Tem graça. Ontem estive a ler Vinicius, talvez influenciada pelo blogue. E li este poema.SONETO DE FIDELIDADE De tudo, ao meu amor serei atentoAntes. E com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu cantoAo seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. Vinicius de Moraes
Enviar um comentário
1 comentário:
Tem graça. Ontem estive a ler Vinicius, talvez influenciada pelo blogue. E li este poema.
SONETO DE FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes. E com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu canto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
Enviar um comentário