"Inception", o novo filme escrito e realizado por Christopher Nolan (de "Memento", "Batman Begins" e "Batman The Dark Knight"), tem uma classificação entre a audiência da IMDb, a Internet Movie Database, de 9.1. Esta é a classificação mais alta de todos os filmes jamais produzidos, e há apenas três filmes na história do cinema com esta classificação: "O Padrinho" (1972) e "The Shawshank Redemption" (1994) são os outros dois. Apesar de haver um enviesamento para filmes mais recentes, mercê de quem utiliza a base de dados, não deixa de ser um resultado notável, pelo que ontem entrei no Irish Film Institute, comprei um bilhete e fui assistir ao fenómeno.
O filme é criativo, complexo no seu mote de entrar e manipular os sonhos e é visualmente estarrecedor, com efeitos especiais de primeira água; para mim, foi demasiado complexo para um só visionamento; apesar de a estrutura dos sonhos ser lógica, não consegui perceber as motivações subconscientes de alguns dos personagens em vários dos seus sonhos (o ritmo alucinante da acção também não ajuda a pessoas mais lentas como eu). Os diálogos são bem construídos e resultam, não provocam "suspension of disbelief" durante todo o filme.
Os desempenhos são superlativos, sendo que para um blockbuster as estrelas são o supra-sumo do cinema independente, excepto o cabeça de cartaz, Leonardo diCaprio (que vai bem). O filme conta com um leque de excelentes, excelentes secundários:
O filme é criativo, complexo no seu mote de entrar e manipular os sonhos e é visualmente estarrecedor, com efeitos especiais de primeira água; para mim, foi demasiado complexo para um só visionamento; apesar de a estrutura dos sonhos ser lógica, não consegui perceber as motivações subconscientes de alguns dos personagens em vários dos seus sonhos (o ritmo alucinante da acção também não ajuda a pessoas mais lentas como eu). Os diálogos são bem construídos e resultam, não provocam "suspension of disbelief" durante todo o filme.
Os desempenhos são superlativos, sendo que para um blockbuster as estrelas são o supra-sumo do cinema independente, excepto o cabeça de cartaz, Leonardo diCaprio (que vai bem). O filme conta com um leque de excelentes, excelentes secundários:
- Joseph Gordon-Levitt (favorito indie de filmes como "Mysterious Skin", "Brick" ou "500 Days"), que deverá deixar de ter a capa de semi-anonimato que o mundo indie lhe permitia;
- Marion Cotillard, que recebeu a estatueta da Academia com a sua Piaf em "La Vie En Rose";
- Ellen Page, a protagonista de "Juno";
- Tom Hardy, Shinzon em "Star Trek: Nemesis", que entrou em "Marie Antoinette" e "Rocknrolla";
- Pete Postlewaithe, de "Em Nome do Pai", "Os Suspeitos do Costume" e "Romeu+Julieta";
- Tom Berenger, que tinha andado longe do meu radar nos últimos tempos;
- Lukas Haas, o rapazinho de "Witness", com Harrison Ford;
- Dileep Rao, visto recentemente no blockbuster "Avatar";
- e três actores que correm o risco de se tornarem tradicionais de Nolan: Michael Caine, Ken Watanabe (visto no ocidente em "Memórias de uma Geisha" e "Batman Begins") e Cillian Murphy ("Breakfast on Pluto").
Vale a pena ver -- nem que seja para questionar se merece ter a classificação mais alta de toda a história do cinema.
4 comentários:
Vou vê-lo para a semana. Tenho ouvido as melhores críticas.
Obrigada pelo post.
Também vou ver este filme, o trailer impressionou-me. Pareceu-me um pouco violento...
Vi os dois filmes que focou: "O Padrinho" e "The Shawshank Redemption".
Li uma crítica de João Lopes sobre este filme e fiquei interessada em vê-lo. Andei à procura dela, mas só encontrei o que ele escreveu sobre o filme no seu blogue:
http://sound--vision.blogspot.com/2010/07/inception-cine-video-jogo.html
Apesar de, oportunamente, ter postado o respectivo trailer, ainda não consegui ver este filme.
Achei graça ao "pessoas lentas como eu"- modesty suits you ? :)
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