a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva
Por ti eu sou a leve segurança
de um peito que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata
Se guardo algum tesouro não o prendo
porque quero oferecer-te a paz de um sonho aberto
que dure e flua nas tuas veias lentas
e seja um perfume ou um beijo um suspiro solar
Ofereço-te esta frágil flor esta pedra de chuva
para que sintas a verde frescura
de um pomar de brancas cortesias
porque é por ti que vivo é por ti que nasço
porque amo o ouro vivo do teu rosto
António Ramos Rosa (que faria hoje 100 anos)
11 comentários:
" Oferecer- te a paz de un sonho aberto"... Maravilhosos versos
Obrigada por esta manhã com poesia.
Um abraço
Bonito poema.
Ontem estive a ler alguns poemas do único livro dele que tenho cá em casa.
Quinta feliz!🍂
Gosto muito deste poeta.
Bom dia para as duas.
Geminámos. Boa tarde!
Bonito poema!
Também lhe prestei homenagem!
Boa tarde!
Que bom! Gosto de geminações, para mais a Ramos Rosa.
Boa tarde para as duas.
Coincidências: este poema está na página 45 do livro que li ontem☺️
Boa tarde!
¡Qué sensibilidad poética!
Apertas de anoitecer.
O teu rosto (Asa, 2002)? Também pode não ser porque Ramos Rosa repetia por vezes os poemas em vários livros.
Bom dia!
Gosto muito dele.
Bom dia!
Não, ASA 2001.
Vou enviar mail.
🍁🍂
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