Fernando Campos é para mim o nosso melhor romancista histórico da actualidade, aliando a pesquisa rigorosa à qualidade literária e o seu último romance, ainda de 2007, não é excepção.
Sempre me admirou não haver obra, até por parte dos genealogistas, sobre a larga descendência deixada por D. António, Prior do Crato - 1o filhos de várias mães.
O LAGO AZUL , publicado, como habitualmente , pela Difel responde parcialmente à questão, elucidando-nos sobre as andanças do Prior do Crato e sobretudo pelo destino do seu primogénito, Manuel de Portugal que vem a casar com uma princesa holandesa, filha de Guilherme o Taciturno. Usando o vernáculo, direi que se lê de uma penada.
1 comentário:
Pois, haver há. Assim, de repente, lembro-me de um trabalho, em francês, salvo erro, que tenho algures, de António Portugal de Faria (visconde ou marquês, consoante se prefira Portugal ou a Santa Sé), sobre a descendência do dito Prior. Numas Raízes e Memórias, o meu Amigo e Mestre Francisco de Simas Alves de Azevedo tb publicou um artigo a propósito.
Quanto a Fernando Campos, ex-consócio no IPH, por mais que goste, salvo uma rara excepção (a Esmeralda sobre D. João II, que me pareceu muito colada aos cronistas), de toda a sua obra, nada ultrapassa a primeira, aquela Casa do Pó em que "entrei" por "indicação" do Marquês de Abrantes, recomendação que ainda hoje lembro textualmente.
Para além de outras qualidades, tem aquela que se pretende num romance histórico: plausibilidade dos factos (e não veracidade, posto que hipotética).
Bom dia!
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