«O Chiado não é Lisboa, Lisboa não é o País, mas a verdade é que para conhecer o País é necessário conhecer Lisboa e para conhecer Lisboa é necessário conhecer o Chiado.»
José Sousa Gomes
Lisboa, 1965
Este livro de Mário Costa é muito agradável de se ler. Lembrei-me dele depois do post de Jad sobre o Chiado. E o que diz Mário Costa do taberneiro Chiado e do poeta António Ribeiro?
«Donde proveio o topónimo Chiado, de efeito sonoro e quase mágico, que, na forma adjetival, designa aquele que se revela astuto, ladino, malicioso? Dois escritores notáveis se deram ao estudo dessa intrincada tese: Alberto Pimentel e Matos Sequeira. E, enquanto o primeiro concluiu que a nomenclatura derivou da existência e modos de proceder, de duas figuras excêntricas, apelidadas ou alcunhadas de Chiado (Gaspar Dias, o vinhateiro, e António Ribeiro, o poeta chocarreiro), o outro ilustre investigador afirmou convictamente que a transmissão de tal nome derivou da popularidade de que gozou o taberneiro, na vida que fez em pleno Chiado, no século XVI, vida pública que o levou a tomar larga familiaridade com o chistoso vate, ex-frade franciscano, que em religião usou o nome de fr. António do Espírito Santo.*» (p. 27)
Afinal António Ribeiro foi padre ou não?
* O Poeta Chiado. - O Carmo e a Trindade. (nota de Mário Costa)
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