Quando estamos cansados
deitamos o corpo
e adormecemos
às vezes não
procuramos outra mão
outros olhos
que nos limpem a fadiga
e evitem o sono
que nos vem antigo
quando estamos cansados
podemos erguer o corpo
e acordar
e morrer acordados
sem cansaço
Mário Henrique Leiria, Novos Contos do Gin, seguidos de algumas Fábulas do Próximo Futuro, Lisboa: Editorial Estampa, 1978, p. 65
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