sábado, 1 de maio de 2010

Lisboa: Onde se pode encontrar um bibliófilo ao sábado à tarde?


http://www.nossoskimbos.net/CalcadaPortuguesa/images/l1_MercadoRibeira01_jpg.jpg

Flores, Diego Rivera - 1º de Maio.

Seguindo o mote de MLV fui à procura de flores que fizessem lembrar os trabalhadores e homenageassem o mês das flores.
Diego Rivera, El Venedor de Alcatraces
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Ainda bem que está sol...


Ainda bem que está sol, porque vou agora fugir de casa, não por "alergia " à organização supra, que domina grande parte do meu horizonte, ou ao Dia do Trabalhador, mas sim porque o ruído ( especialmente os bombos...) está a ficar um bocadinho incomodativo... E os discursos ainda nem começaram.

Mês das flores

Como Maio é o mês da Primavera dedico a primeira vinheta do mês às flores. O cacto Schlumbergera Truncata embora comum entre nós tem origem no Brasil e é um exemplar apreciado pelas suas flores, de várias cores, que lembram um camarão. O nome cacto surgiu do termo "cactus" (flores com espinhos) dado pelo grego Teofrasto, discípulo de Aristóteles e considerado o Pai da Botânica, por ter sido o primeiro a formular uma terminologia descritiva das plantas. Segundo o Feng Shui os cactos são plantas purificadoras do ambiente agindo como uma barreira contra os raios gama emitidos pelos equipamentos electrónicos.

Cantiga de Maio

Adoro esta Maio Maduro Maio do Zeca Afonso, e confesso que hesitei bastante sobre qual das versões ia postar aqui: se a da Nara Leão, ou a também belissíma dos Madredeus. Este ano "ganhou" a Nara.

Chaplin - Tempos Modernos!

1º de Maio, Dia do Trabalhador, com o humor satírico de Chaplin.


«As mulheres coram por ouvirem falar daquilo que não receiam de modo algum fazer.»
Montaigne (1533-1592)

Esta vida é de enganos


Esta vida é de enganos
Ganha quem pode ganhar
Eu, para o peixe crescer
Muito tenho de soprar


Lisboa: vendedeira de peixe

Emma Goldman, a propósito do 1.º de Maio


Lisboa: Assírio & Alvim, 2008

«[...] a 1 de Maio de 1886, uma imensa onda grevista assolou o país. Só em Chicago, que encabeçava o movimento, paralisaram incialmente vinte e cinco mil trabalhadores mas, três dias passados, a grande cidade estava em greve geral. Entretanto, ocorriam por todo o lado confrontos sangrentos entre a polícia e mercenários e os trabalhadores. O ataque mais brutal foi sobre os grevistas da McCormick Harvester Company de Chicago, onde a polícia e os Pinkertons desfecharam deliberadamente rajadas matando quatro trabalhadores e ferindo outros em elevado número.

http://www.boisestate.edu/socwork/dhuff/us/EXTRA%20IMAGES/haymarket%20(Small).jpg
«Contra este assassínio a sangue-frio, foi convocada uma reunião maciça de protesto para o dia 4 de Maio, em Haymarket Square, que decorreu pacificamente. Apesar de o próprio Mayor de Chicago, Carter Harrison, ao sair do local, ter informado o chefe da polícia de que tudo se estava a passar ordeiramente, pelas dez horas da noite, já com o último orador – Samuel Fielden – na plataforma e muitas pessoas a dispersar, o Capitão Ward irrompeu por entre os manifestantes que restavam com uma força policial, batendo impiedosamente em homens e mulheres. Então, inesperadamente, algum objecto voou a zunir pelo ar: era uma bomba que explodiu matando um polícia e ferindo vários. Os tiros de resposta sobre a multidão em fuga acabaram por matar mais seis polícias e muitos civis. O número total de mortos foi de sessenta e sete, a maioria devido a ferimentos de balas e não a estilhaços da bomba. Não se descobriu o bombista, nem a polícia fez grandes esforços para o identificar; em vez disso, prendeu todos os oradores e uns tantos anarquistas conhecidos. A polícia e os jornais inflamaram a opinião pública contra os trabalhadores contra os políticos de esquerda, contra os anarquistas em particular.
«De volta a casa, Emma Goldman estava certa do que sempre suspeitara: George Engel, Samuel Fielden, Adolph Fischer, Louis Lingg, Óscar Neebe, Albert Parsons, Michael Schwab, August Spies – ameaçados com a pena máxima – e os outros homens de Chicago estavam inocentes. Tinham sido apanhados numa armadilha. No entanto, uma dúvida permanecia. Greie falara deles como socialistas, mas os jornais acusavam-nos de perigosos anarquistas bombistas. Afinal o que era o anarquismo?» (p. 30, 33)

Desenho de Walter Crane, 1894

sem comentários


Foi publicada pelo Diário de Notícias.

Isto é história?

O campeonato do mundo em futebol
«Na segunda metade de Julho de 1966, realizou-se, nos estádios da Grã-Bretanha, a parte final do Campeonato Mundial de Futebol, em que o nosso país obteve um ressonante terceiro lugar. O interesse do público transferiu-se para os grandes encontros em que a selecção lusa participou. Dir-se-ia que os restantes aspectos pouco ou nada contaram para as multidões que se reviam, em Portugal, nos actos que mais acendiam a vibração nacional. [...].»
Joaquim Veríssimo Serrão - História de Portugal (1960-1968). Lisboa: Verbo, 2010, p. 222

Hoje na FNAC, abri este livro 'ao calhas' e comecei a ler o que atrás transcrevi. Depois, andei um pouco para trás e li umas quantas linhas sobre a crise académica de 1962, qualquer coisa semelhante a umas páginas autobiográficas.

Sessão da Noite do último dia do mês


Terminou há pouco, no canal Hollywood, a exibição de um lindíssimo filme dirigido por Steven Spielberg: Império do Sol. O filme muito criticado pelos habituais detractores do realizador, que acabaram por se lhe render, relata uma história da segunda guerra mundial, vivida na China invadida pelos japoneses, onde um miúdo inglês de 11 anos sobrevive devido às suas inteligência e coragem e nos mostra os horrores da guerra, da violência dos japoneses à bomba de Hiroshima e Nagasaki. Mas também a amizade entre o jovem prisioneiro e um jovem piloto kamikaze.



Neste filme foi revelado um jovem actor, Christian Bale, o protagonista,que faz um papel extraordinário. Bale, é um dos poucos actores que foram lançados em criança e prossegiu a sua carreira na idade adulta, aliando um grande talento à beleza física, em filmes tão diferentes como Henrique V , Psicopata Americano,Batman ou Inimigos Públicos, mostrando a sua versatilidade.
A par da actuação de Christian Bale, John Malkovich, Miranda Richardson e Nigel Havers, há a destacar a fotografia e a lindíssima banda sonora.
Rever este filme foi uma noite bem passada, neste final de Março.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Não Tenho Avesso - As Noites Afluentes (IV)

Julgo que muitos políticos deviam ler este poema.
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Detalhe da pintura de José Daniel Abrunheiro


NÃO TENHO AVESSO

Sou como sou, não tenho avesso,
nem outro rosto por detrás
deste que te olha do interior de mim.

A minha voz é o pensamento revelado
sem meandros nem sombras.
Quando falo estou em equação com os outros,
sou um número exacto, não a incógnita.

Quem me quiser basta olhar-me de frente,
dizer ao que vem com palavras de dentro
e a porta se abrirá como um abraço.

Mas se a porta ficar fechada,
volta apenas quando
os meus olhos não tropeçarem
na voz enganosa que me chama.

António Arnaut, As Noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p.145

São servidos?


Só de uma, porque já há poucas.

«Foi uma ideia que lhe surgiu pela hora do jantar»...

Assim se explicou a juíza-presidente do Tribunal de Matosinhos, justificando a decisão de condenar um homem, que sufocou a filha de sete anos, a 16 anos de prisão. A pena máxima não foi aplicada porque «o tribunal ficou sem saber qual a motivação» para o homicídio.
Li isto na crónica de Carla H. Quevedo, no Metro de hoje.
E qual poderia ser a motivação para matar uma filha de sete anos?

PENSAMENTO(S) - 120

A religião quer-se como o sal na cozinha: nem de mais nem de menos.

Não sei se este dito que aprecio bastante tem pai ou mãe conhecidos, mas aqui é dedicado ao nosso João Mattos e Silva que saberá porquê :)

Novidades - 128 : Repórteres sem Fronteiras

Este álbum publicado pela agência Magnum, a lendária organização de fotógrafos, assinala os 25 anos da organização Repórteres sem Fronteiras, sendo que o valor obtido com as vendas destina-se à organização.

- 101 photos pour la liberté de la presse, Magnum Photos, €9,90, 2010.

Bom dia!

Com o jovem Harper Simon a cantar Shine. E de quem é que o Harper é filho? É fácil.

Galo, galinha ou pinto?


http://osmanos.blogs.sapo.pt/arquivo/papoilas.jpg

Quando encontrar estes botões de papoila por abrir, pergunte a quem estiver consigo: «Galo, galinha ou pinto?» Foi o que me perguntaram e eu perguntei, ontem. Depois abra-os e veja de que cor são. Saíram dois galos (vermelho) e uma galinha (rosa); o pinto (branco) é raro. Não acertámos nenhum.

Lisboa : Terreiro do Paço


Quando todo o trânsito era feito pela Rua da Alfândega e Rua do Arsenal. Como podem observar, não havia ligação junto ao Rio.

Livros de cozinha - 26



xxxxParis: Flammarion, 2009
xxxx€45,00
História da alimentação, da pequena refeição aos banquetes, do que constitui a mesa dos operários e da burguesia. Através de fotos, documentos e receitas, Dominique Missika e Anne Schuman retratam a evolução deste ritual francês, que sofreu grandes modificações, ao longo do século XX, quer pela generalização do uso de gás, do aparecimento de novos electrodomésticos e da melhoria das condições de vida da população.

Lisboa: Castelo de S. Jorge ainda


Neste postal pode-se ver melhor o castelo em 1910.

Lisboa: Castelo de S. Jorge

ostaLisboa vista de S. Pedro de Alcântara

O mesmo enquadramento com diferença de 100 anos.

Chalé das Canas


Há dias deparou-se-me este postal (a que se juntaram outros dois, enviados por mão amiga), que resolvi colocar, dado a maior parte das pessoas (parece-me) desconhecer ter existido um Chalé das Canas até aos anos 30 do século passado, junto ao Palácio Pimenta, actual Museu da Cidade.
Esta obra, da autoria de António Cordeiro Feio, que foi administrador do parque do Campo Grande, era considerada na época um «modelo de bom gosto e perfeição» (Manuel Rui dos Santos - O Campo Grande). Vejamos então:

«[…] o seu microscópico museu, mais conhecido pelo Chalé das Canas […].
«Tudo ali é perfeito e digno da mais detida inspecção.
«Desde as portas bordadas a lasulite, que deixam penetrar nesta mansão rendilhada, habitada sem dúvida por hariolos e fadas, os indecisos vapores violáceos e argênteos das correntes vivas que alimentam vários aquários, onde peixes exóticos e indígenas se misturam e ostentam formas esquisitas e fantásticas, até às tépidas transparências das janelas ogivais, com enfeites de plantas campestres, coando apenas a luz tão intensa do exterior. […]
«Tudo isto realçado ainda pela riqueza duma ornamentação que não obedece a modelos, que não segue escolas, nem copia estilos, formada de delgados juncos, vimes e variadas espécies de bambus e canas vulgares.»
(In: O Tiro Civil, Lisboa, 1 Abr. 1903, p. 2)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia Mundial da Dança - 10


Dançado por Gustavo Naveira e Giselle Anne.

«Le tango, je me demande pourquoi ça se danse debout!»
Sacha Guitry (1885-1957)

«A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.»
George Bernard Shaw

Dia Mundial da Dança - 9

Termino a minha homenagem ao "dia Mundial da Dança" com uma bailarina que comparo a uma borboleta: Polina Semionava. Ela nasceu em Moscovo em 1984 e estudou na Escola de Ballet do Teatro de Bolshoi. Escolhi uma peça contemporânea, uma canção de Herbert Grönemeyer.

Dia Mundial da Dança-8

Uma lenda do bailado do séc. XX, a russa Galina Ulanova, na Morte do Cisne, em 1940

Dia Mundial da Dança - 6


Uma bailarina fora de série que tenho pena de nunca ter visto ao vivo.

Dia Mundial da Dança -3

Luís XIV, sobretudo em jovem e antes de se tornar o homem quase obeso que conhecemos dos retratos da sua meia-idade, era um apaixonado da dança e ele próprio um grande dançarino. Ao seu serviço estava Jean-Baptiste Lully, que para ele compôs vários bailados de Corte e, sobre textos de Moliére, comédias-bailados, do qual o mais conhecido é o "Bourgeois Gentihomme", a versão da ópera francesa que reunia a experiência musical italiana e francesa.

No filme "Le Roi Danse", Luís XIV dança "Idylle sur la Paix -pour Madame da Dauphine" , de Lully, que dirige a orquestra e toca violino.




Dia Mundial da Dança - 1


Jean-Baptiste Perroneau (1715-1783) - Retrato de Jean-Georges Noverre

Celebrado anualmente a 29 de Abril, o Dia Mundial da Dança foi estabelecido em 1982 pelo Conselho Internacional de Dança (CID), organização não governamental patrocinada pela UNESCO. A data assinala o nascimento de Jean-Georges Noverre (1727-1810), considerado o criador do bailado moderno. Bailarino e professor de dança, foi o autor da obra Lettres sur la dance, et sur les ballets (Lyon, 1760).
Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Georges_Noverre

O Ciclo da Vida - As Noites Afluentes (III)

A capa do livro: As Noites Afluentes, de António Arnaut, foi feita por José Daniel Abrunheiro que é para mim de uma grande beleza. A digitalização da imagem a partir do livro não permite ter as cores quentes, mais alaranjadas da original.
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José Daniel Abrunheiro. (Óleo)
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Poema alusivo à capa:


António Arnaut, As Noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p.99

quarta-feira, 28 de abril de 2010

S. Carlos

Finalmente temos um novo director do Teatro S. Carlos.
Jorge Salavisa ficará à frente da OPART - que tutela o S. Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.
Martin André ficará como director artístico do Teatro S. Carlos.


Martin André, maestro britânico, já esteve para dirigir a Orquestra Sinfónica Portuguesa (em 1992), mas um "golpe de rins", por parte do Ministério da Cultura, levou à nomeação de um outro director.

Da (in) disciplina escolar...


Situação que já deve ter acontecido a vários dos meus amigos professores, embora sem reagirem como o docente que aqui vemos. Seguramente, com muita pena...

Textos e contextos... As Noites Afluentes (II)

António Arnaut reuniu no livro: As Noites Afluentes textos dispersos que eram escritos ao sabor da pena, do momento e do espírito.
O livro reune pensamentos, poesia, prosa poética, retalhos das inquietudes que a noite não deixa passar. Na voz do autor: "Reúnem-se neste livro, há muito anunciado, escritos que não couberam noutro lugar."


ÁRVORE TUTELAR

A ti me acolho
árvores tutelar da minha infância.

Conheço-te do tempo dos ninhos
quando descobri o mundo
na copa dos teus segredos
e senti no meu tronco
a seiva transbordante do teu corpo.

Por isso volto sempre ao teu regaço
para ver a lua, as estrelas, os pássaros
que pousam nos teus ramos
como os meus olhos em busca
do tempo aventuroso da raiz.

António Arnaut, As noites Afluentes, Coimbra: Coimbra Editora, 2001, p. 26

Auto-retrato(s) - 52

Mário Eloy (1900-1950), - Auto-retrato, 1936-39, óleo sobre tela, 60x52, Museu do Chiado, Lisboa.
Não era este o auto-retrato de Eloy que queria partilhar, mas sim um desenho não datado em que ele tem ao lad0 uma figura feminina gigante com rosto grotesco. Mas nem sempre encontramos o que queremos na ainda assim grande Internet. Optei por este que está no Museu do Chiado e que é um dos auto-retratos de Eloy de que mais gosto.

Poemas - 2

Notícias do bloqueio

Matilhas de várias tribos

quiseram calar-me o canto,

a troco de alguns recibos

no valor não sei de quanto.


Pus-me a pensar em Camões...;

no que diria o Mishima...

- E, a cifras e cifrões,

opus rima atrás de rima.


Se a mesma teia de aranha

tolheu o Ezra Pound,

- nesse caso, pois que venha

de lá o último round!


Mudo não fico; nem mudo

de alma, e pele, até ao fim.

Podem privar-me de tudo,

que não me privam de mim!


-Rodrigo Emílio ( 1944-2004 ) , in Antologia Poética, pref. de A.M. Couto Viana, org. de Bruno Oliveira Santos, Areias do Tempo, 2010, p. 255.

José V. de Pina Martins

(não sei onde se encontra o original aqui reproduzido)

As três deusas (Cloto, Láquesis e Átropos) que fiavam, dobravam e cortavam o fio da vida.

Tive hoje tristes notícias de um amigo. Átropos cumpriu a sua missão. Até à Ilha de Orféu.

A Pina Martins devo-lhe a publicação do meu primeiro trabalho universitário que conheceu o prelo; já lá vai uma vida.
Nessa altura ainda sonhava... ainda tinha sonhos!

Eugénio e o ódio


Mas não só o amor tem estranhos mecanismos, os do ódio não lhe ficam atrás.
- Eugénio de Andrade, in A Cidade e a Poesia.
Ontem à noite, depois de amarga conversa telefónica, dei por mim a pensar exactamente nos estranhos mecanismos do ódio de que fala Eugénio. Por mais que se tente ser-lhe indiferente, não é fácil suportar o ódio alheio, especialmente quando o achamos incompreensível e injustificado.

Livros de cozinha - 25


Leonor de Sousa Bastos - Flagrante Delícia
Carnaxide: Objectiva, 2010
€25,00


Conhecem este blogue? http://www.flagrantedelicia.com/ Agora saiu um livro a não perder. Tem doces que nos deixam no paraíso.

Coloco um, retirado do blogue, que já experimentei - assim uma variante de macarron:


Alfajores com dulce de leche
Para 40 unidades (20 pares de bolachas)

Doce de leite
(ver outra receita aqui):
1 lata de leite condensado
Pôr a lata de leite condensado completamente imersa em água, dentro de uma panela.Levar a lume forte até começar a ferver.
Baixar o lume, mantendo a ebulição e deixar que o leite condensado coza durante 3 horas e meia.Ir acrescentando água à medida que esta evapore.
Abrir em frio, para que a lata não expluda.
Também se pode cozer numa panela de pressão.
As latas de leite condensado cozido podem guardar-se fechadas e ao longo do tempo começam a criar pequenos pedacinhos cristalizados.

Massa dos alfajores:
112 g de maizena
125 g de farinha de trigo
1 ovo
50 g de manteiga amolecida
62 g de açúcar em pó
2 g de levedura química (meia colher de sobremesa)
1 colher de chá de essência de baunilha
Pré-aquecer o forno a 250ºC.
Preparar um tabuleiro com papel vegetal.
Bater a manteiga com o açúcar até que fique cremosa.
Juntar o ovo e a baunilha mexendo até que estejam incorporados.
Adicionar a farinha peneirada com a maizena e o fermento e amassar até que fique uma massa homogénea.
Estender a massa sobre uma superfície ligeiramente enfarinhada com 3-4 mm de grossura.
Cortar bolachas de 5 cm de diâmetro.
Colocar os alfajores no tabuleiro e cozer durante 4-5 minutos.
Os alfajores devem ficar brancos (cuidado para não deixar cozer demasiado).
Retirar do tabuleiro e deixar arrefecer sobre uma grade.
Rechear cada par de alfajores com dulce de leche.
Passar por côco ralado ou cobrir de chocolate.

Os alfajores são típicos da América do Sul.

Bom dia!

Com os Beatles, que gravaram a 28 de Abril de 1966 esta Eleanor Rigby.

Citações - 84 : Para a Reforma de Roma Antiga

(...) Os padres suspeitos de pedofilia devem ser logo suspensos, até se esclarecer. A Igreja Católica excomungou automaticamente a mãe e o médico da menina brasileira de 9 anos que abortou, depois de sucessivamente violada pelo padrasto. A pedofilia é pior. Sou contra a figura da excomunhão, mas, já que existe, os pedófilos, padres ou leigos, devem ser excomungados. Acho extraordinário como conseguiam celebrar missa! Quem se separe e queira casar não pode comungar, e eles tinham a coragem de ir celebrar a eucaristia! Presumo que se confessavam e, nesse caso, que se encobriam uns aos outros. Mas a grande maioria dos padres não é pedófila. (...)

- Maria João Sande Lemos, do Nós Somos Igreja, entrevistada na Visão da semana passada.

Estou completamente de acordo com o que diz a Maria João Sande Lemos, que tem razão há muitos anos... Aproveito para esclarecer que o título deste post é uma homenagem ao meu querido amigo Pedro Franco, que escreveu um artigo assim intitulado há já alguns anos. Mas "Roma Antiga" não se reforma facilmente...

O outro hino...

Esta Sete Voltas Pra Muralha Cair assume-se como uma alternativa ao I Got A Feeling dos Black Eyed Peas, escolhido por Carlos Queiroz como "hino" da Selecção Portuguesa para o Mundial de Futebol da África do Sul, daí a controvérsia gerada. Gilberto Madaíl já veio dizer que o hino da Selecção é o Hino Nacional. E pronto. Mas os americanos vêm cá tocar em breve...


Lisboa: Castelo de S. Jorge


Sei que me pediu o Bilhete-Postal.
Mas este já dá para comparar o castelo...

Leituras no Metro - 15


Lisboa, Arq. Fot. CML, PT/AMLSB/AF/SEX/000163

«[...] volto a lembrar Afonso Lopes Vieira, na altura do restauro do velho e decadente Castelo de S. Jorge, em Lisboa. O poeta de Porto de Mós não gostou do restauro e comentou:
Antes vê-lo desdentado
Do que velho de chinó.
»

Manuela de Azevedo
In: Memória de uma mulher de letras. Porto: Afrontamento, 2010, p. 63

Para o Jad que tem um postal semelhante a esta foto. Podias mostra-lo-no, sff.

«Depois do pão, a educação é a primeira necessidade do povo.»
Danton
Esta epígrafe estava inscrita no cabeçalho do jornal República (Lisboa), em 1911.

V Gala Internacional de Bailado



Além da Companhia Nacional de Bailado, estarão presentes as companhias Ballet Estatal da Baviera, o Ballet Nacional da Holanda, Artists with TokArt, o Ballet da Ópera de Berlim e o Ballet do Teatro Stanislavsky; e exibir-se-ão diversos bailarinos, como: Lucia Lacarra e Marlon Dino, do Ballet Estatal da Baviera; Maria Semenyachenko e Semen Chudin do Ballet do Teatro de Stanislavsky (Moscovo); Drew Jacoby e Rubinald Pronk do Ballet Nacional da Holanda; e Soraya Bruno e Martin Buczko, do Ballet da Ópera de Berlim.

29 e 30 Abril, 21h00
Teatro Camões
Lisboa

Nostalgia...4

Paco de Lucia, John Mclaughlin , Al Di Meola

terça-feira, 27 de abril de 2010

Na companhia de Gustav Mahler!

Gustav Mahler(1860-1911), Sinfonia No. 5, em dó sustenido menor (1901-1902), 1ª parte do IV movimento "Adagietto".

Interpretação: Philadelphia Orchestra
maestro: Christoph Eschenbach
Japão, Toquio, Suntory Hall, 2005 (22.Maio)

Livros de cozinha - 24

O Luís já aqui falou desta colecção. Achei-lhe graça, de modo que vou dizer mais umas palavrinhas sobre ela.


Gavião: Ramiro Leão, 2009
«Falemos de marmelada.» Assim começa o texto introdutório de Manuel Gonçalves da Silva, a que se segue uma selecção de receitas de Hugo Campos, tais como: «Amores das traseiras do convento», «Amorzinhos de noviça», «Argolas de abadessa», etc. Termina com «Deixa-me no paraíso», que um dia hei-de experimentar.


Gavião: Ramiro Leão, 2009
Deste folheto, pode provar-se, por exemplo, «Lingueirão encamizado» ou «Coxa depilada bronzeada». Mas há mais!...


Gavião: Ramiro Leão, 2009
«O fundamental é o tempero» diz Regina Louro na apresentação.