sábado, 1 de maio de 2010
Flores, Diego Rivera - 1º de Maio.
Ainda bem que está sol...
Mês das flores
Cantiga de Maio
Esta vida é de enganos
Esta vida é de enganos
Ganha quem pode ganhar
Eu, para o peixe crescer
Muito tenho de soprar
Lisboa: vendedeira de peixe
Emma Goldman, a propósito do 1.º de Maio
Lisboa: Assírio & Alvim, 2008
«[...] a 1 de Maio de 1886, uma imensa onda grevista assolou o país. Só em Chicago, que encabeçava o movimento, paralisaram incialmente vinte e cinco mil trabalhadores mas, três dias passados, a grande cidade estava em greve geral. Entretanto, ocorriam por todo o lado confrontos sangrentos entre a polícia e mercenários e os trabalhadores. O ataque mais brutal foi sobre os grevistas da McCormick Harvester Company de Chicago, onde a polícia e os Pinkertons desfecharam deliberadamente rajadas matando quatro trabalhadores e ferindo outros em elevado número.
http://www.boisestate.edu/socwork/dhuff/us/EXTRA%20IMAGES/haymarket%20(Small).jpg
«Contra este assassínio a sangue-frio, foi convocada uma reunião maciça de protesto para o dia 4 de Maio, em Haymarket Square, que decorreu pacificamente. Apesar de o próprio Mayor de Chicago, Carter Harrison, ao sair do local, ter informado o chefe da polícia de que tudo se estava a passar ordeiramente, pelas dez horas da noite, já com o último orador – Samuel Fielden – na plataforma e muitas pessoas a dispersar, o Capitão Ward irrompeu por entre os manifestantes que restavam com uma força policial, batendo impiedosamente em homens e mulheres. Então, inesperadamente, algum objecto voou a zunir pelo ar: era uma bomba que explodiu matando um polícia e ferindo vários. Os tiros de resposta sobre a multidão em fuga acabaram por matar mais seis polícias e muitos civis. O número total de mortos foi de sessenta e sete, a maioria devido a ferimentos de balas e não a estilhaços da bomba. Não se descobriu o bombista, nem a polícia fez grandes esforços para o identificar; em vez disso, prendeu todos os oradores e uns tantos anarquistas conhecidos. A polícia e os jornais inflamaram a opinião pública contra os trabalhadores contra os políticos de esquerda, contra os anarquistas em particular.
«De volta a casa, Emma Goldman estava certa do que sempre suspeitara: George Engel, Samuel Fielden, Adolph Fischer, Louis Lingg, Óscar Neebe, Albert Parsons, Michael Schwab, August Spies – ameaçados com a pena máxima – e os outros homens de Chicago estavam inocentes. Tinham sido apanhados numa armadilha. No entanto, uma dúvida permanecia. Greie falara deles como socialistas, mas os jornais acusavam-nos de perigosos anarquistas bombistas. Afinal o que era o anarquismo?» (p. 30, 33)
Desenho de Walter Crane, 1894
Isto é história?
«Na segunda metade de Julho de 1966, realizou-se, nos estádios da Grã-Bretanha, a parte final do Campeonato Mundial de Futebol, em que o nosso país obteve um ressonante terceiro lugar. O interesse do público transferiu-se para os grandes encontros em que a selecção lusa participou. Dir-se-ia que os restantes aspectos pouco ou nada contaram para as multidões que se reviam, em Portugal, nos actos que mais acendiam a vibração nacional. [...].»
Joaquim Veríssimo Serrão - História de Portugal (1960-1968). Lisboa: Verbo, 2010, p. 222
Hoje na FNAC, abri este livro 'ao calhas' e comecei a ler o que atrás transcrevi. Depois, andei um pouco para trás e li umas quantas linhas sobre a crise académica de 1962, qualquer coisa semelhante a umas páginas autobiográficas.
Sessão da Noite do último dia do mês
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Não Tenho Avesso - As Noites Afluentes (IV)
NÃO TENHO AVESSO
Sou como sou, não tenho avesso,
nem outro rosto por detrás
deste que te olha do interior de mim.
A minha voz é o pensamento revelado
sem meandros nem sombras.
Quando falo estou em equação com os outros,
sou um número exacto, não a incógnita.
Quem me quiser basta olhar-me de frente,
dizer ao que vem com palavras de dentro
e a porta se abrirá como um abraço.
Mas se a porta ficar fechada,
volta apenas quando
os meus olhos não tropeçarem
na voz enganosa que me chama.
António Arnaut, As Noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p.145
«Foi uma ideia que lhe surgiu pela hora do jantar»...
Li isto na crónica de Carla H. Quevedo, no Metro de hoje.
PENSAMENTO(S) - 120
Novidades - 128 : Repórteres sem Fronteiras
Galo, galinha ou pinto?
http://osmanos.blogs.sapo.pt/arquivo/papoilas.jpg
Lisboa : Terreiro do Paço
Quando todo o trânsito era feito pela Rua da Alfândega e Rua do Arsenal. Como podem observar, não havia ligação junto ao Rio.
Livros de cozinha - 26
xxxxParis: Flammarion, 2009
xxxx€45,00
Chalé das Canas
Esta obra, da autoria de António Cordeiro Feio, que foi administrador do parque do Campo Grande, era considerada na época um «modelo de bom gosto e perfeição» (Manuel Rui dos Santos - O Campo Grande). Vejamos então:
«Tudo ali é perfeito e digno da mais detida inspecção.
«Tudo isto realçado ainda pela riqueza duma ornamentação que não obedece a modelos, que não segue escolas, nem copia estilos, formada de delgados juncos, vimes e variadas espécies de bambus e canas vulgares.»
(In: O Tiro Civil, Lisboa, 1 Abr. 1903, p. 2)
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Dia Mundial da Dança - 10
Dançado por Gustavo Naveira e Giselle Anne.
«Le tango, je me demande pourquoi ça se danse debout!»
Sacha Guitry (1885-1957)
«A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.»
George Bernard Shaw
Dia Mundial da Dança - 9
Dia Mundial da Dança-8
Dia Mundial da Dança -3
Dia Mundial da Dança - 1
Jean-Baptiste Perroneau (1715-1783) - Retrato de Jean-Georges Noverre
Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre
O Ciclo da Vida - As Noites Afluentes (III)
António Arnaut, As Noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p.99
quarta-feira, 28 de abril de 2010
S. Carlos
Jorge Salavisa ficará à frente da OPART - que tutela o S. Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.
Martin André ficará como director artístico do Teatro S. Carlos.
Martin André, maestro britânico, já esteve para dirigir a Orquestra Sinfónica Portuguesa (em 1992), mas um "golpe de rins", por parte do Ministério da Cultura, levou à nomeação de um outro director.
Da (in) disciplina escolar...
Situação que já deve ter acontecido a vários dos meus amigos professores, embora sem reagirem como o docente que aqui vemos. Seguramente, com muita pena...
Textos e contextos... As Noites Afluentes (II)
Auto-retrato(s) - 52
Poemas - 2
Matilhas de várias tribos
quiseram calar-me o canto,
a troco de alguns recibos
no valor não sei de quanto.
Pus-me a pensar em Camões...;
no que diria o Mishima...
- E, a cifras e cifrões,
opus rima atrás de rima.
Se a mesma teia de aranha
tolheu o Ezra Pound,
- nesse caso, pois que venha
de lá o último round!
Mudo não fico; nem mudo
de alma, e pele, até ao fim.
Podem privar-me de tudo,
que não me privam de mim!
-Rodrigo Emílio ( 1944-2004 ) , in Antologia Poética, pref. de A.M. Couto Viana, org. de Bruno Oliveira Santos, Areias do Tempo, 2010, p. 255.
José V. de Pina Martins
As três deusas (Cloto, Láquesis e Átropos) que fiavam, dobravam e cortavam o fio da vida.
Tive hoje tristes notícias de um amigo. Átropos cumpriu a sua missão. Até à Ilha de Orféu.
A Pina Martins devo-lhe a publicação do meu primeiro trabalho universitário que conheceu o prelo; já lá vai uma vida.
Eugénio e o ódio
Livros de cozinha - 25
Leonor de Sousa Bastos - Flagrante Delícia
Carnaxide: Objectiva, 2010
€25,00
Conhecem este blogue? http://www.flagrantedelicia.com/ Agora saiu um livro a não perder. Tem doces que nos deixam no paraíso.
Para 40 unidades (20 pares de bolachas)
Massa dos alfajores:
112 g de maizena
Pré-aquecer o forno a 250ºC.
Rechear cada par de alfajores com dulce de leche.
Os alfajores são típicos da América do Sul.
Citações - 84 : Para a Reforma de Roma Antiga
- Maria João Sande Lemos, do Nós Somos Igreja, entrevistada na Visão da semana passada.
Estou completamente de acordo com o que diz a Maria João Sande Lemos, que tem razão há muitos anos... Aproveito para esclarecer que o título deste post é uma homenagem ao meu querido amigo Pedro Franco, que escreveu um artigo assim intitulado há já alguns anos. Mas "Roma Antiga" não se reforma facilmente...
O outro hino...
Leituras no Metro - 15
Lisboa, Arq. Fot. CML, PT/AMLSB/AF/SEX/000163
Antes vê-lo desdentado
Do que velho de chinó.»
Manuela de Azevedo
In: Memória de uma mulher de letras. Porto: Afrontamento, 2010, p. 63
Para o Jad que tem um postal semelhante a esta foto. Podias mostra-lo-no, sff.
V Gala Internacional de Bailado
29 e 30 Abril, 21h00
Teatro Camões
Lisboa
terça-feira, 27 de abril de 2010
Na companhia de Gustav Mahler!
Interpretação: Philadelphia Orchestra
maestro: Christoph Eschenbach
Japão, Toquio, Suntory Hall, 2005 (22.Maio)
Livros de cozinha - 24
Gavião: Ramiro Leão, 2009
«Falemos de marmelada.» Assim começa o texto introdutório de Manuel Gonçalves da Silva, a que se segue uma selecção de receitas de Hugo Campos, tais como: «Amores das traseiras do convento», «Amorzinhos de noviça», «Argolas de abadessa», etc. Termina com «Deixa-me no paraíso», que um dia hei-de experimentar.
Gavião: Ramiro Leão, 2009
Deste folheto, pode provar-se, por exemplo, «Lingueirão encamizado» ou «Coxa depilada bronzeada». Mas há mais!...
Gavião: Ramiro Leão, 2009