Prosimetron

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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ainda a 14 de Novembro- O Príncipe de Gales


Charles Windsor, que todos conhecemos como Príncipe Carlos, faz hoje 60 anos. Arrisco-me a dizer que é o herdeiro mais conhecido de todos. E um dos que mais há tempo espera...
Aquele que foi olhado muito tempo como um excêntrico, distante e isolado do mundo real, ganhou nova vida e popularidade quando casou com Diana Spencer, embora o resultado final tenha sido o que conhecemos- escândalo e divórcio.
Com a morte de Diana, há já dez anos, a popularidade do príncipe diminuiu a níveis nunca vistos- a seguir ao funeral de Diana, metade dos britânicos queria que a coroa passasse directamente para William, filho mais velho de Carlos e Diana, e noutra sondagem mais tarde 88% eram contra o casamento de Carlos com Camilla, e 55% achavam que se eles casassem, ele deveria renunciar ao trono.
Como se costuma dizer, as sondagens valem o que valem, especialmente sob pressão emocional.
A verdade é que precisamente três anos depois do funeral da avó de Carlos, a Rainha-Mãe Elizabeth, Carlos e Camilla casaram. E, ao que tudo indica, parecem ser felizes.
Hoje em dia, a imagem que se tem de Carlos, especialmente os seus futuros súbditos, mudou bastante. Tanto no plano pessoal, como no "profissional", para o que contribui o seu intenso trabalho como patrono ou presidente de 400 organizações, bem como a sua própria The Prince's Charities, grupo que aglomera as 16 instituições caritativas de que é presidente ( tendo fundado pessoalmente 14 delas ) , e que é a maior organização do género na Grã-Bretanha angariando anualmente cerca de 100 milhões de libras. É obra.
Lembro-me perfeitamente quando Carlos era ridicularizado a propósito das suas preocupações ambientais, designadamente com a camada de ozono , ou com os aerossóis ( lembram-se quando Diana se queixou que estava proibida de usar lacas à base deles? ), ou ainda com as alterações climáticas. Hoje, são preocupações que estão na ordem do dia.
Não foi só pelo meu interesse pela heráldica que coloquei a ilustrar este post as armas do Príncipe Carlos, mas também pelo motto em alemão que nelas está inscrito- Ich dien .
Eu sirvo, do verbo servir. O príncipe como o primeiro servidor .


9 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

Pois, é a mesma história que temos por cá. Dizem o mesmo do duque de Bragança. Estes dois senhores estão acima de qualquer suspeita de conluios com o chamado mundo dos "negócios". Os republicanos não podem gabar-se do mesmo.

Anónimo disse...

E o final da monarquia não foi um regabofe?

Anónimo disse...

O príncipe Bernardo da Holanda também foi imune às negociatas, não foi?

Anónimo disse...

Sempre gostei desta personagem por ser distante e isolado.

Penso que os media o trataram um pouco mal: um homem atrás de uma mulher que se tornou mediática por fazer parte de um conto de fadas... Será só isto?

Ser patrono de 400 organizações e 16 de caridade, mesmo contando com um bom "staff", julgo que tem mérito.
Gostar de cavalos, de pólo e da natureza só lhe fica bem.
Desejo felicidades ao príncipe.
A.R.

Anónimo disse...

Não há pachorra...
Mas sabem porque é que eu nutro alguma simpatia pelo príncipe Carlos? Porque ele mandou às urtigas a mulher que todos desejavam e foi viver com uma que toda a gente acha feiosa, etc. E as pessoas perguntam-se: «-Como é que ele pode fazer uma coisa destas?»
É de se lhe tirar o chapéu!
C.

LUIS BARATA disse...

Meu caro C,
Parece é que efectivamente Camilla devia ter sido a primeira escolha de Carlos, o que no princípio dos anos 70, quando se conheceram e apaixonaram, era difícil de aceitar.
Quanto às afinidades culturais e de temperamento de Carlos e Camilla, por oposição a Carlos e Diana, penso que tudo já foi dito e escrito...

LUIS BARATA disse...

Vejo que continuam as picardias Monarquia/República aqui pelo blogue. Ainda bem. É salutar.
Parece-me menos salutar o artigo da nossa Constituição que proíbe a discussão do regime por via de referendo...

Anónimo disse...

E para mais neste mundo que só cultiva a juventude e a aparência...
Desculpe, Luís Barata, mas só nos faltava referendar o regime...
C.

João Mattos e Silva disse...

Caros anónimos: em matéria de negócios, o final da Monarquia não foi um regabofe; esses vieram depois nas três repúblicas que se lhe seguiram.E continuam. E quanto ao C., porque não referendar o regime? Não é isso liberdade, não é isso democracia? Ou a República é uma vaca sagrada e, como tal, intocável?! Ai a coerência...