" Saber exactamente qual a parte do futuro que pode ser introduzida no presente é o segredo de um bom governo. "
- Victor Hugo
Parece-me muito adequado este pensamento de Hugo aos dias que vivemos, em que se planeiam obras faraónicas para supostamente debelar a recessão económica. Saber se se está realmente a preparar o futuro ou meramente a onerar as gerações que se seguirão com grandes elefantes ou mesmo mamutes brancos, é ou deveria ser o grande dilema com que cuidadosos governantes se deviam confrontar. Penso sobretudo no TGV e naquilo que me preocupa nesse capítulo: haverá procura suficiente do nosso lado que justifique este gigantesco investimento? É realmente uma prioridade nacional ? Especialmente no que respeita à ligação ao Porto em que o ganho temporal parece-me escasso demais para tão grande gasto.
3 comentários:
Concordo com a citação e por acaso até acho que ela se adequa ao TGV. Eu sou uma defensora do TGV. Até para se acabar, tanto quanto possível, com o envio de mercadorias em camiões e por avião, transportes altamente poluentes, para já não falar do perigo que são os camiões nas estradas.
No respeitante à ligação ao Porto, li (ou ouvi) algures que a linha actualmente existente está saturada, não comportando encurtar as distâncias entre os comboios.
M.
Também já ouvi essa da saturação da Linha do Norte o que,aliás, acho incompreensível- então não foram há poucos anos gastos milhões na quadruplicação da Linha do Norte?
E fazer um TGV para o Porto para ganhar 15m ao que hoje se consegue com o Alfa Pendular parece-me absurdo. Será o quarto de hora mais caro da história dos transportes... Mas como não gosto de ser Velho do Restelo ainda estou à espera dos anunciados estudos de viabilidade para fazer acto de contrição se ficar convencido.Se bem que isto dos estudos e dos consultores dava para outra conversa...
Se for apenas para ganhar 15 m também não acho bem que se faça TGV para o Porto, até porque o comboio só atinge velocidade se não estiver sempre a parar.
Mas para fora de Portugal sou 100% a favor.
M.
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