Em memória de Albert Camus deixo a música de Philip Glass para o documentário de Godfrey Reggio realizado em 1991.
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A ideia de colocar esta música veio da polémica que está a decorrer em França por causa de transferir o corpo de Albert Camus para o Panteão. Julgo que não é a sepultura de um homem que o perpétua mas a sua obra. O túmulo de Camus é simples, como é simples este trecho melódico e o fundo mar... o "início de tudo"!
7 comentários:
Não me atraem os panteões de homens ilustres, à partida pela sua "oficialidade". Há sempre quem falta, quem está de sobejo, em termos relativos ou absolutos. Não consigo ter na nossa Santa Engrácia o sentimento que me provoca uma Abadia de Westminster, com túmulos e cenotáfios dispersos, ou, até agora para mim insuperável, o canto dos músicos no cemitério de S. Alexandre Nevsky, em São Petersburgo.
Concordo inteiramente!
Nunca fui a São Peterburgo, é um destino que tenho em mente fazer. :)
Não sou frequentadora de cemitérios. Por acaso fui ver um em Moscovo que está cheio de gente ilustre, alguns dos quais nossos companheiros. Fui arrastada por uma amiga e já que ali estava, fui ver o túmulo de Prokofiev. E outros que se me deparavam pelo caminho.
Não sou nada pelo culto de mortos em cemitérios.
Não é uma questão de culto, Miss Tolstoi. Fui ao dito cemitério porque ficava no Mosteiro, que queria visitar. Não me recordo, aliás, de alguma vez ter ido a um cemitério, como "touriste", a título principal... (as igrejas-panteão não contam). Mas, para além de alguns serem obras de arte, arquitectónica ou paisagística, há qualquer coisa de magnífico (e trágico) na concentração de tanto génio em tanto pó, nuns poucos de metros quadrados. Faz lembrar o Rostand, mas sem ironia ("Tous ces noms dont pas un ne mourra, que c'est beau!")
JP,
Também não visito cemitérios, mas concordo que a arte funerária é em alguns casos magnífica! O ambiente tem uma espiritualidade diferente.
Tenho dificuldade em lidar com a morte... Prefiro o recato e o silêncio... e o mar é um destino que acho belo para uma última viagem.
Fogo e Água são um belo destino para quem nasceu na Terra,Ana.
Estou a negociar, em diálogo intermitente, a cremação,comigo.
E, aí, preferia a diluição no Ar.
Passava, assim,pelos 4 elementos.
APS,
Que beleza de pensamento!
Não tinha pensado nisso, mas indo parar à Água passa-se pelo AR e também se passa pelos quatro elementos.
Sorriso.
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