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quinta-feira, 17 de novembro de 2022

O Afeganistão no Museu Guimet

Duas exposições na temporada que o Museu Guimet dedica ao Afeganistão.

Por ocasião do centenário da Delegação Arqueológica Francesa no Afeganistão (criada em 1922), o MNAAG apresenta uma vasta exposição dedicada a este século de descobertas e relações com o Afeganistão. Graças à partilha dos objetos das escavações, constituíram-se em Paris as melhores coleções afegãs do Ocidente. A exposição mostra um panorama das numerosas investigações realizadas, sublinhando a importância do património arqueológico e das colecções de museus, mas também do património construído deste país, sobre o qual paira uma ameaça latente desde o regresso ao poder dos Talibãs em 15 de agosto de 2021. 
A DAFA iniciou as primeiras investigações arqueológicas num jovem Estado independente. Durante os anos 1945-1982, a vontade afegã em matéria de controlo do seu património e da sua identidade nacional permite uma instalação permanente da DAFA em Cabul. O período de conflitos de 1979 a 2001 foi marcado pela cessação das investigações arqueológicas no terreno, a partida da DAFA de Cabul em 1982, as pilhagens e a destruição do museu de Cabul. A partir de 2003, as investigações recomeçaram, com a reabertura da DAFA em Cabul e o regresso pontual de outras missões arqueológicas estrangeiras.

Buda, século III.


Enquanto a sombra dos talibãs se estende novamente sobre o Afeganistão, são visíveis mensagens artísticas e culturais de resistência da sociedade civil. O MNAAG, através das criações da casa de moda Zarif Design e da sua fundadora Zolaykha Sherzad, interessa-se pela transmissão dos conhecimentos têxteis, mas também pela ética que esta casa artesanal tem. 
A casa de moda Zarif Design, criada em 2005 por Zolaykha Sherzad, em Cabul, contribui para reviver o know-how e as competências ameaçadas de extinção, que constituem uma verdadeira cultura técnica e artística baseada numa história milenar. 


6 comentários:

Mª Luisa disse...

Interesante exposición.
Nos quejamos muchas veces- y con razón- del expolio artístico a que son sometidos determinados países, pero lo que es cierto es que muchas de las obras que hemos visto, no hubiera sido posible contemplarlas,probablemente, de no haberlas llevado a los museos.
Es una cuestión controvertida.
Bom dia!

Maria disse...

Admiráveis, as mulheres afegãs!
Não consigo dizer mais nada... 😪

bea disse...

É dramático o que aquelas mulheres vivem dia a dia. Ainda assim não desistem de lutar por uma vida digna. Admiráveis, sim.

MR disse...

Maria Luisa,
Concordo com o que dizes, mas depois de ter assistido à destruição dos Budas no Afeganistão, se calhar hoje não poderíamos olhar para estas peças.
Há anos vi uma expo no Guimet sobre o Camboja e achei o mesmo.

O ambiente está péssimo, principalmente para as mulheres. Há dias, o regime talibã proibiu o acesso das mulheres aos parques públicos e de diversões. É pior que a Idade das Trevas.

Bom dia para as três.

Pini disse...

Coincido con Mª. Luisa y más viendo lo que el fanatismo de algunos es capaz de destruir. Hace unos días vi un programa sobre la ciudad de Palmira en Siria , que era una maravilla y los indeseables del ISIS la destruyeron casi por completo( lo que quedaba de ella, que era bastante admirable y te permitía hacerte una idea de lo que fue en su apogeo.
Boa tarde

MR disse...

Também vi um programa sobre Palmira. Um horror! E a Síria está quase toda destruída.
Boa noite!