Prosimetron

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Acreditei

Acreditei no mar
Percorri a umbria de um eclipse 
que nas vagas não reflectia
Apaguei os olhos e sorri com uma lágrima
Ao abrir, fitei o azul 
o azul do céu , do mar e da lua
Ouvi então estremecerem as ondas 
e a areia lacrimar.
Voltaram os raios lunares, 
voltei ao luar da noite
húmida e fria 
em que me movo 
e te deito.
Minha gárgula de vida,
meu eterno mar.

Nuno Travanca

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