Prosimetron

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Evangelhos Apócrifos

No jantar do Prosimetron, em conversa com o Luís, falou-se nos Evangelhos Apócrifos. Lembrei-me de revisitar Jorge Luís Borges e de consultar a sua Biblioteca Pessoal. Nunca li os Evangelhos Apócrifos porque sentia algumas reservas. O cepticismo é por vezes um mau sentimento. O Luís despertou-me o interesse vou ter que procurar estes Evangelhos...

( Não consegui encontrar o autor da fotografia).

"Evangelhos Apócrifos

Ler este livro é regressar de um modo quase mágico aos primeiros séculos da nossa era quando a religião era uma paixão. Os dogmas da Igreja e os raciocínios do teólogo aconteceriam muito depois; o que importou a princípio foi a Nova de que o Filho de Deus fora, durante trinta e três anos, um homem, um homem flagelado e sacrificado cuja morte havia redimido todas as gerações de Adão. Entre os livros que anunciavam essa verdade estavam os Evangelhos Apócrifos. A palavra apócrifo agora quer dizer falsificado ou falso; o seu primeiro sentido era oculto. Os textos apócrifos eram vedados ao vulgo, os de leitura só permitida a uns poucos. (…) Este livro não contradiz os evangelhos do cânone. Narra com estranhas variações a mesma biografia."

Jorge Luís Borge, Obras Completas Vol IV 1975-1985 , “Biblioteca Pessoal, Prólogos”" (1977), Lisboa, 1998, p. 458

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