A Jerónimo Martins gosta tanto dos trabalhadores que até escolhe o 1º de Maio para fazer a super-promoção onde parece que até alguns produtos foram vendidos abaixo do preço de custo... A CGTP tinha pedido um boicote, o Pingo Doce respondeu com a natureza humana...
Pancadaria nalgumas lojas, horas de espera sem conseguir entrar e depois as lojas a fecharem mais cedo ( 18h ) para escoarem todos os que já estavam dentro. A crise, a crise, mas depois centenas de euros pagos duma vez. Imagino os cofres da Jerónimo Martins esta manhã...
Sem dúvida, que a escolha do dia foi muito infeliz e deliberada por parte do Grupo J. Martins. Sem dúvida, que as imagens de ontem foram assustadoras. Contudo, e indo ao encontro de alguns comentários anteriores desta plataforma, penso ser importante destacar que quem aufere 485 € / mês de vencimento aproveita naturalmente esta campanha, estando horas na fila e pagando valores superiores a 100 € que conferem um desconto (irrecusável) de 50%. Face às circunstâncias macroeconómicas actuais, este desfecho de ontem era mais do que expectável
Desculpe-me, FVN, por baixar à Terra, mas tenho dúvidas que, quem aufere 485 euros por mês, se possa dar ao luxo de gastar 100 euros, num só dia, e em compras.
Que a estratégia foi bem montada, conhecendo o público alvo (nós, portugueses), não há dúvida. Mas é lamentável. E enquanto me lembre disto, não sei se porei os pés num Pingo Doce, etc., apesar de até gostar dos produtos deles.
Caro APS, considerou o desconto no pagamento? E a avaliar pelos depoimentos de quem esteve horas na fila, muitos eram de desempregados que aproveitaram para fazer as compras de um mês inteiro
Reparei. Pena foi, meu caro FVP, que os sociólogos e psicólogos portugueses - sempre tão prontos nas tragédias - não tivessem montado banca no PD, para analisar este "case study" notável. Saberíamos assim que tipo de população cobiçosa e esfaimada lá foi. Mas continuo na minha (desculpe!), porque há muita economia paralela (da droga, sobretudo), muito falso desempregado, muita estatística incorrecta - neste particular, como se sabe. Na minha opinião (talvez teimosa...), não foram os assalariados do "mínimo" que lá foram, até porque a publicidade prévia à caridade (como aliás fica bem) do sr. Santos foi discreta, embora eficaz.
A caminho do emprego, estava a ouvir as declarações da DECO na rádio. Talvez tenha oportunidade de as ouvir também. Concordo com o que refere quanto à economia paralela e a outros "fenómenos" que demonstram a situação deplorável em que nos encontramos. Contudo,continuo na minha (desculpe!), não exclua totalmente a hipótese de alguns (muitos?) que lá foram ontem, pertencerem ao grupo dos assalariados do "mínimo".
APS, quanto a sociólogos, talvez o casal Mónica-Barreto lá pudesse ter montado anca, enquanto o assalariado do senhor Santos vendia uns vinhos do Douro. Viram uma publicidade do Pingo Doce? O António Barreto, em forma de garrafa, a vender uns vinhos? Se não tivesse visto, não acreditava.
Ora viva, Miss Tolstoi, infelizmente não vi o Barreto nessa cena, e tenho pena..:-))
Entretanto, meu caro FVN, embora não tivesse ouvido a DECO, vamos à tréplica: em boa verdade e com absoluto rigor, nenhum de nós poderá afirmar se havia ou não havia assalariados do "mínimo", na sopa dos pobres do sr. Santos; e, no fundo, estarei a afastar-me do cerne da questão que mais me preocupa, nisto tudo. Que é a perversão de um "sistema" que permite ao excelso e impoluto sr. Santos fazer "caridade" à custa dos fornecedores e demora nos pagamentos (quase ombreia com o Estado)e afrontar, ostensivamente, a festa do Trabalho, comprando os mais fracos (de bolsa e de espírito). Porque, ao aliciar os fregueses, com 50% de desconto, ou o homem estava a perder dinheiro ou então costuma precificar os produtos que vende, com margens escandalosas. E, aqui, será um caso de Polícia, Justiça ou ASAE.
Como em tudo na vida, a consciência e a noção de responsabilidade dos mais esclarecidos - também consumidores - fará toda a diferença perante capitalistas selvagens e hipócritas a minarem, de forma silenciosa, a democracia que não tem nada a ver com as "massas" que a JM pretende salvar. E ele há tantas lojas, tantos mercados - de frescos - na nossa proximidade. E ele há tanto bom pão caseiro ...
HMJ, E compra-se muito mais barato nos mercados. Para já não falar na qualidade da fruta e dos legumes. Eu sei quanto tempo dura uma alface comprada num mercado e quantos dias dura uma alface (encharcada em água) comprada num supermercado. Para já não falar no preço. A preguiça para ir ao mercado ao sábado de manhã é que, muitas vezes, é muita. :)
Miss Tolstoi, Eu por acaso até tenho um exemplar dessa triste publicidade. Foi-me dada por uma amiga que não é não morre de amores pelo Barreto, ao contrário de mim que até simpatizo com ele.
16 comentários:
Negro, pelo golpe baixo...
Sete horas numa bicha, segundo me disseram. :(
A Jerónimo Martins gosta tanto dos trabalhadores que até escolhe o 1º de Maio para fazer a super-promoção onde parece que até alguns produtos foram vendidos abaixo do preço de custo...
A CGTP tinha pedido um boicote, o Pingo Doce respondeu com a natureza humana...
Pancadaria nalgumas lojas, horas de espera sem conseguir entrar e depois as lojas a fecharem mais cedo ( 18h ) para escoarem todos os que já estavam dentro. A crise, a crise, mas depois centenas de euros pagos duma vez. Imagino os cofres da Jerónimo Martins esta manhã...
Nojento!
Sem dúvida, que a escolha do dia foi muito infeliz e deliberada por parte do Grupo J. Martins. Sem dúvida, que as imagens de ontem foram assustadoras. Contudo, e indo ao encontro de alguns comentários anteriores desta plataforma, penso ser importante destacar que quem aufere 485 € / mês de vencimento aproveita naturalmente esta campanha, estando horas na fila e pagando valores superiores a 100 € que conferem um desconto (irrecusável) de 50%. Face às circunstâncias macroeconómicas actuais, este desfecho de ontem era mais do que expectável
Lamentável é o que posso afirmar da falta de respeito para com os trabalhadores.:(
Concordo inteiramente com o Filipe o sucedido era expectável.
Desculpe-me, FVN, por baixar à Terra, mas tenho dúvidas que, quem aufere 485 euros por mês, se possa dar ao luxo de gastar 100 euros, num só dia, e em compras.
Que a estratégia foi bem montada, conhecendo o público alvo (nós, portugueses), não há dúvida. Mas é lamentável. E enquanto me lembre disto, não sei se porei os pés num Pingo Doce, etc., apesar de até gostar dos produtos deles.
Caro APS,
considerou o desconto no pagamento?
E a avaliar pelos depoimentos de quem esteve horas na fila, muitos eram de desempregados que aproveitaram para fazer as compras de um mês inteiro
Reparei. Pena foi, meu caro FVP, que os sociólogos e psicólogos portugueses - sempre tão prontos nas tragédias - não tivessem montado banca no PD, para analisar este "case study" notável. Saberíamos assim que tipo de população cobiçosa e esfaimada lá foi.
Mas continuo na minha (desculpe!), porque há muita economia paralela (da droga, sobretudo), muito falso desempregado, muita estatística incorrecta - neste particular, como se sabe.
Na minha opinião (talvez teimosa...), não foram os assalariados do "mínimo" que lá foram, até porque a publicidade prévia à caridade (como aliás fica bem) do sr. Santos foi discreta, embora eficaz.
Caro APS,
A caminho do emprego, estava a ouvir as declarações da DECO na rádio. Talvez tenha oportunidade de as ouvir também. Concordo com o que refere quanto à economia paralela e a outros "fenómenos" que demonstram a situação deplorável em que nos encontramos. Contudo,continuo na minha (desculpe!), não exclua totalmente a hipótese de alguns (muitos?) que lá foram ontem, pertencerem ao grupo dos assalariados do "mínimo".
APS, quanto a sociólogos, talvez o casal Mónica-Barreto lá pudesse ter montado anca, enquanto o assalariado do senhor Santos vendia uns vinhos do Douro.
Viram uma publicidade do Pingo Doce? O António Barreto, em forma de garrafa, a vender uns vinhos? Se não tivesse visto, não acreditava.
Ora viva, Miss Tolstoi, infelizmente não vi o Barreto nessa cena, e tenho pena..:-))
Entretanto, meu caro FVN, embora não tivesse ouvido a DECO, vamos à tréplica:
em boa verdade e com absoluto rigor, nenhum de nós poderá afirmar se havia ou não havia assalariados do "mínimo", na sopa dos pobres do sr. Santos; e, no fundo, estarei a afastar-me do cerne da questão que mais me preocupa, nisto tudo. Que é a perversão de um "sistema" que permite ao excelso e impoluto sr. Santos fazer "caridade" à custa dos fornecedores e demora nos pagamentos (quase ombreia com o Estado)e afrontar, ostensivamente, a festa do Trabalho, comprando os mais fracos (de bolsa e de espírito). Porque, ao aliciar os fregueses, com 50% de desconto, ou o homem estava a perder dinheiro ou então costuma precificar os produtos que vende, com margens escandalosas. E, aqui, será um caso de Polícia, Justiça ou ASAE.
Como em tudo na vida, a consciência e a noção de responsabilidade dos mais esclarecidos - também consumidores - fará toda a diferença perante capitalistas selvagens e hipócritas a minarem, de forma silenciosa, a democracia que não tem nada a ver com as "massas" que a JM pretende salvar. E ele há tantas lojas, tantos mercados - de frescos - na nossa proximidade. E ele há tanto bom pão caseiro ...
HMJ,
E compra-se muito mais barato nos mercados. Para já não falar na qualidade da fruta e dos legumes.
Eu sei quanto tempo dura uma alface comprada num mercado e quantos dias dura uma alface (encharcada em água) comprada num supermercado. Para já não falar no preço.
A preguiça para ir ao mercado ao sábado de manhã é que, muitas vezes, é muita. :)
Miss Tolstoi,
Eu por acaso até tenho um exemplar dessa triste publicidade. Foi-me dada por uma amiga que não é não morre de amores pelo Barreto, ao contrário de mim que até simpatizo com ele.
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