" As boas maneiras são como o zero em aritmética, por si sós, elas pouco ou nada representam, mas são capazes de acrescentar muito ao valor das outras coisas. "
- Freya Stark
Concordo em absoluto com esta frase de Freya Stark, uma das mulheres que mais admiro e um dos grandes viajantes do séc.XX. Como não concordar quando todos conhecemos pessoas com impecáveis maneiras, perfeito saber estar, e que tudo sabem do protocolo e da etiqueta, mas que são péssimos seres humanos? Não falo, felizmente, de ninguém que me seja próximo, mas de certeza que, tal como eu, já se depararam com seres assim por força das relações profissionais, familiares , ou de mútuas amizades. Também não falo, para evitar equívocos, de alguns dos chamados especialistas no ramo, ou pelo menos de todos. Estou antes a pensar em casos mais insidiosos, mais anónimos. Não podemos passar sem boas maneiras, e dou-lhes bastante importância, mas não são para mim sinónimo de um bom carácter.
3 comentários:
Claro!
Pensava que não conhecia a Freya Stark, afinal é a viajante da Árabia. Li, há muitos anos, um livro dela sobre Bagdade.
M.
O mais possível de acordo com F.Stark, que desconhecia, e com o Luís Barata.Também conheço alguns espécimes com muita etiqueta mas que são uns grandes filhos da ...
Não conhecia Freya Stark mas reconheço que as boas maneiras não são, necessariamente, sinónimo de bom carácter.
Não posso concordar com a comparação que faz com o zero em aritmética porque este representa sempre alguma coisa.
A.R.
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