A 6 de Novembro de 1919 nascia no Porto a promissora escritora Sophia de Mello Breyner Andresen.
x
Fotograma do documentário Sophia de Mello Breyner Andresen, de João César Monteiro (1969)
«A coisa mais antiga de que me lembro é dum quarto em frente do mar dentro do qual estava, poisada em cima duma mesa, uma maçã enorme e vermelha. Do brilho do mar e do vermelho da maçã erguia-se uma felicidade irrecusável, nua e inteira. Não era nada de fantástico, não era nada de imaginário: era a própria presença do real que eu descobria. »
Sophia de Mello Breyner Andresen na Entrega do Grande Prémio de Poesia a Livro Sexto ,1964
Sophia de Mello Breyner Andresen na Entrega do Grande Prémio de Poesia a Livro Sexto ,1964
As Rosas
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tarde luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do Mar, Lisboa: EdiçõesÁtica, 3ªed. 1974
Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tarde luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do Mar, Lisboa: EdiçõesÁtica, 3ªed. 1974
Sem comentários:
Enviar um comentário