José Alberto Seabra Carvalho comissaria esta exposição que tem dois pólos: um que inaugura a 11 Nov. no MNAA; outro, no Museu de Évora, a 18 Nov., ficando ambos patentes até 27 Fev. 2011.
«Reunindo e colocando em confronto mais de 160 pinturas dos séculos XV e XVI, reconstituindo alguns dos mais belos retábulos portugueses desse período, esta exposição ensaia um panorama crítico, actualizado e de grande dimensão, acerca dos chamados Primitivos Portugueses e visa demonstrar como o estudo técnico e material desse património contribui decisivamente para renovar e aprofundar o seu conhecimento. Assinalando o centenário da primeira apresentação ao público, em 1910, dos Painéis de S. Vicente, que desde então passaram a constituir, nacional e internacionalmente, a obra “fundadora” e mais célebre da arte da pintura em Portugal, a exposição procura também documentar e questionar as noções de “originalidade artística” e de “identidade nacional” tradicionalmente associadas ao brilhante ciclo criativo dos Primitivos Portugueses, iniciado por Nuno Gonçalves e depois prosseguido e consolidado pelos nossos pintores da primeira metade do século XVI.
«Contando com a colaboração de muitas colecções públicas e privadas, a selecção de peças privilegiou quer os painéis retabulares mais importantes, quer as pinturas menos conhecidas, algumas oportunamente restauradas para esta ocasião. Do estrangeiro, comparecem importantes obras de museus de Itália, França, Bélgica e Polónia.
«A estrutura da exposição tem uma dominante de ordenação cronológica mas combina essa sequência de base com um agrupamento das obras em função dos confrontos comparativos (estilísticos, iconográficos, etc.) que importa suscitar.
«O percurso integra uma vasta quantidade de materiais gráficos, incluindo uma zona exclusivamente dedicada ao conhecimento, exposição e polémicas relacionadas com os Primitivos Portugueses desde 1910. Inclui também uma vasta documentação laboratorial associada à investigação do processo criativo das pinturas mais relevantes.
«O núcleo expositivo no Museu de Évora é especialmente dedicado aos pintores luso-flamengos e às oficinas activas na cidade nas primeiras décadas do século XVI.» (do site do MNAA)
Mais uma razão para ir a Évora.
Retrato do homem do copo de vinho, ca 1460
Paris, Museu do Louvre
«Reunindo e colocando em confronto mais de 160 pinturas dos séculos XV e XVI, reconstituindo alguns dos mais belos retábulos portugueses desse período, esta exposição ensaia um panorama crítico, actualizado e de grande dimensão, acerca dos chamados Primitivos Portugueses e visa demonstrar como o estudo técnico e material desse património contribui decisivamente para renovar e aprofundar o seu conhecimento. Assinalando o centenário da primeira apresentação ao público, em 1910, dos Painéis de S. Vicente, que desde então passaram a constituir, nacional e internacionalmente, a obra “fundadora” e mais célebre da arte da pintura em Portugal, a exposição procura também documentar e questionar as noções de “originalidade artística” e de “identidade nacional” tradicionalmente associadas ao brilhante ciclo criativo dos Primitivos Portugueses, iniciado por Nuno Gonçalves e depois prosseguido e consolidado pelos nossos pintores da primeira metade do século XVI.
«Contando com a colaboração de muitas colecções públicas e privadas, a selecção de peças privilegiou quer os painéis retabulares mais importantes, quer as pinturas menos conhecidas, algumas oportunamente restauradas para esta ocasião. Do estrangeiro, comparecem importantes obras de museus de Itália, França, Bélgica e Polónia.
«A estrutura da exposição tem uma dominante de ordenação cronológica mas combina essa sequência de base com um agrupamento das obras em função dos confrontos comparativos (estilísticos, iconográficos, etc.) que importa suscitar.
«O percurso integra uma vasta quantidade de materiais gráficos, incluindo uma zona exclusivamente dedicada ao conhecimento, exposição e polémicas relacionadas com os Primitivos Portugueses desde 1910. Inclui também uma vasta documentação laboratorial associada à investigação do processo criativo das pinturas mais relevantes.
«O núcleo expositivo no Museu de Évora é especialmente dedicado aos pintores luso-flamengos e às oficinas activas na cidade nas primeiras décadas do século XVI.» (do site do MNAA)
Mais uma razão para ir a Évora.
Retrato do homem do copo de vinho, ca 1460
Paris, Museu do Louvre
«A repercussão internacional da redescoberta dos Painéis de S. Vicente, em torno de 1910, levou a crítica francesa a atribuir a Nuno Gonçalves um misterioso retrato então recém-adquirido pelo Museu do Louvre. Encarada como singularíssima imagem de um qualquer "funcionário municipal e vinhateiro" afogando eventuais tristezas da vida num bom copo de vinho, a obra passaria assim a ter uma possível paternidade portuguesa. Se nem toda a gente viria a concordar depois com a atribuição, jamais foi possível fazer o confronto directo entre o retrato e os Painéis. Esta exposição permite finalmente fazê-lo. Será que foi Nuno Gonçalves a pintar este retrato desconhecido com chapéu à moda borgonhesa do século XV? O queijo que ele também saboreia será, afinal, português?» (JL, Lisboa, 3 Nov. 2010, p. 10)
7 comentários:
Chapéus há muitos,como dizia o Vasco Santana. Agora, que eu simpatizei com este homem, de imediato, é a pura das verdades.
Teríamos, com certeza, se fossemos coevos, uma empatia gustativa. E as papilas mandam muito...
Deve ser muito interessante. Obrigada pela informação!:)
Vinho e queijo é uma boa parceria. :)
Não conhecia este quadro.
Duas exposições a merecerem um
a ida a Évora.
Sou adepta de refeições de pão, queijo e vinho.
Miss Tolstoi, assino por baixo. E às vezes é mesmo isso que faço, quando a preguiça de cozinhar é grande...
E quem sabe uma visita prosimetrónica a Évora...
Bah, tirando o chapéu (que não era modelo exclusivo do "homem-do-chapéu-seja-ele-quem-for", não vejo a mínima semelhança com o género das figuras dos painéis, isto mesmo descontando o natural relax gerado pelo vinho...
Quando li a noticia no JL e olhei o quadro, exclamei: "que tontice"!
Mas vou ver as duas exposições.
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