Prosimetron
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Parabéns e resposta a um desafio.
Esta imagem já apareceu a ilustrar três posts (pelo menos) no Prosimetron. Duas vezes assim e uma outra noutro contexto. É que, por vezes, olhamos e tornamos a olhar para uma imagem e não vimos o que nela está.
Efectivamente esta maravilhosa escultura julgo que não passou de uma prenda virtual. Foi "feita" ou "imaginada" para servir de presente. Presente oferecido por Baltasar ao Menino Deus. É o ouro que o Mago ofereceu ao Messias. O seu autor foi Hieronymus Bosch.
Aliás este quadro está cheio de esculturas. Uma outra que me apaixonou foi a das duas cegonhas nos seus cânticos de acasalamento, símbolo da natalidade e do nascimento. Essa escultura encontra-se a “coroar” a “coroa” do Mago Baltasar, que dado estar de ajoelhado a colocou no chão.
Mas se olharem melhor para a primeira imagem podem reparar que o que pode, à primeira vista, parecer uns "pés" para a base da escultura, parecem ser antes uns pequenos sapos a serem esmagados. Sapos, um dos símbolos de heresia... Aliás cada representação, cada escultura, cada pormenor deste quadro, podem suscitar reflexões e voos...
E quem é a figura que está à porta com uma "coroa" de espinhos que só podem ser observados porque tirou a "cobertura" dos mesmos... cobertura essa que conserva na mão, em atitude de respeito (?).
E assim aproveito para dar os parabéns ao Prosimetron. Espaço amado por todos os que nele colaboram e por todos os que o visitam. Como um outro João um dia escreveu: a Luz brilha, as trevas é que, por vezes, não deixam ver essa Luz.
O quadro está no Museu do Prado, em Madrid.
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4 comentários:
E assim se desvenda o mistério da escultura que não é esculpida.
Muito engenhoso!
O olhinho observador...
O meu Amigo é terrível!, sobretudo quando nos põe à prova com o seu lado analítico de atenção e sabedoria...
Parece que sim.
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