Foi com surpresa que vi ontem, e graças ao aviso de um prosimetronista, o documentário de Eduarda Maio que passou depois do noticiário das 20h na RTP1, em horário nobre (!), sobre o último Rei de Portugal.
Um gesto bonito para com o principal vencido do 5 de Outubro de 1910, e onde foi focado sobretudo o seu exílio inglês, salientando a imensa generosidade de D.Manuel II até ao fim dos seus dias para com os seus conterrâneos mas também para o povo que o acolheu. E não posso deixar de mencionar a participação de Clara Macedo Cabral, amiga de vários prosimetronistas e radicada em Londres, que falou pela Maggs, os conhecidos livreiros que forneceram ao soberano exilado os preciosos volumes do séc.XVI que estão hoje em Vila Viçosa.
Parabéns à RTP, e espero que não tenha havido indigestões por parte dos mais fundamentalistas, de um lado e doutro das barricadas...
P.S.- Um doce, ou melhor uma caixa para não me chamarem sovina, a quem adivinhar quem pintou o retrato que está acima. Uma pista- é um grande nome da pintura portuguesa.
9 comentários:
AMADEU!
Fico à espera da caixa de chocolates. :)
Não fico porque sou uma "rapariga" séria. Não sabia. E não chegava lá sem a ajuda da net. Procurei e encontrei.
Esqueci-me de dizer que o quadro é giro.
Esqueci-me de dizer que até pensei que era uma das primeiras obras de Luís Pinto Coelho.
O quadro não me era desconhecido. Devo-o ter visto, pelo menos, na grande expo do Amadeu na Gulbenkian. Mas a cabeça...
Vi o documentário, e gostei. D. Manuel II nunca me foi antipático, até porque gostava de livros...
M.R. - Não estava fora das "regras" a ajuda da net, por isso tem direito aos chocolates. Vou ver se consigo supreendê-la em tal domínio.
APS- Sem qualquer proselitismo, que nem faria sentido, recomendo a leitura da biografia da autoria da Maria Cândida Proença, na colecção Círculo de Leitores/Temas e Debates. Um manancial de informação sobre os anos de exílio que ainda são mal conhecidos por muitos portugueses.
Não pude ver o documentário, mas hoje já me disseram bem dele que voltou a passar na RTPN á noite.
Concordo com APS e já li a biografia, feita por uma republicana. :)
Parece que existe alguém, algures, que sabe contar bem a "história" da biblioteca de Vila Viçosa...
Cara HMJ: Uma das "histórias" é o enriquecimento dos Maggs, os livreiros-fornecedores, que nem sempre teriam agido com a maior lisura com D.Manuel. Mas, mesmo sendo verdade,tal facto e tais preços não diminuem o Rei-bibliófilo mas sim quem porventura o enganou...
Não é meu costume fazer propaganda de empresas, muitos menos dos Maggs que não precisam de publicidade.
O que importa, de facto, esclarecer, devidamente, é o período de pós-aquisição e o pagamento pelo Estado, i.e. da República Portuguesa, dos livros do PDVV, mesmo os adquiridos a preços duvidosos - como refere -, por parte de DMII.
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