gravurazinha que pretendo identificar aparecem três figuras saindo de um barril/tina o que ajuda a ligação ao milagre de ressurreição.
Qual é o Santo que é comemorado no mês de Maio, que seja bispo, e esteja ligado a uma ressurreição???
Dia da Espiga: O Sagrado e o Profano.
60 anos de uma nação: 1957
PASSADO, PRESENTE, FUTURO
O presente…. O presente não existe:
Le moment où je parle est déjà loin de moi.
O futuro diz o povo que a Deus pertence.
A Deus… Ora, adeus!
Manuel Bandeira
In: Estrêla da tarde. Rio de Janeiro: Livr. José Olympio, 1963, p. 31
Que Santo será este, festejado no mês de Maio?
Como todos sabem os Livros de Horas são precedidos por um Almanaque e por um Calendário Eclesiástico. Nele se inscrevem os diferentes Santos que são sufragados pela Igreja em cada dia do ano. Os mais importantes costumam ser representados nas miniaturas que ilustram as folhas do calendário.
Esta folha que vos apresento (em que estão inscritos os santos cujo dia festivo vai de 20 de Novembro - dia de São Estêvão -, a dia 10 de Dezembro - dia de Santa Eulália -) encontra-se adornada (lado esquerdo) por Santa Catarina - observância a 25 de Novembro -, Santa Bárbara - observância a 4 de Dezembro -, e São Nicolau - observância a 6 de Dezembro, todos representados com os atributos próprios.
Já nesta folha, referente aos dias 3 a 30 de Maio, aparece adornada por S. João (porta latina) e por um Santo Bispo representado pela mesma imagem que vai ser utilizada para S. Nicolau.
Quem será este Santo?
Bispos festejados, nos finais do século XV, entre 7 e 30 de Maio (e digo 7, porque a primeira imagem refere-se ao dia 6) são os seguintes:
dia 9 - S. Gregório Nazianzo, bispo
dia 20 - S. Bernardino de Sena, bispo e confessor
dia 26 - S. Agostinho de Cantuária, bispo
dia 28 - S. Germano de Paris, bispo e confessor
Não me repugna que o representado seja Santo Agostinho, 1.º bispo de Cantuária, e as três figurinhas simbolizassem os convertidos ingleses.
Algum leitor deste blogue tem alguma sugestão melhor?
Lewis Carroll, o teatro e os Pré-Rafaelitas. 3
“Foi como que um delicioso sonho acordado poesia da mais bela. Eis a verdadeira finalidade, a genuína função do teatro: elevar o espírito acima de si próprio, libertá-lo da mesquinhez das preocupações do dia-a-dia...”
Joseph Noel Paton, O Sonho de uma noite de Verão: A discussão e Reconciliação de Oberon e Titânia (1847)
Também o pintor Richard Dadd alimentou a sua fértil imaginação. Como personagens destes dois quadros podem encontrar-se fadas, duendes, pequenos seres e uma atmosfera de fantasia e doçura tão do agrado de Carroll.
Richard Dadd, O Golpe de Mestre do lenhador Mágico
Os textos que criou foram influenciados pela arte, a fotografia e o teatro.
Stphen Lovett Stoffel, Lewis Carroll no país das maravilhas, Lisboa: Quimera, 2003, (tradução de Margarida Viegas) p. 46 a 54.
AH, A MÚSICA, Ruy Belo!
Quem terá deixado esquecida
esta música ouvida num canto da rua?
Ninguém de quem passa nela repara
No entanto - é ela - faltava
no dia de chuva
no meu dia de chuva?
Meu seria decerto este dia
pois por mais precário que eu seja
nenhuma chuva fora podia
cair se acaso em mim não caísse
Cai chuva e há música em meu coração
Era mera ilusão o dia de chuva
Ruy Belo, Todos os Poemas, Lisboa:Assírio & Alvim, Poemário 2009
E do poema para a música. Quem ainda se lembra dos Supertramp?
Supertramp - It's Raining Again
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Novidades - 49 : Canibalismo em 1870
- Mangez-le si vous voulez, Jean Teulé, Julliard, 129p, 17€, Maio de 2009.
Conhecem Krystle Warren ?
60 anos de uma nação: 1956
A mulher mais bela do mundo chama-se Petra Schürmann, é alemã, oriunda de Mönchen-Gladbach e conta 21 jubilosas primaveras. A estudante de Filosofia, Filologia e Geografia da Universidade de Colónia alcança o título Miss World 1956 em Londres. Como prémio, recebe um cheque de 500 libras e um automóvel.
Imagens: cartaz do filme "Immer wenn der Tag beginnt", um "clássico" do cinema alemão dos anos 50; slogan sindical; Petra Schürmann; tendências da moda feminina no final dos anos 50 (primeira foto da autoria de Rico Puhlmann)