Foto roubada no blogue "Chiclete de açúcar mascavo"
O valor do vento
Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus poemas de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Ruy Belo : Orla Marítima e Outros Poemas, Lisboa, Assírio&Alvim, 2008, p. 25
O valor do vento
Está hoje um dia de vento e eu gosto do vento
O vento tem entrado nos meus poemas de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Ruy Belo : Orla Marítima e Outros Poemas, Lisboa, Assírio&Alvim, 2008, p. 25
3 comentários:
O último vidro que coloquei, mas que não foi partido pelo vento, foram 70 Euros... era duplo.
Gosto muito de Ruy Belo, e até do vento, mas preferia que ele soprasse nestas nossas paragens fora da época balnear...
Coisas da inflacção em 30 anos.
M.
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