Lisboa: Tinta da China, 2021
Estou a ler este livro de entrevistas de Alexandre O'Neill, dadas entre 1944 e 1985. Como já aqui disse várias vezes, gosto deste tipo de livros. E acima de tudo, gosto de O'Neill.
[O meu ambiente de trabalho é] «o mais favorável: água-furtada, terraço, vista de cinemascópio sobre a cidade e o Tejo, sossego de aldeia a dez minutos do Chiado». (p. 27)
[Escrevo] «com certa facilidade», «mas depois corrijo muito, uma, duas, três, quatro vezes, até o poema estar objeto... Normalmente ponho os poemas a dormir na gaveta, para me despegar deles. Quando os descongelo, corrijo ainda, esqueço-os 'por dentro' e passo a encará-los como se tivessem sido feitos por qualquer outra pessoa. Só nesta fase os considero resistentes para publicação.» (p. 27)
«Acato bem as críticas, mas quando considero definitivamente pronto um poema sou incapaz de o corrigir.» (p. 28)
[A minha poesia] «É uma poesia que pode provocar o riso, mas sempre um riso incómodo. E interpreto o facto desta maneira muito simples: é uma poesia dos ridículos sociais.» (p. 36)
Este livro ainda há de voltar aqui.
4 comentários:
Já sabe que o tenho e como gosto do autor. A capa é linda e o marcador também 🍒
Há palavras que nos beijam como se tivessem boca... 👄
Boa semana!
O marcador já está arrumado.
Boa semana! 🍒
Também já frequentei e registei (4/12/21), com gosto e proveito.
Boa tarde e semana!
Só li ainda 1/3 do livro, mas tenho-o feito igualmente com gosto e proveito.
Boa semana!
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