A 5 de Janeiro de 1884, pouco depois da morte de Manet, abriu a primeira grande exposição da sua obra, na Escola de Belas-Artes de Paris, organizada por Berthe Morisot e pelos irmãos, Eugène e Gustave Manet. As cerca de 180 obras apresentadas (óleos, pinturas a pastel, aguarelas, desenhos e litografias) pertenciam à família, aos amigos e alguns (poucos) coleccionadores:
«Toute cette peinture jeune, vivante, va faire vibrer ce palais des Beaux-Arts, habitué à de l'art mort. Ce sera la revanche de tant de déboires, mais revanche que le pauvre garçon prend sous la terre.» (carta de Berthe Morisot a sua irmã, Edma).
Foi sempre um desejo de Manet mostrar ao público a obra no seu todo: «Tu sais, moi, il faut me voir en entier - dizia Manet ao seu amigo Antonin Proust. Et je t'en prie, si je viens à disparaître, ne me laisse pas entrer dans les collectoions publiques para morceaux, on me jugerait mal.»
Quando a exposição abriu, Berthe Morisot escreve à irmã: «Le public des connaisseurs est étonné de voir la force que prend son oeuvre ainsi exposée en entier. Il y a une sûreté d'exécution, un faire magistral, qui s'impsent même aux ignorants et qui nous abasourdissent tous. [...] Le matin de l'ouverture, Stevens, Chavannes, Duez disaient: "Depuis le père Ingres, nous n'avons rien vu d'aussi fort", et nous, les vrais fidèles, nous disons: "C'est beaucoup plus fort."»
Olympia
Óleo sobre tela, 1863
Na Exposição Universal de 1889, encontrava-se exposta Olympia, ainda na posse da viúva. Claude Monet decide então organizar uma subscrição para adquirir o quadro e oferecê-lo ao Estado. Primeiramente esteve exposto no Museu do Luxemburgo, onde o Estado enterrava as obras que não considerava dignas de figurar no Louvre, onde só veio a entrar em 1907, graças a Clemenceau, então primeiro-ministro. Hoje é um dos tesouros do Museu d'Orsay.
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