Singing In The Rain (1952)
Realização: Gene Kelly [Eugene Kelly]; Stanley Donen
O que é que não se faz quando se está apaixonado...
Gene Kelly --- Don Lockwood.
Debbie Reynolds --- Kathy Selden.
Donald O'Connor --- Cosmo Brown.
Jean Hagen --- Lina Lamont.
Millard Mitchell --- R.F. Simpson.
Rita Moreno --- Zelda Zanders
sábado, 25 de outubro de 2008
Kafka- aforismos : 5
Podes abster-te dos sofrimentos do mundo, tens liberdade para o fazer e está conforme com a tua natureza; mas talvez este abster-se seja precisamente o único sofrimento que poderias evitar.
- Franz Kafka, aforismos, trad. Madalena Almeida, Ulmeiro, 2001.
- Franz Kafka, aforismos, trad. Madalena Almeida, Ulmeiro, 2001.
As minhas músicas - 39 : Don' t stop until you get enough
É uma melhores canções dele, altamente dançável, de um álbum fabuloso- Off the wall, de 1979. Quando este senhor ainda era só um génio. Hoje é um génio sinistro...
O vídeo aparece assim porque este senhor tem um canal próprio no youtube, e não é fácil fazer as incorporações.
http://www.youtube.com/watch?v=4_hz2am90Hk
O vídeo aparece assim porque este senhor tem um canal próprio no youtube, e não é fácil fazer as incorporações.
http://www.youtube.com/watch?v=4_hz2am90Hk
As minhas músicas - 38: Roxanne
Uma banda que ouvi muito e cujo fim lamentei. Mais tarde, passei a ouvir Sting. Aqui fica esta actuação ao vivo, contemporânea deste tema.
Paolo Conte
Talvez o cantor italiano que prefiro. Queria apresentar «Avanti Bionda» mas não a encontrei. Fica esta «Wanda» (1975):
Para o Jad,
ficam (também) estes versos de uma outra canção de Paolo Conte, «Gelato al limon», enquanto sonha com o Giolitti...
«Un gelato al limon
gelato al limon
gelato al limon
spofondati in fondo a una città
un gelato al limon
è vero limon.
Ti piace?»
Ti piace!!!
Encontrei este site português sobre Paolo Conte, onde podem ouvir outras canções de sua autoria, o que me deixou espantada: http://paoloconte.no.sapo.pt/
Para o Jad,
ficam (também) estes versos de uma outra canção de Paolo Conte, «Gelato al limon», enquanto sonha com o Giolitti...
«Un gelato al limon
gelato al limon
gelato al limon
spofondati in fondo a una città
un gelato al limon
è vero limon.
Ti piace?»
Ti piace!!!
Encontrei este site português sobre Paolo Conte, onde podem ouvir outras canções de sua autoria, o que me deixou espantada: http://paoloconte.no.sapo.pt/
Os meus franceses - 2
Jean Ferrat - «Que serais-je sans toi» (1964)
Esta canção faz parte de um disco em que Jean Ferrat canta poemas de Aragon. A dificuldade está em escolher uma destas maravilhosas canções. O primeiro disco que ouvi dele foi «Potemkine», por intermédio de um amigo.
Podem ver mais sobre este cantor em http://www.jean-ferrat.com/
Que serais-je sans toi
Que serais-je sans toi qui vins à ma rencontre
Que serais-je sans toi qu'un cœur au bois dormant
Que cette heure arrêtée au cadran de la montre
Que serais-je sans toi que ce balbutiement
J'ai tout appris de toi sur les choses humaines
Et j'ai vu désormais le monde à ta façon
J'ai tout appris de toi comme on boit aux fontaines
Comme on lit dans le ciel les étoiles lointaines
Comme au passant qui chante on reprend sa chanson
J'ai tout appris de toi jusqu'au sens du frisson
J'ai tout appris de toi pour ce qui me concerne
Qu'il fait jour à midi qu'un ciel peut être bleu
Que le bonheur n'est pas un quinquet de taverne
Tu m'as pris par la main dans cet enfer moderne
Où l'homme ne sait plus ce que c'est qu'être deux
Tu m'as pris par la main comme un amant heureux
Qui parle de bonheur a souvent les yeux tristes
N'est-ce pas un sanglot de la déconvenue
Une corde brisée aux doigts du guitariste
Et pourtant je vous dis que le bonheur existe
Ailleurs que dans le rêve ailleurs que dans les nues
Terre terre voici ses rades inconnues
Louis Aragon
In: Prose du bonheur et d'Elsa
Esta canção faz parte de um disco em que Jean Ferrat canta poemas de Aragon. A dificuldade está em escolher uma destas maravilhosas canções. O primeiro disco que ouvi dele foi «Potemkine», por intermédio de um amigo.
Podem ver mais sobre este cantor em http://www.jean-ferrat.com/
Que serais-je sans toi
Que serais-je sans toi qui vins à ma rencontre
Que serais-je sans toi qu'un cœur au bois dormant
Que cette heure arrêtée au cadran de la montre
Que serais-je sans toi que ce balbutiement
J'ai tout appris de toi sur les choses humaines
Et j'ai vu désormais le monde à ta façon
J'ai tout appris de toi comme on boit aux fontaines
Comme on lit dans le ciel les étoiles lointaines
Comme au passant qui chante on reprend sa chanson
J'ai tout appris de toi jusqu'au sens du frisson
J'ai tout appris de toi pour ce qui me concerne
Qu'il fait jour à midi qu'un ciel peut être bleu
Que le bonheur n'est pas un quinquet de taverne
Tu m'as pris par la main dans cet enfer moderne
Où l'homme ne sait plus ce que c'est qu'être deux
Tu m'as pris par la main comme un amant heureux
Qui parle de bonheur a souvent les yeux tristes
N'est-ce pas un sanglot de la déconvenue
Une corde brisée aux doigts du guitariste
Et pourtant je vous dis que le bonheur existe
Ailleurs que dans le rêve ailleurs que dans les nues
Terre terre voici ses rades inconnues
Louis Aragon
In: Prose du bonheur et d'Elsa
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
José Cardoso Pires, de mão pensada
Domingo, 26 de Outubro – Centro Cultural de Belém
(nos 10 anos da sua morte)
Comissário: João Paulo Cotrim
PROGRAMA:
Leituras:
14h30 - Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
António Mega Ferreira – 14h30
Inês Pedrosa – 14h45
José Eduardo Agualusa – 15h15
Mário de Carvalho – 15h45
Lídia Jorge – 16h15
Conferência:
17h15- Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
João Lobo Antunes – “Memória e auto-ficção”
Filme:
18h30 - Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
“O Delfim”
Realização Fernando Lopes baseado na obra de José Cardoso Pires, 2002, 83’
(Argumento de Vasco Pulido Valente, com Rogério Samora e Alexandra Lencastre)
Seguido de conversa com o realizador.
Exposição - entrada livre
Ilustrações de João Abel Manta para “Dinossauro excelentíssimo”
Foyer da Sala Almada Negreiros
(nos 10 anos da sua morte)
Comissário: João Paulo Cotrim
PROGRAMA:
Leituras:
14h30 - Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
António Mega Ferreira – 14h30
Inês Pedrosa – 14h45
José Eduardo Agualusa – 15h15
Mário de Carvalho – 15h45
Lídia Jorge – 16h15
Conferência:
17h15- Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
João Lobo Antunes – “Memória e auto-ficção”
Filme:
18h30 - Sala Almada Negreiros – entrada livre até máximo da sua lotação
“O Delfim”
Realização Fernando Lopes baseado na obra de José Cardoso Pires, 2002, 83’
(Argumento de Vasco Pulido Valente, com Rogério Samora e Alexandra Lencastre)
Seguido de conversa com o realizador.
Exposição - entrada livre
Ilustrações de João Abel Manta para “Dinossauro excelentíssimo”
Foyer da Sala Almada Negreiros
24 de Outubro de 1147 : Lisboa
" (...) O cerco começou no mês de Junho e terminou no dia 24 de Outubro de 1147. Com uma torre construída por um engenheiro de Pisa, os cristãos entraram na cidade. Ficaram espantados por a maioria da população ser cristã, vivendo sob domínio mouro há 400 anos.
Mas isso não fez grande diferença: o massacre foi geral. O primeiro foi o próprio bispo de Lisboa, que ainda tentou vir negociar, surgindo no cimo da muralha envergando uma roupagem assaz esquisita: mitra de cardeal e túnica muçulmana.
Os bispos portugueses, D.Pedro Pitões e D. João Peculiar, consideraram aquilo ofensivo e mandaram cortar-lhe a cabeça. Começou assim a nação portuguesa, há 861 anos.
E afinal não havia tesouro nenhum na cidade. "
- Paulo Moura, in PÚBLICO, 24 de Outubro de 2008.
Mas isso não fez grande diferença: o massacre foi geral. O primeiro foi o próprio bispo de Lisboa, que ainda tentou vir negociar, surgindo no cimo da muralha envergando uma roupagem assaz esquisita: mitra de cardeal e túnica muçulmana.
Os bispos portugueses, D.Pedro Pitões e D. João Peculiar, consideraram aquilo ofensivo e mandaram cortar-lhe a cabeça. Começou assim a nação portuguesa, há 861 anos.
E afinal não havia tesouro nenhum na cidade. "
- Paulo Moura, in PÚBLICO, 24 de Outubro de 2008.
IN MEMORIAM - Guillaume Depardieu
Fiquei triste com a morte de Guillaume Depardieu, mas na verdade não muito surpreendido. Surpreendido sim com a causa- uma pneumonia. Viveu sempre intensamente, no fio da navalha, tentando aguentar o peso do apelido que carregava e a relação difícil com o pai Depardieu. Era, sem dúvida, um dos actores franceses mais talentosos da sua geração. Deixou-nos aos 37 anos.
IN MEMORIAM - Gianni Raimondi
Só hoje foi divulgada a morte do grande tenor italiano Gianni Raimondi, falecido no passado domingo na sua casa de Piano, perto de Bolonha. Raimondi, agora falecido aos 84 anos, foi o tenor que mais vezes contracenou com Maria Callas.
Os meus filmes 4
Casablanca (1942)
Realizador: Michael Curtiz [=Manó Kertész Kaminer]
Amor... Amor paixão... Amor dedicação...
O bar Rick´s onde se reencontra e se relembra o passado...
As time goes by a música imortal deste relacionamento...
A dedicação pela liberdade, onde tudo é simbolo (... até uma garrafa de água que se deita no lixo).
We'll Always Have Paris
Humphrey Bogart .... Richard Blane
Ingrid Bergman .... Ilsa Lund Laszlo
Paul Henreid .... Victor Laszlo
Claude Rains .... capitão Louis Renault
Conrad Veidt .... major Heinrich Strasser
Sydney Greenstreet .... Senor Ferrari
Peter Lorre .... Ugarte
Madeleine LeBeau .... Yvonne
Dooley Wilson .... Sam
Realizador: Michael Curtiz [=Manó Kertész Kaminer]
Amor... Amor paixão... Amor dedicação...
O bar Rick´s onde se reencontra e se relembra o passado...
As time goes by a música imortal deste relacionamento...
A dedicação pela liberdade, onde tudo é simbolo (... até uma garrafa de água que se deita no lixo).
We'll Always Have Paris
Humphrey Bogart .... Richard Blane
Ingrid Bergman .... Ilsa Lund Laszlo
Paul Henreid .... Victor Laszlo
Claude Rains .... capitão Louis Renault
Conrad Veidt .... major Heinrich Strasser
Sydney Greenstreet .... Senor Ferrari
Peter Lorre .... Ugarte
Madeleine LeBeau .... Yvonne
Dooley Wilson .... Sam
Pino Donaggio
O cantor italiano Giuseppe “Pino” Donaggio nasceu em Burano (Veneza) a 24 de Outubro de 1941. Donaggio, um dos grandes nomes da música ligeira italiana dos anos 60, alcançou o seu maior êxito em 1965 com a canção Io che non vivo, classificada em segundo lugar na edição do festival de Sanremo desse ano. A ele, a inesquecível Dusty Springfield deve o seu grande sucesso You don’t have to say you love me que, na versão inglesa, talvez tenha ficado na memória auditiva do público.
Luís Barata tem-nos proporcionado lindíssimos posts sob a rubrica “As minhas músicas”. Io che non vivo representa, em minha opinião, também uma das obras-primas eternas do universo musical.
Desde os anos 70, Donaggio tem composto bandas sonoras para vários filmes, entre eles, as películas de Brian de Palma “Carrie” (1976) e “Body Double” (1984).
Luís Barata tem-nos proporcionado lindíssimos posts sob a rubrica “As minhas músicas”. Io che non vivo representa, em minha opinião, também uma das obras-primas eternas do universo musical.
Desde os anos 70, Donaggio tem composto bandas sonoras para vários filmes, entre eles, as películas de Brian de Palma “Carrie” (1976) e “Body Double” (1984).
Só peca por tardia...
Espólio de Fernando Pessoa impedido de sair de Portugal
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1346448&idCanal=14
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1346448&idCanal=14
Curiosidade do dia
Observando este belo relógio da Raymond Weil alguém imaginaria que foi inspirado em Verdi? Exactamente. Trata-se do novo modelo RW chamado Nabucco GMT que evoca a imponência e vigor da grandiosa ópera daquele compositor italiano, que canta a história da libertação do povo hebreu.
As minhas músicas - 37 : The Model
Foi um choque a primeira vez que ouvi Kraftwerk ( Obrigado Paulo D. ! ) há quase trinta anos. Lembro-me bem de ter percebido que estava a ouvir a música do futuro com uma década ou duas de avanço. Estes alemães são reconhecidos por muitos como os pais da música electrónica, hoje tão banal como o ar que respiramos. Outra coisa que me lembro de ficar admirado era a estética deles, que levou muita gente a considerá-los como neo-nazis, e que era perfeitamente o oposto da corrente dominante- afinal estamos em 1978 e ainda reina a estética disco.
Este foi um dos seus grandes sucessos e chegou aos tops europeus para grande surpresa e escândalo de muita gente. O electropop no seu melhor. As inovações tecnológicas na música não mais parariam.
Este foi um dos seus grandes sucessos e chegou aos tops europeus para grande surpresa e escândalo de muita gente. O electropop no seu melhor. As inovações tecnológicas na música não mais parariam.
As minhas músicas - 36 : Heart of Glass
Aqui vemos os Blondie, com Debbie Harry no auge da sua beleza e sensualidade, e este foi um dos grandes sucessos de 1978.
Grace Hanadarko
Holly Hunter, actriz que aprecio bastante, também se converteu à televisão, à semelhança de muitas outras estrelas de Hollywood. E é deslumbrante como Grace Hanadarko, a estrela da série policial Saving Grace, que venho acompanhando fielmente.
Além do caso investigado em cada episódio, como é habitual em séries semelhantes, há uma trama principal que envolve Grace, um condenado à morte que aguarda a sua execução, e um anjo...
Por outro lado, Grace Hanadarko está no bom caminho para se tornar a detective mais promíscua da história da televisão norte-americana...
A série passa no canal Fox Life, passe a publicidade.
Além do caso investigado em cada episódio, como é habitual em séries semelhantes, há uma trama principal que envolve Grace, um condenado à morte que aguarda a sua execução, e um anjo...
Por outro lado, Grace Hanadarko está no bom caminho para se tornar a detective mais promíscua da história da televisão norte-americana...
A série passa no canal Fox Life, passe a publicidade.
Agamben - Ideia da Prosa : 1
Ideia do amor
Viver na intimidade de um ser estranho, não para nos aproximarmos dele, para o dar a conhecer, mas para o manter estranho, distante, e mesmo inaparente- tão inaparente que o seu nome o possa conter inteiro. E depois, mesmo no meio do mal- estar, dia após dia não ser mais que o lugar sempre aberto, a luz inesgotável na qual esse ser único, essa coisa, permanece para sempre exposta e murada.
- Giorgio Agamben, Ideia da Prosa, Trad., prefácio e notas de João Barrento, Cotovia, 1999, 111.
Sucessos da Broadway - 1 : Anything goes
Este tema é um dos vários compostos pelo genial Cole Porter para o musical com o mesmo nome, que estreou no dia 21 de Novembro de 1934, no Alvin Theatre. A estrela do musical era a grande Ethel Merman, que aqui vemos numa actuação televisiva em 1979! Escusado será dizer que este tema foi interpretado por dezenas de artistas diferentes ao longo do século XX, mas a verdade é que nasceu na Broadway e foi primeiro cantado por Merman.
50 Histórias de Quem foi criança
Um bom livro para quem tem filhos, netos, sobrinhos ou afilhados, o que é o mesmo que dizer que é para todos nós. Reúne 50 histórias escritas por igual número de figuras públicas (políticos, cantores, humoristas e estrelas de televisão), e a receita reverte a favor da Fundação Rotária Portuguesa.
O prefácio foi escrito por Vasco Graça Moura, e o livro é lançado hoje pelas 18h30 na Byblos.
O prefácio foi escrito por Vasco Graça Moura, e o livro é lançado hoje pelas 18h30 na Byblos.
«As fadas», de Antero
Saiu uma nova edição do poema «As fadas», de Antero,
dirigida ao público infantil, desta vez ilustrada
por Raquel Oliveira.
Lisboa: Vega, 2008
As fadas... eu creio nelas!
Umas são moças e belas.
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras pelos arvoredos,
Outras à beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder...
[...]
dirigida ao público infantil, desta vez ilustrada
por Raquel Oliveira.
Lisboa: Vega, 2008
As fadas... eu creio nelas!
Umas são moças e belas.
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras pelos arvoredos,
Outras à beira do mar...
Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder...
[...]
Os meus franceses - 1
Les Chats Sauvages - «Twist à St.Tropez» (1962)
Ontem, quando estava a postar os Gatos Pretos, não pude deixar de me lembrar destes Chats Sauvages, um dos primeiros 45 r.p.m. que tive.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Torre Wave - Dubai
Ainda outro exemplo verdadeiramente fabuloso - a Torre Wave. Com 370 metros e 92 andares este projecto será instalado dentro de água. O edifício, conhecido como "arranha-águas", terá jardins interiores que contribuirão para uma melhoria da qualidade do ar, funcionando ainda como reguladores naturais de temperatura. Uma parede de vidro com tela de seda ajudará a controlar o calor proveniente do exterior. A torre terá também uma infra-estrutura de purificação de água capaz de converter água salgada em água para beber ou para outro tipo de utilizações.
Torre Biónica - Hong Kong?
É uma cidade vertical e ecológica criada para albergar 100 mil pessoas em 300 andares e 1200 metros de altura. A Torre Biónica ainda não tem patrocinadores embora tenha surgido a hipótese de vir a ser construída em Xangai, mas a cidade de Hong Kong também se mostrou aparentemente interessada em acolher este grandioso projecto. Este e os exemplos que seguem abaixo são apenas alguns conceitos "amigos do ambiente" pensados para surgir um pouco pelo mundo fora. Fazem parte dos chamados ícones eco ou eco icónicos e que reflectem um novo estilo de vida. Caso para dizer que o Futuro já chegou!
Castle House - Londres
O Castle House é uma torre de apartamentos de 42 andares que está a ser construída na Elephant and Castle, em Londres, e que terá no seu telhado um conjunto de turbinas eólicas integradas, cada uma com nove metros de diâmetro.
Ilha de Cristal - Moscovo
Esta cidade dentro de um edifício será construída nos próximos cinco anos a apenas 7,5 kms do Kremlin. Avaliada em mais de quatro mil milhões de dólares pode vir a tornar-se numa das estruturas mais altas do planeta com 450 metros de altura e 30 mil residentes. A fachada incluirá painéis solares que, juntamente com turbinas eólicas gerarão a electricidade necessária para o seu auto-abastecimento.
Dongtan - Xangai
Dongtan é a nova ecocidade planeada para a ilha de Chongming, próximo de Xangai, com inauguração agendada para a Expo 2010. Terá capacidade para alojar 50 mil pessoas e espera-se que até 2040 tenha um terço do tamanho de Manhattan com 500 mil habitantes. Dongtan produzirá a sua própria energia a partir do vento, sol, biocombustível e desperdícios reciclados e só permitirá a circulação de automóveis a hidrogénio ou energias renováveis.
Curiosidade do dia
Não é uma fantasia de carnaval, mas sim o resultado final de um longo trabalho criativo para dar início ao Theyyam uma dança do sul da India em que o bailarino principal se cobre da cabeça aos pés com adornos e maquilhagem num ritual que exige nada menos que oito horas de preparação.
Medalha de Bronze da OCDE...
Na terça-feira foi divulgado o relatório Crescimento e Desigualdades da OCDE e nele foi revelado que Portugal é um dos países membros com maiores desigualdades na distribuição dos rendimentos pelos cidadãos.
Estamos em terceiro lugar, atrás do México e da Turquia. Depois de nós, os E.U.A. .
Os países mais justos são a Dinamarca e a Suécia. O relatório revela ainda que o fosso entre os pobres e os ricos aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda.
Estamos em terceiro lugar, atrás do México e da Turquia. Depois de nós, os E.U.A. .
Os países mais justos são a Dinamarca e a Suécia. O relatório revela ainda que o fosso entre os pobres e os ricos aumentou em todos os países membros nos últimos 20 anos, à excepção da Espanha, França e Irlanda.
Coisas do Direito - 1
Decorre hoje e amanhã o Colóquio Comemorativo do XXV Aniversário do Tribunal Constitucional, tendo como tema A JURISPRUDÊNCIA CONSTITUCIONAL PORTUGUESA.
O colóquio decorre no Salão Nobre da Associação Comercial de Lisboa, na Rua das Portas de S.Antão, e nele participam grandes nomes do mundo jurídico português: Figueiredo Dias, Miguel Teixeira de Sousa, Sérvulo Correia, Guilherme de Oliveira, Oliveira Ascensão, Jorge Miranda e Gomes Canotilho.
As sessões decorrem das 9h30 às 17h.
O colóquio decorre no Salão Nobre da Associação Comercial de Lisboa, na Rua das Portas de S.Antão, e nele participam grandes nomes do mundo jurídico português: Figueiredo Dias, Miguel Teixeira de Sousa, Sérvulo Correia, Guilherme de Oliveira, Oliveira Ascensão, Jorge Miranda e Gomes Canotilho.
As sessões decorrem das 9h30 às 17h.
Convívio político...
Provavelmente, leram também esta notícia no Expresso do passado sábado, mas para quem não lê esse jornal ou não deu pela notícia, aqui fica transcrita :
Reza a notícia do "El Mundo" : "Uma jovem esconde na sua vagina as jóias roubadas a um político português. " O insólito passou-se num quarto de hotel em Barcelona, onde, provavelmente, o político luso e uma jovem catalã de 23 anos discutiam a crise económica internacional. Vai daí a jovem terá nacionalizado o património do político, sem este dar por isso ( um fio de ouro com uma cruz e anel ) e, perante a crise bancária, terá decidido depositar os bens numa bolsa no interior da sua vagina. O político protestou e uma mulher polícia acabou por resolver o problema. Conclusão da história: a pobreza atacou a classe política portuguesa.
Bem pode este político dar graças pelo facto de não viver nos E.U.A. ou no Reino Unido...
Imagine-se uma pérola destas nas mãos do jornalismo tablóide...
Reza a notícia do "El Mundo" : "Uma jovem esconde na sua vagina as jóias roubadas a um político português. " O insólito passou-se num quarto de hotel em Barcelona, onde, provavelmente, o político luso e uma jovem catalã de 23 anos discutiam a crise económica internacional. Vai daí a jovem terá nacionalizado o património do político, sem este dar por isso ( um fio de ouro com uma cruz e anel ) e, perante a crise bancária, terá decidido depositar os bens numa bolsa no interior da sua vagina. O político protestou e uma mulher polícia acabou por resolver o problema. Conclusão da história: a pobreza atacou a classe política portuguesa.
Bem pode este político dar graças pelo facto de não viver nos E.U.A. ou no Reino Unido...
Imagine-se uma pérola destas nas mãos do jornalismo tablóide...
Sobre a crise - 4
Li há dias que há muitos milhares de britânicos desesperados com a situação dos bancos islandeses. Mas não por solidariedade com esses vizinhos nórdicos.
A verdade é que existem cerca de 300.000 depositantes individuais ( incluindo municípios e outras entidades públicas, bem como organizações de caridade) que tinham sido atraídos pelas altas taxas de juro pagas pelos bancos islandeses, e que agora ficaram a saber que o governo islandês apenas garante um máximo de 16.000 euros dos seus depósitos.
Um dos grandes prejudicados é a Universidade de Cambridge que se arrisca a perder milhões de libras.
A verdade é que existem cerca de 300.000 depositantes individuais ( incluindo municípios e outras entidades públicas, bem como organizações de caridade) que tinham sido atraídos pelas altas taxas de juro pagas pelos bancos islandeses, e que agora ficaram a saber que o governo islandês apenas garante um máximo de 16.000 euros dos seus depósitos.
Um dos grandes prejudicados é a Universidade de Cambridge que se arrisca a perder milhões de libras.
As minhas músicas -36: Take a chance on me
Estes não podiam faltar. Aqui fica este êxito do seu quinto álbum, datado de 1977.
Os meus filmes 3
Citizen Kane (1941)
Realizador: Orson Welles
O Mundo a seus Pés , um dos primeiros filmes que me marcou, foi durante muito tempo (até 1997) o meu filme número 1.
Rosebud era o nada que era tudo. Como eu entendo Orson Welles...
Nada no filme está por acaso.
O filme recorda ainda um sistema de jornalismo que não é limpo (nem ontem, nem hoje) mas que continua a ser praticado, só para destruír uma pessoa.
Recentemente (Junho de 2007), tal como aconteceu em 1998, o American Film Institute colocou Citizen Kane no primeiro lugar da lista dos "Cem melhores filmes de sempre".
Orson Welles (Charles Foster Kane)
Joseph Cotten (Jedediah Leland)
Dorothy Comingore (Susan Alexander)
Agnes Moorehead (srta. Mary Kane)
Ruth Warrick (Emily Norton Kane)
Ray Collins (James "Jim" W. Gettys)
Erskine Sanford (Herbert Carter)
Everett Sloane (Bernstein)
William Alland (Jerry Thompson)
Paul Stewart (Raymond)
George Coulouris (Walter Parks Thatcher)
Fortunio Bonanova (Matiste)
Georgia Backus (Bertha)
Realizador: Orson Welles
O Mundo a seus Pés , um dos primeiros filmes que me marcou, foi durante muito tempo (até 1997) o meu filme número 1.
Rosebud era o nada que era tudo. Como eu entendo Orson Welles...
Nada no filme está por acaso.
O filme recorda ainda um sistema de jornalismo que não é limpo (nem ontem, nem hoje) mas que continua a ser praticado, só para destruír uma pessoa.
Recentemente (Junho de 2007), tal como aconteceu em 1998, o American Film Institute colocou Citizen Kane no primeiro lugar da lista dos "Cem melhores filmes de sempre".
Orson Welles (Charles Foster Kane)
Joseph Cotten (Jedediah Leland)
Dorothy Comingore (Susan Alexander)
Agnes Moorehead (srta. Mary Kane)
Ruth Warrick (Emily Norton Kane)
Ray Collins (James "Jim" W. Gettys)
Erskine Sanford (Herbert Carter)
Everett Sloane (Bernstein)
William Alland (Jerry Thompson)
Paul Stewart (Raymond)
George Coulouris (Walter Parks Thatcher)
Fortunio Bonanova (Matiste)
Georgia Backus (Bertha)
Duas canções de 1991
A propósito da próxima actuação dos Extreme em Lisboa.
Adoro estas duas bandas (formadas nos anos 80, mas que tiveram imenso sucesso a partir dos anos 90) e estas canções:
EXTREME - «More than words»
R.E.M. - «Losing my religion»
Adoro estas duas bandas (formadas nos anos 80, mas que tiveram imenso sucesso a partir dos anos 90) e estas canções:
EXTREME - «More than words»
R.E.M. - «Losing my religion»
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Hora de Inverno
Na noite de sábado para domingo entramos na Hora de Inverno.
Às duas horas da madrugada de domingo, o relógio atrasa uma hora.
Às duas horas da madrugada de domingo, o relógio atrasa uma hora.
Curiosidade do dia
A manager de Joaquim de Almeida "descobriu-o" há 24 anos no portefólio de uma agência. Foi ter com ele e disse-lhe que o achava o Jean-Paul Belmondo da Era Moderna e como se ia iniciar naquele ramo, se o actor queria ser o seu primeiro cliente. Ele aceitou e, pouco depois, estava a fazer "Desperado", seguiu-se "Perigo Iminente", e "Only You" veio logo a seguir... Ainda hoje trabalham juntos, além dos agentes que JA tem nos EUA, Itália e Espanha.
Os meus filmes 2
Cat On A Hot Tin Roof (1958 - 104m).
realizador: Richard Brooks
Uma frase e uma expressão de felicidade e de amor.... Maggie: "Yes... Yes, sir"
Intérpretes : Elizabeth Taylor, Paul Newman, Burl Ives, Jack Carson, Judith Anderson, Madeleine Sherwood, Larry Gates, Vaughn Taylor.
realizador: Richard Brooks
Não tenho a certeza se é o meu segundo filme. Mas é sem dúvida um dos meus filmes. Gata em Telhado de Zinco Quente consegue mostrar todo o realismo do texto de Tennessee Williams (vencedor do Pulitzer, Drama, em 1955). Mostra a vida numa "mesma gaiola" em que Maggie vai "cravando as suas garras e agarrando-se à vida, não como ela é, mas como ela queria que fosse um dia". Um filme sobre paixão e lealdade.
Uma frase e uma expressão de felicidade e de amor.... Maggie: "Yes... Yes, sir"
Intérpretes : Elizabeth Taylor, Paul Newman, Burl Ives, Jack Carson, Judith Anderson, Madeleine Sherwood, Larry Gates, Vaughn Taylor.
No rasto de Quantum of Solace
Com estreia marcada para o próximo dia 31 no Reino Unido e Novembro para os outros países europeus, Quantum of Solace é o 22º filme do agente secreto James Bond. Nesta aventura que começa onde terminou Casino Royale, Bond concentra-se na caça aos responsáveis pela morte da sua amada, Vesper Lynd (Eva Green) e da organização que a chantageou, obrigando-a a traí-lo. Ainda o filme não foi visto e já se fazem sentir os primeiros golpes de marketing entre grandes marcas de consumo que assim pretendem associar-se a mais um "episódio" da já longa saga 007, que começou em 1962. É o caso da Coca-Cola que vai lançar (se é que já não o fez) uma edição especial limitada da sua Coca-Cola Zero, a denominada Coca-Cola Zero Zero 7, alusiva a Quantum of Solace. A marca vai lançar também uma edição especial de garrafas, que mantêm a cor negra característica, estilizando-a com o efeito tradicional dos filmes de James Bond, com o interior do canhão de uma pistola juntamente com a silhueta do actor Daniel Craig. Agora fica a dúvida no ar; será que 007 vai render-se à Coca-Cola ou manter-se-á fiel ao Dry Martini "shaken, not stirred", a bebida habitualmente associada a Bond? Não sabemos, tanto que em Casino Royale o agente secreto pediu um Dry Martini mas de seguida voltou a chamar o empregado e deu-lhe a receita do que queria: Três medidas de Gordon's, uma de Vodka e meia medida de Kina Lillet (um vinho francês), baptizando esta bebida com o nome de Vesper. Para os que quiserem experimentar esta nova receita basta misturar todos os ingredientes num shaker com gelo e agitar. Servir com uma pequena raspa de casca de limão.
Michel Sardou
Je vais t'aimer
música: Jacques Revaux
A faire pâlir tous les Marquis de Sade,
A faire rougir les putains de la rade,
A faire crier grâce à tous les échos,
A faire trembler les murs de Jéricho,
Je vais t'aimer.
A faire flamber des enfers dans tes yeux,
A faire jurer tous les tonnerres de Dieu,
A faire dresser tes seins et tous les Saints,
A faire prier et supplier nos mains,
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée.
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
A faire vieillir, à faire blanchir la nuit,
A faire brûler la lumière jusqu'au jour,
A la passion et jusqu'à la folie,
Je vais t'aimer, je vais t'aimer d'amour.
A faire cerner à faire fermer nos yeux,
A faire souffrir à faire mourir nos corps,
A faire voler nos âmes aux septièmes cieux,
A se croire morts et faire l'amour encore,
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée.
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
música: Jacques Revaux
A faire pâlir tous les Marquis de Sade,
A faire rougir les putains de la rade,
A faire crier grâce à tous les échos,
A faire trembler les murs de Jéricho,
Je vais t'aimer.
A faire flamber des enfers dans tes yeux,
A faire jurer tous les tonnerres de Dieu,
A faire dresser tes seins et tous les Saints,
A faire prier et supplier nos mains,
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée.
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
A faire vieillir, à faire blanchir la nuit,
A faire brûler la lumière jusqu'au jour,
A la passion et jusqu'à la folie,
Je vais t'aimer, je vais t'aimer d'amour.
A faire cerner à faire fermer nos yeux,
A faire souffrir à faire mourir nos corps,
A faire voler nos âmes aux septièmes cieux,
A se croire morts et faire l'amour encore,
Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme on ne t'a jamais aimée.
Je vais t'aimer
Plus loin que tes rêves ont imaginé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme personne n'a osé t'aimer.
Je vais t'aimer
Comme j'aurai tellement aimé être aimé.
Je vais t'aimer. Je vais t'aimer.
Foice & Martelo: a história em riso
Foice & Martelo é o título de um livro que nos conduz numa viagem única e irresistível pela história real da era comunista (1917-1989), contada através de inúmeras anedotas e das histórias e percursos de vida daqueles que as contaram - uns acabando no Gulag e outros como figuras de relevo do sistema, oue estrelas do palco e dos ecrãs. Escrito num registo humorístico e inteligente, culturalmente valioso e historicamente revelador, o livro apresenta-se abundantemente ilustrado por material de arquivo pouco conhecido - cartoons políticos, caricaturas, fotos e posters de propaganda.
Em suma: Foice & Martelo é a fantástica história de um sistema político que, literalmente, morreu de riso. O seu autor é o britânico Ben Lewis, cineasta, apresentador de televisão e escritor que também colabora regularmente para a revista Prospect, onde possui uma coluna sobre arte, e para os jornais Evening Standard e Sunday Telegraph.
Foice & Martelo (368 págs.)
Ben Lewis
Colecção Almanaque/Editora Guerra e Paz
Preço: 19,80 euros
Nas livrarias a partir de 23 de Outubro
Em suma: Foice & Martelo é a fantástica história de um sistema político que, literalmente, morreu de riso. O seu autor é o britânico Ben Lewis, cineasta, apresentador de televisão e escritor que também colabora regularmente para a revista Prospect, onde possui uma coluna sobre arte, e para os jornais Evening Standard e Sunday Telegraph.
Foice & Martelo (368 págs.)
Ben Lewis
Colecção Almanaque/Editora Guerra e Paz
Preço: 19,80 euros
Nas livrarias a partir de 23 de Outubro
Livros Cotovia celebram 20º aniversário
Os Livros Cotovia comemoram 20 anos. Para celebrar a data a editora vai organizar sete eventos a decorrer no Centro Cultural de Belém. Já no dia 27 realiza-se a primeira sessão dedicada ao teatro que começará com a leitura do primeiro acto de Os Pilares da Sociedade de Henrik Ibsen, por Jorge Silva Melo e terminará com o lançamento dos livros: Peças Escolhidas III de Ibsen e Silenciador de Jacinto Lucas Pires.
Próximas sessões:
Dia 1 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
16h - Camões, uma lição de Vítor Aguiar e Silva. Leitura de poemas por Luis Miguel Cintra.
Dia 9 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
Das 11h às 13h - Brevíssimo curso de literatura brasileira, com Abel Barros Baptista, Carlos Mendes de Sousa, Clara Rowland e Osvaldo Silvestre.
Das 15h às 17h - Lançamento do livro Um crime delicado de Sérgio Sant'Anna e de A poesia andando: 13 poetas no Brasil, com a presença de Marília Garcia e Valeska de Aguirre, poetas organizadores desta antologia.
Dia 12 de Novembro: Livraria Pó dos Livros
18h30 - Lançamento do novo livro de Luís Quintas, Mais espesso que a água e leitura de poemas por Diogo Dória.
Dia 16 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
Das 11h às 13h - Brevíssimo curso de literatura grega e latina, com Delfim Leão, Frederico Lourenço e Paulo Farmhouse Alberto.
Das 15h às 17h - Lançamento de Odes de Horácio, na tradução de Pedro Braga Falcão e do livro Novos ensaios helénicos e alemães de Frederico Lourenço.
Dia 19 de Novembro: Livraria Pó dos Livros
18h30 - Lançamento do novo livro do Jacinto Lucas Pires, Assobiar em público. Com apresentação de Carlos Vaz Marques.
Dia 29 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
18h30 - Apresentação da série de livros BI-África Minha, constituída por 11 títulos de vários autores africanos: Amílcar Cabral, Luandino Vieira, Henrique Galvão, Castro Soromenho, Uanhenga Xitu, Baltasar Lopes, Luís Bernardo Honwana, Ruy Duarte de Carvalho e Multimati Barnabé João.
Participam Ana de Almeida, António Duarte Silva e Francisco Teixeira da Mota.
Próximas sessões:
Dia 1 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
16h - Camões, uma lição de Vítor Aguiar e Silva. Leitura de poemas por Luis Miguel Cintra.
Dia 9 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
Das 11h às 13h - Brevíssimo curso de literatura brasileira, com Abel Barros Baptista, Carlos Mendes de Sousa, Clara Rowland e Osvaldo Silvestre.
Das 15h às 17h - Lançamento do livro Um crime delicado de Sérgio Sant'Anna e de A poesia andando: 13 poetas no Brasil, com a presença de Marília Garcia e Valeska de Aguirre, poetas organizadores desta antologia.
Dia 12 de Novembro: Livraria Pó dos Livros
18h30 - Lançamento do novo livro de Luís Quintas, Mais espesso que a água e leitura de poemas por Diogo Dória.
Dia 16 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
Das 11h às 13h - Brevíssimo curso de literatura grega e latina, com Delfim Leão, Frederico Lourenço e Paulo Farmhouse Alberto.
Das 15h às 17h - Lançamento de Odes de Horácio, na tradução de Pedro Braga Falcão e do livro Novos ensaios helénicos e alemães de Frederico Lourenço.
Dia 19 de Novembro: Livraria Pó dos Livros
18h30 - Lançamento do novo livro do Jacinto Lucas Pires, Assobiar em público. Com apresentação de Carlos Vaz Marques.
Dia 29 de Novembro: CCB - Sala Jorge de Sena
18h30 - Apresentação da série de livros BI-África Minha, constituída por 11 títulos de vários autores africanos: Amílcar Cabral, Luandino Vieira, Henrique Galvão, Castro Soromenho, Uanhenga Xitu, Baltasar Lopes, Luís Bernardo Honwana, Ruy Duarte de Carvalho e Multimati Barnabé João.
Participam Ana de Almeida, António Duarte Silva e Francisco Teixeira da Mota.
PENSAMENTO DO DIA
O silêncio dos amantes é a mais eloquente prova do fracasso da palavra para dizer as coisas essenciais.
- Paulo Borges, A cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido- aforismos, Zéfiro, 2008.
- Paulo Borges, A cada instante estamos a tempo de nunca haver nascido- aforismos, Zéfiro, 2008.
Lá fora - 1
Está patente na Royal Academy of Arts de Londres uma exposição dedicada a Aimé Maeght, um dos grandes marchands do séc.XX, com obras de artistas que lhe foram próximos:
Miró, Calder, Giacometti, Braque: Aimé Maeght and his artists, Royal Academy of Arts, Burlington House, Picadilly.
Para saber mais: www.royalacademy.org.uk
Miró, Calder, Giacometti, Braque: Aimé Maeght and his artists, Royal Academy of Arts, Burlington House, Picadilly.
Para saber mais: www.royalacademy.org.uk
Biografias, autobiografias e afins - 3
Não deixa de ser pouco habitual esta biografia do mais influente investidor do mundo, Warren Buffett, ser escrita por uma francesa- Hélène Constanty.
O biografado, genial visionário dos mercados, é escutado e admirado pelos grandes do mundo- ainda recentemente, aquando do debate televisivo do dia 7, quando foi perguntado a Obama e a McCain quem escolheriam como Secretário do Tesouro ambos responderam de imediato: Warren Buffett...
Buffett, que não sofreu grandes perdas com a actual crise, e apesar de ser muito céptico em relação ao investimento em bancos, voltou a dar que falar ao comprar 5 mil milhões de dólares de acções do Goldman Sachs, o que na prática salvou esta quase mitíca instituição.
Mas esta biografia revela-nos também o lado mais privado da vida do homem lendário: continua a viver na mesma casa em Omaha que comprou em 1957 por 31.000 dólares, sem criados ou motorista ( é ele mesmo que conduz o seu Cadillac DTS de 2006) , e não tem iate nem casas em Paris ou Londres, nem uma valiosa colecção de arte. O seu único vício conhecido é o bridge.
Aos 78 anos, ainda não escolheu qual dos três filhos lhe irá suceder à frente da sua holding Berkshire Hathaway, mas os três filhos já sabem que a maior parte da fortuna será deixada para obras caritativas, sendo que há poucos anos Buffett entregou uma parte da sua fortuna à Bill and Melinda Gates Foundation.
Convenhamos que é um bilionário pouco convencional...
- Warren Buffett, l' homme le plus riche du monde, Hélène Constanty, Eyrolles.
O biografado, genial visionário dos mercados, é escutado e admirado pelos grandes do mundo- ainda recentemente, aquando do debate televisivo do dia 7, quando foi perguntado a Obama e a McCain quem escolheriam como Secretário do Tesouro ambos responderam de imediato: Warren Buffett...
Buffett, que não sofreu grandes perdas com a actual crise, e apesar de ser muito céptico em relação ao investimento em bancos, voltou a dar que falar ao comprar 5 mil milhões de dólares de acções do Goldman Sachs, o que na prática salvou esta quase mitíca instituição.
Mas esta biografia revela-nos também o lado mais privado da vida do homem lendário: continua a viver na mesma casa em Omaha que comprou em 1957 por 31.000 dólares, sem criados ou motorista ( é ele mesmo que conduz o seu Cadillac DTS de 2006) , e não tem iate nem casas em Paris ou Londres, nem uma valiosa colecção de arte. O seu único vício conhecido é o bridge.
Aos 78 anos, ainda não escolheu qual dos três filhos lhe irá suceder à frente da sua holding Berkshire Hathaway, mas os três filhos já sabem que a maior parte da fortuna será deixada para obras caritativas, sendo que há poucos anos Buffett entregou uma parte da sua fortuna à Bill and Melinda Gates Foundation.
Convenhamos que é um bilionário pouco convencional...
- Warren Buffett, l' homme le plus riche du monde, Hélène Constanty, Eyrolles.
Nova " Criatura "
É lançado amanhã, dia 23 de Outubro, pelas 21h30 na Casa Fernando Pessoa, o segundo número da revista de poesia Criatura. Aqui ficam os poetas presentes neste novo número:
Alexandre Borges, Ana Antunes, António Ramos Pereira, Beatriz Hierro Lopes, Cláudia Santos Silva, Daniel Abrunheiro, David Teles Pereira, Diogo Vaz Pinto, Fernando Esteves Pinto, Hugo Roque, José Carlos Barros, Maria Sousa, Pedro Jordão, Rui Miguel Ribeiro, Sara Costa e Sérgio Lavos.
Alexandre Borges, Ana Antunes, António Ramos Pereira, Beatriz Hierro Lopes, Cláudia Santos Silva, Daniel Abrunheiro, David Teles Pereira, Diogo Vaz Pinto, Fernando Esteves Pinto, Hugo Roque, José Carlos Barros, Maria Sousa, Pedro Jordão, Rui Miguel Ribeiro, Sara Costa e Sérgio Lavos.
As minhas músicas - 34: Hotel California
Aos primeiros acordes, imediatamente reconhecemos este tema. Ainda hoje, é presença habitual na programação nocturna de muitas estações de rádio pelo mundo fora. Foi um enorme sucesso também em 1977.
As minhas músicas - 33: Blue Bayou
Adoro esta versão country rock deste tema escrito por Roy Orbison. Concorde-se pouco ou muito com as posições políticas de Linda Rondstadt, da qualidade da sua voz não se pode duvidar. Este foi um grande sucesso de 1977.
Io sono Saviano
«Sinais», crónica de Fernando Alves, na TSF:
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1031972
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1031972
Os nossos sixties - 1
Alguém ainda se lembra de Os Ekos? Lembro-me lindamente destas canções, mas não dos nomes delas.
Hoje vamos até Bollywood
LAGAAN - «Ghanan Ghanan»
DEVDAS - «Dola Re Dola»
MONSOON WEDDING (Casamento debaixo de chuva) -
«Kawa Kawa»
DEVDAS - «Dola Re Dola»
MONSOON WEDDING (Casamento debaixo de chuva) -
«Kawa Kawa»
Lisboa do século XVII
Exposição patente até 15 de Dezembro
Conferências, hoje, dia 22 de Outubro, às 18h00:
«Uma esplêndida vista de Lisboa no Castelo de Weilburg, Alemanha»
por Andreas Gehlert
«Imagens de Lisboa na pintura portuguesa dos séculos XVI e XVII»
por Vítor Serrão
Palácio do Beau Séjour
Estrada de Benfica, 368
Lisboa
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Amanhã na História -Consagração do Convento de Mafra
D. João V, três anos depois de casado sem ter tido descendência, fez a promessa de construir uma basílica se a sua mulher, D. Maria Ana de Áustria, lhe desse filhos. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara foi interpretado por este monarca como uma graça divina, pelo que mandou erigir em Mafra, com o lançamento da primeira pedra em 1717, um enorme edifício composto por uma basílica, um palácio real e um convento, tendo como modelo o Escorial, mandado construir por Filipe II de Espanha, com uma das mais belas bibliotecas europeias, com 40.000 volumes. Na construção de Mafra terão estado 45.000 operários a trabalhar ininterruptamente. O plano e a direcção da obra foram do ourives e arquitecto alemão João Frederico Ludovice contratado pelo Rei ciente da sua experiência ao serviço dos jesuítas em Roma e desde 1701 em Portugal.
Às 7 horas da manhã de 22 de Outubro de 1730, dia em que o Rei fazia 41 anos de idade, iniciou-se a festa de consagração da basílica, que se prolongaria até às 7 de manhã do dia seguinte. Foi servido, na ocasião, um banquete popular a 9.000 pessoas. As festas acabariam por prolongar-se por mais 7 dias, ao som de dois enormes carrilhões mandados vir expressamente de Antuérpia.
Os meus filmes 1
Senso(1954)
Realizador: Luchino Visconti
Quem nunca sofreu por amar...
Quem nunca ficou cego com o amor...
Il Tenente Franz Mahler (Farley Granger)
La Contessa Livia Serpieri (Alida Valli)
Clara, la prostituta (Marcella Mariani)
Il comandante della Piazza di Verona (Ernst Nadherny)
Realizador: Luchino Visconti
Quem nunca sofreu por amar...
Quem nunca ficou cego com o amor...
Il Tenente Franz Mahler (Farley Granger)
La Contessa Livia Serpieri (Alida Valli)
Clara, la prostituta (Marcella Mariani)
Il comandante della Piazza di Verona (Ernst Nadherny)
As Meninas estão de volta
Paula Rego e Agustina Bessa-Luís: destas duas mulheres já se disse quase tudo. Que uma pinta monstros e seres ameaçadores, que a outra imagina e descreve personagens perversos e de uma ironia cruel. São duas mulheres e são ainda duas meninas. Do seu encontro surgiu uma obra única. Aclamado pela crítica, o livro As Meninas regressa finalmente às livrarias, agora em novo formato.
As Meninas
Paula Rego, Agustina Bessa-Luís
128 páginas + 3 dípticos
Colecção Três Sinais/Editora Guerra e Paz
Preço: 22 euros
Nas livrarias a partir de 28 de Outubro.
As Meninas
Paula Rego, Agustina Bessa-Luís
128 páginas + 3 dípticos
Colecção Três Sinais/Editora Guerra e Paz
Preço: 22 euros
Nas livrarias a partir de 28 de Outubro.
Choque cultural
Angela Merkel sente-se incomodada sempre que cumprimenta Nicolas Sarkozy, noticia hoje o El País, na edição online. A chanceler alemã não gosta dos modos "demasiado amigáveis" manifestados pelo presidente francês sempre que este se lhe dirige e que se traduzem em palmadinhas nas costas, mão no ombro ou beijos. Parece que a reacção de Merkel aos carinhos do seu colega nada tem que ver com motivos pessoais. Trata-se, simplesmente, de uma questão cultural uma vez que a "exibição física dos sentimentos" não faz parte dos hábitos germânicos, tanto mais que a Srª Merkel é protestante o que implica uma certa distância afectiva em termos sociais. Por seu lado, Sarkozi parece não conceber a vida "sem a proximidade dos corpos" algo natural nos franceses e em geral nos países mediterrânicos.
Angela que quer por um ponto final na afectividade espontânea de Nicolas já fez saber junto do Eliseu que é uma mulher que não gosta de confianças.
Angela que quer por um ponto final na afectividade espontânea de Nicolas já fez saber junto do Eliseu que é uma mulher que não gosta de confianças.
Alentejo e Valência na gastronomia
O Beloura Shopping, localizado na EN 9, perto do Linhó, vai transformar-se em centro comercial de luxo, a partir de 2009. No passado dia 12, abriu a primeira loja nova, uma Taverna onde junta a gastronomia valenciana e as melhores carnes de bovino seleccionadas do Alentejo. Um espaço de tons ocres e quentes onde o Chefe Costa apresenta saborosos petiscos, entradas e tapas, além das gostosas paellas e os bifes de bovino. Ideal para agradáveis tertúlias e quem sabe ponto de encontro num dos futuros jantares do blogue.
Roberto Saviano - 1
Transcrevo do jornal La Repubblica, de hoje:
L'appello dei premi Nobel
"Lottiamo per Saviano"
Roberto Saviano è minacciato di morte dalla camorra, per aver denunciato le sue azioni criminali in un libro - Gomorra - tradotto e letto in tutto il mondo.
È minacciata la sua libertà, la sua autonomia di scrittore, la possibilità di incontrare la sua famiglia, di avere una vita sociale, di prendere parte alla vita pubblica, di muoversi nel suo Paese.
Un giovane scrittore, colpevole di aver indagato il crimine organizzato svelando le sue tecniche e la sua struttura, è costretto a una vita clandestina, nascosta, mentre i capi della camorra dal carcere continuano a inviare messaggi di morte, intimandogli di non scrivere sul suo giornale, Repubblica, e di tacere.
Lo Stato deve fare ogni sforzo per proteggerlo e per sconfiggere la camorra. Ma il caso Saviano non è soltanto un problema di polizia. È un problema di democrazia. La libertà nella sicurezza di Saviano riguarda noi tutti, come cittadini.
Con questa firma vogliamo farcene carico, impegnando noi stessi mentre chiamiamo lo Stato alla sua responsabilità, perché è intollerabile che tutto questo possa accadere in Europa e nel 2008.
DARIO FO
MIKHAIL GORBACIOV
GUNTHER GRASS
RITA LEVI MONTALCINI
ORHAN PAMUK
DESMOND TUTU
(20 ottobre 2008)
L'appello dei premi Nobel
"Lottiamo per Saviano"
Roberto Saviano è minacciato di morte dalla camorra, per aver denunciato le sue azioni criminali in un libro - Gomorra - tradotto e letto in tutto il mondo.
È minacciata la sua libertà, la sua autonomia di scrittore, la possibilità di incontrare la sua famiglia, di avere una vita sociale, di prendere parte alla vita pubblica, di muoversi nel suo Paese.
Un giovane scrittore, colpevole di aver indagato il crimine organizzato svelando le sue tecniche e la sua struttura, è costretto a una vita clandestina, nascosta, mentre i capi della camorra dal carcere continuano a inviare messaggi di morte, intimandogli di non scrivere sul suo giornale, Repubblica, e di tacere.
Lo Stato deve fare ogni sforzo per proteggerlo e per sconfiggere la camorra. Ma il caso Saviano non è soltanto un problema di polizia. È un problema di democrazia. La libertà nella sicurezza di Saviano riguarda noi tutti, come cittadini.
Con questa firma vogliamo farcene carico, impegnando noi stessi mentre chiamiamo lo Stato alla sua responsabilità, perché è intollerabile che tutto questo possa accadere in Europa e nel 2008.
DARIO FO
MIKHAIL GORBACIOV
GUNTHER GRASS
RITA LEVI MONTALCINI
ORHAN PAMUK
DESMOND TUTU
(20 ottobre 2008)
Amoreiras Night Fever
Na próxima sexta-feira à noite esqueçam o CC Amoreiras para passar pelo supermercado, fazer outro tipo de compras ou até mesmo jantar. É que pelas 22 horas vai ali festejar-se os anos 80, num espaço especialmente transformado para o efeito. O evento, reservado a convidados e imprensa, terá como tema a cultura e a música que marcaram aquela década. Este ano, performers, artistas, top models e disc-jockeys integram o elenco de um espectáculo "eighties" criado pela FUN e onde terá lugar uma homenagem aos locutores de rádio e disc-jockeys portugueses que conheceram o sucesso nos anos 80, sendo convidados a animar a pista de dança com os melhores êxitos mundiais daquela década.
Roberto Saviano - 2
Continuo a transcrevo do jornal La Repubblica, de hoje:
Firma per Roberto Saviano
Roberto Saviano è minacciato di morte dalla camorra, per aver denunciato le sue azioni criminali in un libro - "Gomorra" - tradotto e letto in tutto il mondo. E' minacciata la sua libertà, la sua autonomia di scrittore, la possibilità di incontrare la sua famiglia, di avere una vita sociale, di prendere parte alla vita pubblica, di muoversi nel suo Paese. Un giovane scrittore, colpevole di aver indagato il crimine organizzato svelando le sue tecniche e la sua struttura, è costretto a una vita clandestina, nascosta, mentre i capi della camorra dal carcere continuano a inviare messaggi di morte, intimandogli di non scrivere sul suo giornale, "Repubblica", e di tacere.
Lo Stato deve fare ogni sforzo per proteggerlo e per sconfiggere la camorra. Ma il caso Saviano non è soltanto un problema di polizia. E' un problema di democrazia. La libertà nella sicurezza di Saviano riguarda noi tutti, come cittadini.
Con questa firma vogliamo farcene carico, impegnando noi stessi mentre chiamiamo lo Stato alla sua responsabilità, perché è intollerabile che tutto questo possa accadere in Europa e nel 2008.
Pode assinar em:
http://www.repubblica.it/speciale/2008/appelli/saviano2/index.html
O filme «Gomorra», de Matteo Garrone, baseado no livro de Roberto Saviano, está actualmente em exibição em Lisboa. E não só.
Firma per Roberto Saviano
Roberto Saviano è minacciato di morte dalla camorra, per aver denunciato le sue azioni criminali in un libro - "Gomorra" - tradotto e letto in tutto il mondo. E' minacciata la sua libertà, la sua autonomia di scrittore, la possibilità di incontrare la sua famiglia, di avere una vita sociale, di prendere parte alla vita pubblica, di muoversi nel suo Paese. Un giovane scrittore, colpevole di aver indagato il crimine organizzato svelando le sue tecniche e la sua struttura, è costretto a una vita clandestina, nascosta, mentre i capi della camorra dal carcere continuano a inviare messaggi di morte, intimandogli di non scrivere sul suo giornale, "Repubblica", e di tacere.
Lo Stato deve fare ogni sforzo per proteggerlo e per sconfiggere la camorra. Ma il caso Saviano non è soltanto un problema di polizia. E' un problema di democrazia. La libertà nella sicurezza di Saviano riguarda noi tutti, come cittadini.
Con questa firma vogliamo farcene carico, impegnando noi stessi mentre chiamiamo lo Stato alla sua responsabilità, perché è intollerabile che tutto questo possa accadere in Europa e nel 2008.
Pode assinar em:
http://www.repubblica.it/speciale/2008/appelli/saviano2/index.html
O filme «Gomorra», de Matteo Garrone, baseado no livro de Roberto Saviano, está actualmente em exibição em Lisboa. E não só.
Cinecidade ?
A primeira vez que ouvi falar desta ideia de construir uma " cidade do cinema " na Grande Lisboa, pensei que era mais um daqueles projectos anunciados e nunca concretizados. Recentemente, li na imprensa que o projecto será entregue em breve na Agência Portuguesa de Investimentos, e o local escolhido seria o Parque Empresarial da Quimiparque no Barreiro.
O projecto abarca àreas de cinema, televisão e publicidade, com vários estúdios e um pólo universitário associado.
O projecto abarca àreas de cinema, televisão e publicidade, com vários estúdios e um pólo universitário associado.
PENSAMENTO DO DIA
O povo português é, essencialmente, cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português : Foi sempre tudo.
- Fernando Pessoa
- Fernando Pessoa
Na Gulbenkian
Associado à exposição Weltliteratur, prossegue um ciclo de conferências, e o conferencista de hoje é o Cardeal Patriarca de Lisboa, D.José Policarpo.
Auditório 3 , às 18h.
Auditório 3 , às 18h.
As minhas músicas - 32 : Nobody does it better
Uma voz de que gosto muito- Carly Simon. Este tema deu também a volta ao mundo nos écrans de cinema no filme de James Bond desse ano ( 1977 ) , The spy who loved me.
As minhas músicas - 31: Don't go breaking my heart
Evidentemente, este vídeo não é de 1976, ano em que este tema foi lançado, mas é uma reunião dos dois- Elton John e Kiki Dee, tantos anos depois da gravação e é interessante ver como as vozes mudaram... A idade não perdoa mesmo.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Li e gostei - 1
Lisboa: Sextante, 2007
Grande Prémio de Romance e Novela APE 2007
Começa assim:
Naquele dia, véspera de São João, vistou as obras do Mercado.
- Não está mal, não senhor... E fica pronto quando?
Seguiu.
Travessas, muralhas. Um largo ajardinado.
Ah, a rua da Corredoura! Os arranjos, o prolongamento até à estação de comboios.
Bom projecto de início. Outros interesses, e a Câmara fora-lhe retirando importância. Fizera o que ali estava.
- Não vale nada.
[...]
Para crianças (e não só)
Do novo livro de Luísa Ducla Soares - O planeta azul (Porto: Civilização, 2008), ilustrado por Gisela Miravent.
«Vamos a la playa»
Righeira
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa
La bomba estallo
Las radiaciones tuestan
Y matizan de azul
Vamos a la playa
Todos con sombrero
El viento radiactivo
Despeina los cabellos
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa
Al fin el mar es limpio
No mas peces hediondos
Sino agua florecente
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Vamos a la playa
La bomba estallo
Las radiaciones tuestan
Y matizan de azul
Vamos a la playa
Todos con sombrero
El viento radiactivo
Despeina los cabellos
Vamos a la playa oh oh oh oh oh
Vamos a la playa
Al fin el mar es limpio
No mas peces hediondos
Sino agua florecente
Vamos a la playa oh o-o-o-oh
Meu samba torto
L. levou-me até à praia. O mar parecia um lago. Só me fez lembrar a calma deste samba de Celso Fonseca. Obrigado
Carreguei na ilusão de novo
E o tempero desandou por pouco
Enganei meu coração, mas que tolo
Quis achar a solução prá esse jogo
Aprendí a não brincar com fogo
Também quero ser feliz de todo
Se a rima escapulir eu não morro
Faço samba mesmo assim, no duro
Não vou chorar a dor dos outros
Vim prá sambar meu samba torto
Não vou chorar a dor dos outros
Vim prá sambar meu samba torto
Carreguei na ilusão de novo
E o tempero desandou por pouco
Enganei meu coração, mas que tolo
Quis achar a solução prá esse jogo
Aprendí a não brincar com fogo
Também quero ser feliz de todo
Se a rima escapulir eu não morro
Faço samba mesmo assim, no duro
Não vou chorar a dor dos outros
Vim prá sambar meu samba torto
Não vou chorar a dor dos outros
Vim prá sambar meu samba torto
Sócrates, fora de prazo
Respeitando o pedido do comentário do post anterior, aqui está.
Sócrates - Fora de Prazo (Sócrates - Best Before) from Spam Cartoon on Vimeo.
Realizado por (Directed by) Cristina Sampaio
Argumento de (Script by) João Paulo Cotrim
Som de (Sound by) José Condeixa
Uma produção (produced by) Sardinha em Lata
Sócrates - Fora de Prazo (Sócrates - Best Before) from Spam Cartoon on Vimeo.
Realizado por (Directed by) Cristina Sampaio
Argumento de (Script by) João Paulo Cotrim
Som de (Sound by) José Condeixa
Uma produção (produced by) Sardinha em Lata
Sócrates, sumo de laranja
Sócrates - Sumo de Laranja (Sócrates - Orange Juice) from Spam Cartoon on Vimeo.
Realizado por (Directed by) Cristina Sampaio
Argumento de (Script by) João Paulo Cotrim
Som de (Sound by) José Condeixa
Uma produção (produced by) Sardinha em Lata
Os EUA e a segurança
Estive nos últimos dias nos EUA; já não deveria surpreender o estado de polícia, mas mesmo assim... Durante o vôo, de uma companhia australiana, os passageiros foram informados que, por razões de segurança impostas pelos EUA eram proibidos as aglomerações de mais de duas pessoas em qualquer parte comum do avião, incluindo as casas de banho -- fez-me lembrar as descrições do tempo da velha senhora.
À chegada ao aeroporto, como sempre, fui seleccionado para uma "random security inspection". O polícia até se riu, quando no sistema viu o número de vezes que eu tinha sido "randomly selected" nos últimos meses (em Boston, Miami, San Francisco, New York... e agora, Honolulu). Uma das vezes, em que entrei com um grupo internacional, todos os estrangeiros foram "randomly selected" e todos os norte-americanos passaram automaticamente... Que aleatório.
Escusado será dizer que continuam a mandar tirar os sapatos nos raios X. State of fear, mantido a lume brando.
Mostra de Cinema Latino-Americano
No âmbito das comemorações dos 10 anos da Casa da América Latina, foi programada uma mostra de cinema a decorrer na FNAC-Chiado de 20 a 25 de Outubro, com sessões às 15h e às 18h30.
Uma boa oportunidade para ver ou rever belos filmes. Aqui fica o programa:
20 Out, Seg
15h- Fresa e Chocolate , de Tomas Gutièrrez Álea e Juan Carlos Tabió ( Cuba, 1994 )
18h30- Cidade de Deus , de Fernando Meireles e Kátia Lund ( Brasil, 2002 )
21 Out, Ter
15h- Ao encontro de Fidel , de Oliver Stone ( França-E.U.A. , 2004 )
18h30- Vinicius de Moraes , de Miguel Faria Jr. ( Brasil, 2005 )
22 Out, Qua
15h- Família Rodante, de Pablo Trapero ( Argentina, 2004 )
18h30- Luz silenciosa , de Carlos Reygadas ( México, 2007 )
24 Out, Sex
15h- Casa da Areia , de Andrucha Waddington ( Brasil, 2005 )
18h30- Nossa Senhora dos Matadores, de Barbet Schroeder ( Colômbia, 2000 )
25 Out, Sáb
18h30- Antes que anoiteça, de Julian Schnabel ( E.U.A, 2001 )
Uma boa oportunidade para ver ou rever belos filmes. Aqui fica o programa:
20 Out, Seg
15h- Fresa e Chocolate , de Tomas Gutièrrez Álea e Juan Carlos Tabió ( Cuba, 1994 )
18h30- Cidade de Deus , de Fernando Meireles e Kátia Lund ( Brasil, 2002 )
21 Out, Ter
15h- Ao encontro de Fidel , de Oliver Stone ( França-E.U.A. , 2004 )
18h30- Vinicius de Moraes , de Miguel Faria Jr. ( Brasil, 2005 )
22 Out, Qua
15h- Família Rodante, de Pablo Trapero ( Argentina, 2004 )
18h30- Luz silenciosa , de Carlos Reygadas ( México, 2007 )
24 Out, Sex
15h- Casa da Areia , de Andrucha Waddington ( Brasil, 2005 )
18h30- Nossa Senhora dos Matadores, de Barbet Schroeder ( Colômbia, 2000 )
25 Out, Sáb
18h30- Antes que anoiteça, de Julian Schnabel ( E.U.A, 2001 )
Darwin
Darwin é uma pequena cidade do noroeste da Austrália, perto de Singapura e de Timor Leste. Goza de um clima tropical e no seu calor pareceu-me uma paisagem lânguida - tudo se faz devagar, ou talvez com vagar, e mesmo nos restaurantes (inesperadamente bons e bem frequentados, d'une façon BCBG local, se tal se pode inferir) o calor intenso é pouco esbatido pelas ventoinhas que giram lentamente. De certa forma, faz lembrar Miami, mas em bruto.
Impressionou-me a dupla ladainha encontrável em cada esquina -- o bombardeamento por parte de tropas Japonesas durante a Segunda Guerra Mundial e a quase-total destruição da cidade pelo furacão Tracy na noite de Natal de 1974. Em cada esquina, em cada livraria, em cada nota de viagem. Na prática, são as duas referências históricas que definem os seus cidadãos. Por inacreditável que pareça, a capa do tablóide local num dos dias da semana passada fazia referência ao furacão Tracy... e o ataque japonês é o mote apregoado do novo filme de Baz Luhrmann, "Australia", com Nicole Kidman e Hugh Jackman, a estrear no próximo mês.
Fiquei com vontade de lá voltar.
Lamentos
Referendo na Dinamarca
Está já marcado para o dia 7 de Junho de 2009 o referendo no qual os dinamarqueses se pronunciarão sobre uma eventual alteração das regras constitucionais sobre a sucessão no trono.
Actualmente, a Constituição dinamarquesa estipula que as mulheres só podem subir ao trono na falta de herdeiros masculinos, o que para muitos, incluíndo o actual primeiro ministro, viola o princípio da igualdade entre homens e mulheres.
Assim, pouco a pouco vai desaparecendo nas monarquias europeias o regime chamado semi-sálico, pelo qual os herdeiros masculinos preferiam aos femininos, ainda que estes fossem mais velhos.
De qualquer modo, a questão não era urgente na Dinamarca pois que o neto mais velho da Rainha é o Príncipe Cristiano, de 3 anos de idade. Em Espanha, a questão é mais premente...
Actualmente, a Constituição dinamarquesa estipula que as mulheres só podem subir ao trono na falta de herdeiros masculinos, o que para muitos, incluíndo o actual primeiro ministro, viola o princípio da igualdade entre homens e mulheres.
Assim, pouco a pouco vai desaparecendo nas monarquias europeias o regime chamado semi-sálico, pelo qual os herdeiros masculinos preferiam aos femininos, ainda que estes fossem mais velhos.
De qualquer modo, a questão não era urgente na Dinamarca pois que o neto mais velho da Rainha é o Príncipe Cristiano, de 3 anos de idade. Em Espanha, a questão é mais premente...
As minhas músicas - 30 : I love to love
O ano é 1976, e o disco já domina as pistas de dança, as rádios, os programas de televisão. Aqui fica Tina Charles, muito jovem e com uma aura de inocência.
As minhas músicas - 29 : Dreamer
Este foi o primeiro grande êxito dos Supertramp, do seu terceiro álbum- Crime of the Century. Outros ainda maiores se seguiriam- The logical song, It's raining again etc. Tive pena quando terminaram em 1983. Gostava do som deles.
Biografias, autobiografias e afins - 2
Na sequência da lembrança pela nossa MR do aniversário de Arthur Rimbaud, aqui fica a notícia sobre a mais recente biografia escrita por Edmund White que, depois de se ter dedicado brilhantemente a Proust e a Genet, optou por nos dar agora a vida deste poeta-aventureiro, ídolo de sucessivas gerações de poetas e amantes da poesia.
O livro é recente, ainda não o vi em terras lusas, mas com a toda a certeza está já disponível pela net. A editora é a Atlas&Co.
O livro é recente, ainda não o vi em terras lusas, mas com a toda a certeza está já disponível pela net. A editora é a Atlas&Co.
Lágrimas Negras
Sábado fui, com amigos, ver «Black Tears», um documentário de 1997, realizado por Sónia Herman Dolz, que cruza as digressões internacionais do conjunto La Vieja Trova Santiaguera com o quotidiano dos músicos em Cuba. Ingénuo e comovente.
La Vieja Trova Santiaguera - «Chicharrones»
La Vieja Trova Santiaguera - «Chicharrones»
Rimbaud na voz de Léo Ferré
No dia em que se completam 154 anos sobre o nascimento de Rimbaud.
Léo Ferré - Les assis (Bobino 1969)
LES ASSIS
Noirs de loupes, grêlés, les yeux cerclés de bagues
Vertes, leurs doigts boulus crispés à leurs fémurs,
Le sinciput plaqué de hargnosités vagues
Comme les floraisons lépreuses des vieux murs;
Ils ont greffé dans des amours épileptiques
Leur fantasque ossature aux grands squelettes noirs
De leurs chaises ; leurs pieds aux barreaux rachitiques
S'entrelacent pour les matins et pour les soirs!
Ces vieillards ont toujours fait tresse avec leurs sièges,
Sentant les soleils vifs percaliser leur peau
Ou, les yeux à la vitre où se fanent les neiges,
Tremblant du tremblement douloureux du crapaud.
Et les Sièges leur ont des bontés : culottée
De brun, la paille cède aux angles de leurs reins;
L'âme des vieux soleils s'allume emmaillotée
Dans ces tresses d'épis où fermentaient les grains.
Et les Assis, genoux aux dents, verts pianistes,
Les dix doigts sous leur siège aux rumeurs de tambour,
S'écoutent clapoter des barcarolles tristes,
Et leurs caboches vont dans des roulis d'amour.
- Oh ! ne les faites pas lever ! C'est le naufrage...
Ils surgissent, grondant comme des chats giflés,
Ouvrant lentement leurs omoplates, ô rage!
Tout leur pantalon bouffe à leurs reins boursouflés.
Et vous les écoutez, cognant leurs têtes chauves
Aux murs sombres, plaquant et plaquant leurs pieds tors,
Et leurs boutons d'habit sont des prunelles fauves
Qui vous accrochent l'oeil du fond des corridors!
Puis ils ont une main invisible qui tue:
Au retour, leur regard filtre ce venin noir
Qui charge l'oeil souffrant de la chienne battue,
Et vous suez pris dans un atroce entonnoir.
Rassis, les poings noyés dans des manchettes sales,
Ils songent à ceux-là qui les ont fait lever
Et, de l'aurore au soir, des grappes d'amygdales
Sous leurs mentons chétifs s'agitent à crever.
Quand l'austère sommeil a baissé leurs visières,
Ils rêvent sur leur bras de sièges fécondés,
De vrais petits amours de chaises en lisière
Par lesquelles de fiers bureaux seront bordés;
Des fleurs d'encre crachant des pollens en virgule
Les bercent, le long des calices accroupis
Tels qu'au fil des glaïeuls le vol des libellules
- Et leur membre s'agace à des barbes d'épis.
Arthur Rimbaud
In: Poésies 1870-1871
Léo Ferré - Les assis (Bobino 1969)
LES ASSIS
Noirs de loupes, grêlés, les yeux cerclés de bagues
Vertes, leurs doigts boulus crispés à leurs fémurs,
Le sinciput plaqué de hargnosités vagues
Comme les floraisons lépreuses des vieux murs;
Ils ont greffé dans des amours épileptiques
Leur fantasque ossature aux grands squelettes noirs
De leurs chaises ; leurs pieds aux barreaux rachitiques
S'entrelacent pour les matins et pour les soirs!
Ces vieillards ont toujours fait tresse avec leurs sièges,
Sentant les soleils vifs percaliser leur peau
Ou, les yeux à la vitre où se fanent les neiges,
Tremblant du tremblement douloureux du crapaud.
Et les Sièges leur ont des bontés : culottée
De brun, la paille cède aux angles de leurs reins;
L'âme des vieux soleils s'allume emmaillotée
Dans ces tresses d'épis où fermentaient les grains.
Et les Assis, genoux aux dents, verts pianistes,
Les dix doigts sous leur siège aux rumeurs de tambour,
S'écoutent clapoter des barcarolles tristes,
Et leurs caboches vont dans des roulis d'amour.
- Oh ! ne les faites pas lever ! C'est le naufrage...
Ils surgissent, grondant comme des chats giflés,
Ouvrant lentement leurs omoplates, ô rage!
Tout leur pantalon bouffe à leurs reins boursouflés.
Et vous les écoutez, cognant leurs têtes chauves
Aux murs sombres, plaquant et plaquant leurs pieds tors,
Et leurs boutons d'habit sont des prunelles fauves
Qui vous accrochent l'oeil du fond des corridors!
Puis ils ont une main invisible qui tue:
Au retour, leur regard filtre ce venin noir
Qui charge l'oeil souffrant de la chienne battue,
Et vous suez pris dans un atroce entonnoir.
Rassis, les poings noyés dans des manchettes sales,
Ils songent à ceux-là qui les ont fait lever
Et, de l'aurore au soir, des grappes d'amygdales
Sous leurs mentons chétifs s'agitent à crever.
Quand l'austère sommeil a baissé leurs visières,
Ils rêvent sur leur bras de sièges fécondés,
De vrais petits amours de chaises en lisière
Par lesquelles de fiers bureaux seront bordés;
Des fleurs d'encre crachant des pollens en virgule
Les bercent, le long des calices accroupis
Tels qu'au fil des glaïeuls le vol des libellules
- Et leur membre s'agace à des barbes d'épis.
Arthur Rimbaud
In: Poésies 1870-1871
domingo, 19 de outubro de 2008
I Pagliacci : "No, pagliaccio non son"
Luciano Pavarotti com Teresa Stratas (Nedda) e Juan Pons (Tonio)
I Pagliacci : Vesti la Guibba
Quantos de nós não vestimos uma máscara todos os dias... e temos de sorrir, embora tristes.
I Pagliacci : Ópera de Ruggero Leoncavallo (1892) aqui interpretado por Luciano Pavaroti
I Pagliacci : Ópera de Ruggero Leoncavallo (1892) aqui interpretado por Luciano Pavaroti
Anastasiya STOCKAYA : Анастасия Стоцкая
A pedido de miss Tolstoi, que nos quer dar a conhecer música russa
Entretanto, na Islândia...
Nunca se falou tanto neste país como actualmente. A Islândia está a desfrutar dos seus quinze minutos de fama, mas pelas piores razões. O pacato país onde se vivia bem e se consumia como se o mundo fosse acabar para a semana, está a enfrentar os primeiros sobressaltos. A inflação começa a instalar-se; ontem os primeiros protestos junto ao Parlamento, um dos mais antigos do mundo , e os cidadãos cada vez mais preocupados com as suas economias ( agora virtuais ? ) ; alguns islandeses a voltarem à pesca e a ponderarem saírem do país.
Este país da prosperidade a crédito ( onde uma grande maioria da população dispunha de segunda e terceira habitações pagas a crédito ) vai ser , involuntariamente, um laboratório social e económico...
Este país da prosperidade a crédito ( onde uma grande maioria da população dispunha de segunda e terceira habitações pagas a crédito ) vai ser , involuntariamente, um laboratório social e económico...
A arte do retrato: Adriano, imperador romano (AD 76 - 138)
Este ex-libris da exposição “Life, love, legacy – Hadrian: empire and conflict”, a decorrer no British Museum até 26 de Outubro e apresentada por João Soares em Julho, representa o busto do imperador romano em bronze. Foi descoberto numa fortaleza romana em Tel Shalem (Israel) em 1975, situada no vale do rio Jordão e de importância estratégica no cruzamento de várias rotas no Médio Oriente.
Ainda que a peça nos pareça uníssona na sua configuração, é possível que o torso provenha de uma estátua anterior, literalmente encabeçada por um rosto de Adriano posterior.
A exposição londrina integra o retrato num contexto bélico: o Império Romano como força de violência e destruição (e não na sua extensão de civilização), mais concretamente na agressão invasiva contra o povo judeu entre os anos de 132 a 136.
Dos muitos retratos de Adriano em bronze que seguramente existiram durante a Antiguidade, apenas três sobreviveram até aos nossos tempos. A beleza e riqueza ornamental com que a cabeça e o torso foram elaborados tornam este busto num dos exemplos mais bem sucedidos na história do retrato de imperadores romanos. A frente da armadura, sumptuosa na sua decoração, mostra-nos seis guerreiros em combate assíduo. Pormenores desta batalha retratada são desconhecidos.
Como todas as imagens de Adriano, também esta escultura contempla uma particularidade anatómica do imperador, infelizmente não visível nestas fotografias: o lóbulo da orelha é profundamente vincado na diagonal o que indicia que Adriano terá sofrido de uma doença arterial coronária.
Ainda que a peça nos pareça uníssona na sua configuração, é possível que o torso provenha de uma estátua anterior, literalmente encabeçada por um rosto de Adriano posterior.
A exposição londrina integra o retrato num contexto bélico: o Império Romano como força de violência e destruição (e não na sua extensão de civilização), mais concretamente na agressão invasiva contra o povo judeu entre os anos de 132 a 136.
Contudo, esta escultura não deixa de ser uma das muitas provas da qualidade de retratos com que a Antiguidade Romana imortalizou os seus heróis para a posteridade.
Rever a inocência
Acabei de ver há pouco A Idade da Inocência, de Martin Scorcese. Pela sexta ou sétima vez?
Não tenho a certeza. Primeiro em cinema, claro, depois em dvd e na televisão. Hoje, foi por mero acaso quando ao fazer zapping me deparei com este belissímo filme no canal Axn. E não consegui deixar de o ver outra vez. Daniel Day-Lewis, um dos melhores actores da sua geração, e Michelle Pfeiffer em estado de graça. E Wynona Ryder tem uma das suas melhores interpretações até hoje. E ao fim e ao cabo é a vencedora deste triângulo. O deslumbrante guarda-roupa, a banda sonora, a cenografia, tudo está perfeito. Magnífica adaptação do romance de Wharton. E há sempre um pormenor que se capta. O de hoje, ainda por cima, não era de somenos- a narradora é Joanne Woodward. Adoro este filme, apesar de não ter um final feliz. Ou será por isso?
Não tenho a certeza. Primeiro em cinema, claro, depois em dvd e na televisão. Hoje, foi por mero acaso quando ao fazer zapping me deparei com este belissímo filme no canal Axn. E não consegui deixar de o ver outra vez. Daniel Day-Lewis, um dos melhores actores da sua geração, e Michelle Pfeiffer em estado de graça. E Wynona Ryder tem uma das suas melhores interpretações até hoje. E ao fim e ao cabo é a vencedora deste triângulo. O deslumbrante guarda-roupa, a banda sonora, a cenografia, tudo está perfeito. Magnífica adaptação do romance de Wharton. E há sempre um pormenor que se capta. O de hoje, ainda por cima, não era de somenos- a narradora é Joanne Woodward. Adoro este filme, apesar de não ter um final feliz. Ou será por isso?
As minhas músicas - 28: Il venait d' avoir dix huit ans
E ainda outra excepção. Quando pensei em Dalida, tinha escolhido o seu sucesso de 1976, J' attendrai, desde logo porque foi o primeiro single disco francês. Hoje, resolvi fazer um pequeno desvio cronológico e escolhi esta canção de 1973, sem dúvida um dos maiores sucessos nesta carreira de três décadas. Dalida e os seus irresistíveis érres.
As minhas músicas - 27 : Bohemian Rapsody
Uma banda de que gosto muito, e este um dos seus grandes temas. Habitualmente, tenho procurado postar vídeos contemporâneos do lançamento das músicas, mas desta vez faço uma justificada excepção. Aqui fica esta actuação ao vivo, no Live Aid de 1985, precisamente dez anos depois de ter sido editada esta Bohemian Rapsody.
Há 107 anos
O dirigível de Santos Dumont
dá uma volta em torno da Torre Eiffel,
pela qual ele recebe do Aero Clube de Paris
o prémio Deutsch.
Paco Ibañez canta dois poetas castelhanos
Por sugestão de Miss Tolstoi, porque durante anos ouvi «obsessivamente» Paco Ibañez, que me fez conhecer muitos poetas espanhóis, e, já agora, no seguimento de «Money»...
Escutem as palavras destes poetas, muito actuais.
Francisco Quevedo - «Don Dinero»
Arcipreste de Hita - «Lo que puede el dinero»
E, Miss Tolstoi, acho que não sabe, mas ele vem cantar a Lisboa, à Culturgest, no dia 9 de Janeiro de 2009, às 21h30. E sabia que ele tem um site?: http://www.aflordetiempo.com/webNova.htm
Escutem as palavras destes poetas, muito actuais.
Francisco Quevedo - «Don Dinero»
Arcipreste de Hita - «Lo que puede el dinero»
E, Miss Tolstoi, acho que não sabe, mas ele vem cantar a Lisboa, à Culturgest, no dia 9 de Janeiro de 2009, às 21h30. E sabia que ele tem um site?: http://www.aflordetiempo.com/webNova.htm