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Na semana passada, Crato, não contente com os cortes drásticos que efectuou nas bolsas de ciência, obrigando numerosos jovens a emigrar, resolveu liquidar de vez a ciência em Portugal. De um universo de 322 unidades de investigação, condenou à morte a curto prazo 154, cerca de metade. Destas, 83 tiveram Bom, num processo de avaliação que, na parte em que não é obscuro, está empestado de erros e omissões, e têm a morte anunciada. Terão um financiamento ridículo e ficarão impossibilitadas de obter recursos humanos ou equipamentos. Bom, numa escala que contempla ainda Muito Bom, Excelente e Excepcional, é péssimo. E 71 tiveram Razoável ou Insuficiente, o que significa a execução imediata. Foi tudo a eito: Matemática, Física, Engenharia, Sociologia, Filosofia, etc. As outras unidades (168) aguardam o seu destino: estão num limbo e poderão também ser condenadas. O número de investigadores já sentenciados à morte é de 5187 num total de 15444. Entre eles estão alguns dos melhores cientistas portugueses, nomeadamente Nuno Peres, do Centro de Física do Porto e Minho, e Mário Figueiredo, do Instituto de Telecomunicações, que acabam de ser distinguidos internacionalmente como as mentes mais brilhantes.
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Carlos Fiolhais O pior do Crato
5 comentários:
Vi uma reportagem na tv sobre os centros de Química, Física e Matemática da Univ. do Minho.
Agora chegou a vez das ciências exatas.
Quando os centros de História de Portugal e de Literatura Portuguesa são avaliados por doutores que vêm do estrangeiro, que não percebem nada das matérias em questão e nem sequer entendem português, o que esperamos?
MR,
Uma realidade triste. :(
Boa noite!
Tristíssima!
Mas se os investigadores se juntassem e não puxassem pelo seu Centrozinho, talvez não tivéssemos chegado a isto. Para lá da política Crato-Coelho.
Miss Tolstói,
Ninguém quer largar as "suas quintas"...
Lamentável.
Boa noite!:))
Miss Tolstói,
Ninguém quer largar as "suas quintas"...
Lamentável.
Boa noite!:))
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