Prosimetron

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domingo, 2 de maio de 2010

Canção


Tinha um cravo no meu balcão;
xxxxxveio um rapaz e pediu-mo:
xxxxx- mãe, dou-lho ou não?

Sentada, bordava um lenço de mão;
xxxxxveio um rapaz e pediu-mo:
xxxxx- mãe, dou-lho ou não?

Dei um cravo e dei um lenço,
xxxxxsó não dei o coração;
xxxxxmas se o rapaz mo pedir:
xxxxx- mãe, dou-lho ou não?

Eugénio de Andrade

4 comentários:

LUIS BARATA disse...

Linda!

MR disse...

Não me lembrava deste poema do Eugénio de Andrade. Encontrei-o na antologia de Albano Martins, A mãe na poesia portuguesa (Porto: Público, 2006).

ana disse...

Este poema é também muito bonito, prima pela imagem da mãe...prima pelo que não foi dito. :)

Jad disse...

O pior, ou o melhor, é que o coração por vezes não pensa...