Não, não é fotomontagem. É mesmo a bandeira monárquica hasteada na varanda dos Paços do Concelho, na Praça do Município em Lisboa. Foi uma iniciativa do
31 da Armada, que apesar do policiamento habitual conseguiu levar a cabo este feito na passada madrugada. Ao meio-dia ainda lá estava, não sei se entretanto a retiraram.
Já há quem lhe chame uma "acção terrorista" na blogosfera, espero que não percam o sentido das proporções. Terrorismo é outra coisa. Bem sei que é um acto simbólico, mas espero que não levem a mal o meu entusiasmo... :)
A foto foi tirada da edição on-line do i.
1 comentário:
Aprecio uma boa acção política. O cidadão que pela madrugada atravessou a Praça do Município de escada ao ombro, subiu à varanda e hasteou a bandeira da Monarquia tem a minha simpatia. Acção justa: defende uma causa. Acção oportuna: aproveita-se da proximidade do centenário da República. Acção no lugar certo: naquela varanda foi mudado o regime, em 1910. Acção estética: é bonita aquela bandeira. Acção bem propagandeada: filmou-se a coisa. E, sobretudo, acção como devem ser as políticas: comprometendo só quem a faz (não mandando outros à frente), e com um gesto sem consequências definitivas (não se arriscou sangue, só umas bordoadas na esquadra vizinha). É pena que com tanto acerto se descurasse um ponto: a causa em si. A causa é digna, já o disse, mas não me anima restaurar a Monarquia. Eu, quando quero jogar, vou ao casino. Apostar que o filho do rei, por ser filho do rei, é quem melhor nos governa pode dar jackpot (D. João II) ou a forte probabilidade de um cretino (a lista não cabe aqui). Mas, repito, gostei da acção. Como gosto de cada vez que a Liga para a Libertação dos Anões de Jardim rouba um.
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