Nestes dias que celebram o livro e, consequentemente, a leitura, lembro-me sempre de Jorge Luís Borges. O homem dos livros, das bibliotecas, da leitura até quando já não se pode ler e têm de ler para nós. E neste seu livro, O Fazedor, um dos meus preferidos do grande argentino, há um poema, Limites, que tem estes versos:
Há um espelho que me viu pela última vez.
Há uma porta que fechei até ao fim do mundo.
Entre os livros da minha biblioteca ( estou a vê-los )
Há alguns que nunca abrirei.
São versos que me marcaram e me marcam profundamente. Sobre a brevidade da vida humana e a derivada impossibilidade de lermos tudo o que temos, já para não falar de tudo o que queremos (ler).
3 comentários:
Também escolhi um poema de Borges que porei lá mais para noite.
«Entre os livros da minha biblioteca (estou a vê-los) / Há alguns que nunca abrirei.»
Abrir, abri-os, mas será que li todos? Por isso é que, hoje em dia, compro muito menos livros. O espaço...
Gostei muito do poema, gosto muito de Borges e, de facto, também sofro do mesmo problema.
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