Jean-Honoré Fragonard, A carta de Amor, ca. 1770
x
x
x
Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.
Eugénio de Andrade
1 comentário:
Gosto do quadro e do poema.
Enviar um comentário