Van Gogh - Vista do apartamento de Theo (pormenor).
Da tradição da pintura de flores às ruturas estéticas da modernidade, a exposição, organizada com o Museu Van Gogh em Amsterdão, destaca os intercâmbios artísticos, estéticos e amigáveis entre os pintores holandeses e franceses, desde Napoleão ao início do século XX.
A partir de 1850 mais de mil pintores holandeses deixaram o seu país para aprender, a maioria estabelecendo-se em Paris. Os pintores tiveram a oportunidade de aprender, encontrar lugares para expor e vender as suas obras, ou simplesmente fazer novos contactos.
Estas estadias, mais ou menos longas, às vezes são o primeiro passo para uma instalação definitiva em França. Em qualquer caso, alguns deles tiveram uma influência decisiva no desenvolvimento da pintura holandesa, quando artistas como Jacob Maris e Breitner voltaram para a Holanda e aí difundiram novas ideias.
Da mesma forma, artistas como Jongkind ou Van Gogh mostraram aos seus camaradas franceses, temas, cores, caminhos próximos da sensibilidade holandesa, inspirada na tradição da Idade de Ouro holandesa que o público francês descobre nesse período.
Ao longo da exposição, obras de artistas franceses contemporâneos (como Géricault, David, Corot, Millet, Boudin, Cézanne, Monet,
Signac ou Picasso) servem como ponto de referência e comparação com as obras de Ary Scheffer, Van Dongen ou Mondrian.
Esta exposição que esteve no ano passado em Amesterdão, pode agora ser vista no Petit Palais, em Paris, até 13 de maio.
2 comentários:
Como é bonito o mundo visto pelos olhos dos impressionistas!
Tem razão, Bea.
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