Rosas
A minha mesa está cheia de rosas,
Como o lindo canteiro dum jardim,
Onde só as roseiras mais formosas
Se adornassem de rosas para mim.
Brancas, vermelhas, cor-de-rosa, escuras,
De toda a procedência e qualidades,
Tenho entre elas, como entre as criaturas,
O meu amor e as minhas amizades.
E o meu Amor é uma perfeita dama,
Gentil e grave, perfumada e bela,
Vestida d’amarelo e que se chama…
Mas… silêncio! não digo o nome dela.
E fico a olhar as rosas, recordando
A grinalda de rosas, com que outrora
Eu li, já não sei onde nem sei quando
Que era representada sempre a aurora.
[…]
Fausto Guedes Teixeira
In: O meu
livro. Ed. definitiva. Porto: Marânus, 1941, 1.ª pt., p. 125
5 comentários:
Belíssimo poema, deste poeta desconhecido para a maioria!
Um beijinho.:)
Pois é.
Bom dia!
Não conhecia o poema mas gostei muito.
Boa tarde!:))
A Cláudia tem razão, pela minha parte, creio que nunca ouvi falar...mas gostei do poema e dos cromos:)
Bom fim-de-semana para todas as senhoras:)
E existe sempre uma Rosa que nos recorda o que se não esquece!
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