óleo sobre tela, Hamburger Kunsthalle, Hamburgo.
Escolhi este quadro, de que gosto muito, de um dos meus pintores românticos preferidos, para ilustrar ainda outra solidão- a solidão dos grandes viajantes. Personagens que me fascinaram desde sempre- de Marco Polo ( li e reli as viagens ainda garoto ) , a Alexandra David-Neel, ou Bruce Chatwin. Esta errância dos grandes viajantes é feita também de muita solidão.
6 comentários:
Obrigada. Também adoro a errância dos viajantes.
Em breve, partirei para uma viagem que considero a viagem da minha vida, por ir sozinha e por ser o Oriente. Vou à Índia, a Goa. Este quadro é magnífico.
Adoro olhar o mar. É nostálgico como este Sábado à tarde.
O Bach que Filipe Nicolau ofertou está a alimentar esta nostalgia. É bom.
O mar é terra de ninguém e é terra de todos. Ele está ali para toda a gente, de igual modo, sem diferenças...
A.R.
Gosto dos quadros de Friedrich, mas este não é dos meus preferidos.
Por mim, prefiro viajar acompanhada. Sempre nos chamam a atenção para pormenores que nos escapam e é partilhar o que vamos vendo ou sentindo.
Mas é uma verdade que as grandes narrativas de viagens são, normalmente, escritas por viajantes solitários; deitam no papel aquilo que não podem partilhar.
E imagino que ande a reler o Bruce Chatwin, não?
M.
À A.R.:Esperemos que continue a ler e comentar o nosso blogue durante a sua viagem. All the best!
Envio um poema de uma pessoa que conhecem para lhe agradecer publicamente e corrigir um erro, O Narciso não faz parte deste livro, como dissera num comentário.
Nauta
Ao mar me fiz. Ao mar do ignorado
desejo de encontrar outras distâncias.
e parti insensato à aventura
as velas enfunadas o vento de feição.
No cais da despedida meu cansaço
ficou aquietado. Me fiz assim ao mar.
O que irá encontrar meu louco coração?
João Mattos e Silva in, Intemporal,Lisboa: Universitária Editora, p. 82.
Para lhe agradecer a si e ao Filipe Nicolau Vieira envio outro quadro do mesmo autor que gosto muito.
Spirit of an Age
www.nga.gov/exhibitions/2001
/spirit/01_fs.htm
A.R.
Rectificação o título do quadro é
"The Solitary Tree", 1822, oil on canvas,
Nationalgalerie, Staatliche Museen zu Berlin.
A.R.
Pois, o Chatwin tem estado na minha mesa de cabeceira, no topo da pilha.
Já gostei mais de viajar a sós, hoje prefiro ter companhia.
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